terça-feira, 19 de dezembro de 2023

"No vão das escadas" uma recordação para o Natal

Para as minhas irmãs

Criança, nunca me aborrecia de estar sozinha. Depois do almoço, nos dias em que não tinha escola, gostava muito de ir brincar para um canto da sala que ficava no vão das escadas que iam até ao sótão e à varanda.

Em frente dessas escadas havia uma janela sempre fechada e a ordem da minha mãe nos meus ouvidos: “não podes debruçar-te!”

Uma das minhas tentações, muito pequenina, era empoleirar-me na poltrona e espreitar a rua, quase deitada no parapeito da janela do segundo andar. Costumava empurrar sozinha a cadeira e subia para ver o que se passava lá em baixo.

Um dia, a tia Nina apanhou-me com a cabeça inclinada a ver a rua, com as mãos ainda pequeninas apoiadas no parapeito. Há pouco tempo voltou a contar-me essa história, ainda com uma expressão de susto no rosto:

Ai, Maria João, peguei em ti e dei-te uma data de açoites! Tinha o coração na boca, tanto medo tive de não chegar a tempo.”

Aventureira e teimosa, continuei sempre nas minhas aventuras e nada me assustava.

Mais crescida, um dia apanharam-me na janela da sala do piano no andar de baixo, a fazer circo. Era Verão e o Circo passara na cidade durante a “Feira das Cebolas”, num Setembro qualquer.  

Georges Seurat, O Circo

Uma amiga da minha mãe que morava na nossa rua viu e mandou um recado à minha mãe, a dizer que eu estava no parapeito. A minha mãe desceu com certeza a correr e levei umas palmadas pela certa.

O Circo era o meu encanto e a minha perdição!

O Circo de Marc Chagall

O Circo vinha com as barracas, os carrinhos de choque, o Carrossel e recordo que um dia veio o cilindro da morte. Nessas alturas ficava apaixonada pelos trabalhos de circo e só pensava em trapézios e em equilibrismos. 

O Circo de Marc Chagall

Sei que uma vez subi para uma cadeira e agarrei-me à trave de madeira de uma porta que havia nos baixos da nossa casa. Fiquei pendurada pelos braços numa espécie de baloiçar. Acabei por cair e parti a cabeça. 


Calhou ser num dia em que havia um filme que eu queria tanto ver: "O leão de Damasco". Sei que era um filme italiano - como italiano era o autor do livro (publicado em 1910), Emilio Salgari, um dos escritores que mais li na minha infância. 

Era na varanda lá no alto que no Verão lia as histórias dele. A Florinda - que está tão ligada à nossa infância e que, mais tarde, cuidou dos meus filhos em São João do Estoril - punha um lençol de lado a lado a fazer de toldo e ali nos instalávamos ao fim da tarde.

Que imaginação tinha Salgari! Tantas aventuras, tantas viagens, tantos piratas, tantos combates em mundos, selvas e mares que ele, Salgari, nunca conhecera - pois nunca saiu de Itália.

Dessa vez, julguei que já não ia ao cinema e pus-me a chorar. Fui ao hospital mas não tinha sido grave, puseram-me um agrafe e um penso. Nessa noite fui ao Cine-Parque ver o filme.

 
Emilio Salgari

Era a mania de imaginar o mundo das alturas e a ideia de ser capaz de fazer tudo? Apenas curiosidade ou desafio? A verdade é que nunca tive medo das alturas e devo dizer que julgava não ter medo de nada. Controlava o meu medo.

Quando pequenina era, claro, a inconsciência das crianças mas, adolescente, parece-me um desafio a mim própria. Penso que talvez sentisse medo e queria confrontar-me com ele.

 Lembro-me de ter sonhado uma noite que estava à beira do telhado, a andar ao pé da chaminé grande. Tinha saltado o muro da varanda e parecia-me ver as ervas que ali cresciam agarradas às telhas vermelhas a aos algerozes. 

Essas imagens habituara-me a vê-las da pequena varanda que dava para o telhado - uma varanda de onde se contemplava a cidade toda e, lá bem ao fundo, se viam os campos de trigo e o limite do horizonte.

Teria sido um sonho, com certeza, não creio que me aventurasse a saltar para o telhado. Muitas vezes, porém, tinha a dúvida se o teria feito ou não, de tal modo real era o sonho.

Gostava de me isolar e ia brincar para esse canto da janela, onde estavam dois vasos com plantas verdes e altas. A minha irmã mais nova ia atrás de mim mas eu não lhe ligava nenhuma.
 

Sentava-me no primeiro degrau a recortar bonecos de papel com uma tesoura sem bicos. Vendiam-se nas papelarias uma espécie de cadernos com bonecos para recortar e roupa também de papel que, depois, se “pendurava” nos ombros das figuras para as vestir.

Aborreci-me cedo com os bonecos, parados e sem vida. Não era criativo. Não havia aventuras. E, além disso, eram feios aqueles bonecos de papel. Queria imaginar outras histórias! Ter as minhas personagens.
O Cavalo Vermelho, de Marc Chagall

Comecei a desenhar os meus bonecos, pintava-os com lápis de cor e  recortava-os de modo a fazer deles actores das minhas histórias. E, assim, logo apareceram índios e cowboys, os heróis preferidos desses anos.

Nessas brincadeiras, conversava baixinho com eles e davam-se murros uns aos outros e tiros - ou conversavam. Falavam de quê? Que histórias inventaria eu? Inspirava-me no que lia no “Mundo de Aventuras”, o semanário que ia buscar todas as quintas-feiras à tipografia do avô.

Às vezes, fazia uma concessão especial à minha irmã mais nova e deixava-a brincar comigo. Fazíamos uma certa diferença de idade, eu achava-me “grande” ao pé dela.

 

 Gostava de andar atrás de mim, queria brincar comigo e gostava das minhas brincadeiras. Acho que tinha curiosidade talvez por eu ser mais crescida. 

Eu ia ler deitada no chão da sala do piano e ela trazia um livrinho de bonecos e sentava-se no chão ao meu lado. Ou deitava-se na carpete, de barriga para baixo como eu, com os cotovelos no chão, a ler eu e ela imitava-me a fingir que lia.

 

 Quando resolvia ir pintar com as aguarelas, ela vinha com a sua caixa de lápis de cor e vinha fazer desenhos ao meu lado. Certos dias não me apetecia ver ninguém e fugia para outra sala mas, minutos depois, lá a sentia vir com o caderninho e os lápis de cor.

No tal vão das escadas cada uma tinha os seus bonecos: eu virava-me para a parede e ela sentava-se na outra ponta do degrau a falar baixinho como eu.

Sentia-me importante por ela me imitar, suponho, e chamava-a para vir brincar comigo e misturava os bonecos dela com os meus. Ainda hoje me lembro disso. E a noite descia sobre mais um dia na "casa amarela".

Ria-se muito a minha irmã pequenina, foi sempre a mais "solar" de nós três - e ainda é. A mais velha parecia-me mais séria do que nós - eu era muito pensativa por momentos, mesmo um pouco taciturna, no entanto gostava muito de brincar. E era bom brincar com ela.

***


Há uns anos, voltei à velha casa da infância, a casa amarela no meio das casas brancas da rua. Creio que era Natal.

um Natal em Portalegre

Quis ver o que ficara das memórias tão vivas que tenho ainda. A sensação desse reencontro foi dolorosa. 

 

A casa pareceu-me abandonada, a tinta das paredes desbotada - mas a cor era ainda o amarelo. A porta da rua era igual, tinha o velho martelo de bater à porta e as grades dos postigos e os vidros também eram os mesmos. 

Lá estava a janela do primeiro andar onde me punha a fazer de equilibrista depois do Circo se ir embora.

O equilibrista, de Marc Chagall

A cor da porta é que já não era verde - um verde tão bonito - e sim um encarnado vivo. E vi as escadas de pedra que nesses tempos subia a correr.

No primeiro andar não estava o quarto dos meus pais, o quarto azul como lhe chamávamos, nem a sala do piano onde a minha mãe vinha tocar quando começava a Primavera. 

                                               Lição de piano, Renoir

O corredor à entrada parecia-me tão pequeno. Lembro que noutros tempos havia uma longa estante que enchia toda a parede à esquerda e que "era" enorme. Com tantos livros, parecia-me não ter fim.

O primeiro andar era agora um escritório de advogados. Fui subindo. Parei a meio das escadas que levavam ao segundo andar, talvez à procura desse canto mesmo onde costumava brincar. No vão das escadas.

O segundo andar era onde se "desenrolava" a nossa vida, o dia a dia desses tempos: a cozinha onde a Florinda me ensinou a cozinhar, a sala de estar que era também sala de jantar e os nossos quartos.

 
"a porta lá de cima"

Não pude ir mais adiante, não consegui subir as escadas. Desculpei-me dizendo para mim que a porta estava de certeza fechada. Tinham separado os dois andares e, ao cimo das escadas, havia a porta de uma casa habitada por alguém. Em vez do velho trinco havia uma fechadura moderna.  

A meio das escadas, parei.

Quem sabe se haveria uma campainha ou se estaria gente detrás daquela porta? Podia ir ver o meu vão das escadas... Não tive coragem de
tocar à campainha talvez com medo que alguém abrisse. 

Uma menina de Renoir

A verdade era que não tinha a coragem de voltar ao mundo perdido da infância e perceber que não existia.

 
Marc Chagall, Circo

O tempo foge, corre e tudo fica para trás. No entanto, o que se viveu intensamente não há tempo nenhum que o leve.

Julgamos nós. Bom Natal!


domingo, 19 de novembro de 2023

As guerras. “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola e "Coração das trevas", de Joseph Cobrad


Lembrei-me de um filme, com mais de 40 anos, realizado por Francis Ford Coppola, Apocalypse Now (1), sobre a Guerra do Vietname uma das guerras que mais "marcas" deixaram nos americanos e no mundo inteiro. 
 
Para o realizar, Coppola busca inspiração num livro muito violento e distópico, Coração das Trevas, de Joseph Conrad.
 
Polaco, nascido na Ucrânia do Império Russo, em 3 de Dezembro de 1857, filho de pais polacos,  Joseph Conrad - depois de uma vida difícil e aventurosa - vai ser Capitão da Marinha Mercante inglesa - e receber a nacionalidade britânica, em 1888. (2) É um escritor de grande valor, autor de romances e short-stories e considerado um dos escritores britânicos com "inglês escrito" mais perfeito.
 
A escolha deste livro como inspiração foi acertada, pela temática e pela interrogação que faz.

O filme fala da traumática Guerra do Vietname, num momento em que existiam ainda muitas feridas abertas - e "coisas" que se procurava “abafar”, esquecer. Queriam todos julgar que não se repetiriam nunca mais. 

O traumatismo ficou, porém, enraizado. Não só para os que a sofreram na pele, que sobreviveram e nunca recuperaram daquilo que "viram, fizeram e sofreram". A "guerra" é uma experiência que não se pode “apagar".

   

John Millius

O argumento que John Millius retira do livro Heart of darkeness de Conrad (3) - é o guião com o qual vai fazer passar a mensagem (considerada até então impossível para o grande écran) do profundo e traumático drama que foi a Guerra do Vietname. Coppola, no entanto, acabou por escolher a "versão" dele.

Ninguém ganha numa guerra, todos perdem”, ouve-se por vezes uma voz mais sábia de alguém mais lúcido.

Recordo uma outra frase em outro contexto: “Por muito forte que seja um ser humano, não pode suportar o insuportável.” (3)

O que significou o filme Apocalypse Now? Uma visão catastrófica do mundo? O que pretendeu Coppola? O que conseguiu transmitir desse horror?

Coppola, nas filmagens (imagem de cortesia)

A verdade é que realizar o filme foi uma decisão corajosa - e aparentemente impossível naquele momento - de Francis Ford Coppola: retratar o horror da Guerra do Vietname, pouquíssimos anos depois do seu fim. Mas era preciso falar da guerra! A geração dos anos 60 radicalizara-se contra a guerra do Vietname. Era preciso protestar.

A guerra do Vietname (imagens da net)
 
Através da adaptação da realidade do terrível romance de Conrad,  Coppola conseguiu. "Adaptação", completamente livre, deste romance - de uma dureza e crueldade enormes, que se "revela" um beco sem saída. Como a Guerra do Vietname.

No romance Coração das trevas, o capitão Charles Marlow navega por mares e rios na Africa para ir buscar Kurtz. No filme, o capitão Marlow de Conrad "transforma-se" no Capitão Villard, do filme, o actor Martin Sheen.
 
o Capitão Villard do filme (Martin Sheen)
 
O capitão Villard tem a missão de "resgatar" o Coronel Kurtz. Que se transformara num negociante de marfim. No filme de Coppola, é representada pelo grande Marlon Brando.  
  
Kurtz fora uma glória do exército norte-americano que se radicara no Camboja entre drogas e comércio de marfim. E degenerou completamente.  Villard tinha uma missão secreta.
 
No decorrer da acção percebemos que Kurtz se transformara no chefe de uma seita e que criara um culto à sua volta - numa espécie de "tribo" religiosa a meio da selva. 
Martin Sheen (imagem do filme -cortesia gettyimges)

Grande parte do filme são os escrúpulos e a angústia do Capitão Villard. Voltaria a fazer o que fizera na guerra? Seria de capaz de matar o coronel, um oficial americano como ele? 
Ou poderá "alienar-se" como Kurtz e deixar a norma do exército em que combatera? Estes pensamentos atormentam-no. Vai ter de escolher.

Li o livro há alguns anos e nunca esqueci a “atmosfera” pesada e de terror que se libertava de Heart of darkness. Gosto imenso de Joseph Conrad e todos os livros que li dele me interessaram profundamente.

As personagens do livro são inesquecíveis, a situação narrada é de aterrar, cria-nos uma ansiedade sempre crescente: a penosidade da viagem, o calor, o nevoeiro, a humidade tropical, o suor, a descida de um rio cheio de perigos. E o drama do Capitão Marlow.

 

A cobiça, the greese, sempre. Como hoje, como sempre. Encoberta por outras razões aparentemente "puras". E quanto mais se avança na acção – quer no livro quer no filme - mais a dureza e a crueldade aumentam.

o Capitão Villard do filme

Num frenesim de estupor perante uma realidade assustadora em que se tem de andar em frente, matar e continuar em frente e matar. Sem pensar. Talvez porque assim se esteja mais próximos ou, melhor, menos conscientes da dureza e da natureza animal dos humanos que os leva muitas vezes a ficar perto da loucura.

 Joseph Conrad (1857-1924)

Considerada uma obra-prima do século XX, o livro de Joseph Conrad, Coração das trevas, para além da sua qualidade literária teve uma grande influência no momento. 

Tratava de uma "parábola” sobre o “coração negro do homem" que, dramatizada no continente negro, transcende tudo. Ganhando a estatura de uma das maiores obras visionárias e tormentosas do mundo ocidental. 

Reviver o horror da Guerra do Vietname, pouco depois do seu fim, e lembrar tão cedo a dura realidade para os americanos e as consequências dela - terá sido acertado? 

Sem esperar que o tempo criasse uma certa forma de “protecção”, na distância necessária entre realidade e memória? Foi com certeza muito arrojada a decisão de Coppola e para muitos foi, sem dúvida, um trauma enorme. 
Marlon Brando - cortesia de gettyimages

Era o momento em que as feridas não tinham sequer  começado a sarar. Feridas essas que nunca sararam. Os actores eram todos estupendos - desde o grande Marlon Brando a Martin Sheen e aos outros, como Robert Duval, Harrison Ford, ainda jovem, etc.  

imagem do filme, cortesia de gettyimages

A banda sonora é das mais belas e fortes de que me lembro. Coppola escolhe a canção The end, do grupo rock The Doors, na voz Jim Morrison (5).

 

 The Doors

Jim Morrison (1943-1971)

Jim Morrison, ídolo rock, era também um poeta e um intelectual "engajado" na música de protesto, em particular contra a Guerra do Vietname sem reivindicar, porém, nenhuma ideia política. 

Esta canção - "the psychedelic song The end"- está "ligada" às experiências psicadélicas e ao livro "The doors of perception" de Huxley. 

É a voz de Jim Morrison que ouvimos cantar “This is the end, my friend, my only friend.”  Era o fim. (https://youtu.be/xpN54k93ugM)

Um filme que deveria ser  projectado muitas vezes porque, infelizmente, o homem esquece o que são as guerras: a crueldade e a selvajaria da guerra. Na altura até acreditei que o filme podia fazer "reflectir". 

Era um momento, ou um movimento - o desses anos 60/70 - utópico talvez, mas generoso - como os utopistas são.

Hoje, com outra idade, gostaria de acreditar ainda que a "visão" do filme poderia servir para alguma coisa: evitar outras guerras, outras monstruosidades - mas não acredito. 
Os factos continuam a demonstrar que o ser humano não aprende e - quem sabe?- talvez exista em alguns homens um "coração de trevas".
.

A banda sonora, como já referi, e a canção The end  é fascinante e torna as imagens e a realidade do filme ainda mais chocante.

 ***

(1) A primeira versão de “Apocalypse Now” sai nas salas em 1979. Foi uma produção colossal realizada por Francis Ford Coppola. Outras duas versões se seguirão tornando-o num “filme cult” – uma peça de culto, mítica, como por vezes acontece no Cinema. 

(2) Joseph Korzeniowski Teodor Konrad, filho de polacos exilados em Vologda, na Rússia. O pai era um professor, um homem culto que traduzira Shakespeare mas Conrad fica órfão com 11 anos e vai viver com uns tios. Aos 16 anos decide ir trabalhar em Marselha em navios. Em 1878, para fugir ao serviço militar russo, vai "servir" num navio britânico. Viajou pelo mundo, África, Ásia. Faz o exame para capitão de longo curso da Marinha Mercante Inglesa. Vai viver para Londres. Começa a escrever. Em 1886, recebe a nacionalidade britânica. Morre em 1924 no Reino Unido.

(3) “Heart of Darkeness” foi publicado em 1902. É considerado hoje um livro dis-tópico (contrário de "utópico"). Sem ilusões na espécie humana. Está traduzido em português. Várias editoras que publicaram o livro. Coração das trevas foi publicado nas edições "Guerra e Paz", em 2019. Antes, em 2006, fora publicado na "Editorial Estampa".

(4) refiro-me a um artigo de Claude Halmos sobre as crises económicas e sociais: “Est-ce ainsi que les hommes vivent? Faire face à la crise et resister”. In “Nouvel Observateur” 16 de Outubro de 2020.

(5) a canção fora escrita em 1967. Jim Morrison, ídolo rock dos anos 60, era também um poeta e um intelectual "engajado" na música de protesto. Escreveu vários livros de poesia, 'The Lords' e 'The new creatures', os únicos publicados em vida mas numa pequena edição restrita. Mais tarde reunidos e publicados em antologias. 

(6)  The Doors, grupo rock norte-americano foi criado em 1965 em Los Angeles (Califórnia). Composto por Jim Morrison (solista), Ray Manzarek (teclados) Robby Kieger (guitarra) e John Densmore (bateria). O título foi escolhido por Morrison inspirado no livro de Aldous Huxley, ''The doors of perception'. Foi uma das bandas de rock mais controversas e com maior influência na década de 1960 - talvez pelas letras de Morrison e pela sua actuação em palco, imprevisível.

https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Doorsela

https://youtu.be/xDLQlzTf9Mw?si=_oRwfYOsMSVOlUTx

https://mag.sapo.pt/cinema/atualidade-cinema/artigos/30-antes-dos-30-apocalypse-now-viagem-espiritual-ao-fim-do-mundo

https://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Conrad

https://bookcover.pt/product/o-coracao-das-trevas/