quinta-feira, 26 de abril de 2018

Mais um capítulo de "MORTE DE UM DESCONHECIDO", de M. J. Falcão: capítulo II


Túmulo de Rafael (interior do Panthéon) 

"Michael Brenner olhava através dos vidros. Começou a pensar no que Erica dissera e como se vira metido naquela história. Tudo começara muito tempo antes, num dia de Inverno, ali mesmo, na 'Piazza della Rotonda', ao lado do Panthéon.

As pessoas passavam, rápidas, agarradas aos casacos e ao cachecol de lã. O frio instalara-se, mas o sol continuava a brilhar, intenso. Ouvira falar tanto nos magníficos dias de Inverno de Roma e parecia-lhe impossível estar a vivê-los.
O restaurante era agradável, muito tranquilo. Tinha-lhe dito um amigo italiano que era o sítio onde se comiam os melhores spaghetti alle vongole da cidade.
o Panthéon e a Piazza della Rotonda, ao fundo
Sentado na mesa de canto, podia ver de um lado a Piazza e, do outro, a sala de jantar. Havia mais duas ou três mesas ocupadas. 
O casal da mesa ao lado interessou-o. Percebia-se que eram conhecidos no restaurante, pelos gestos cuidadosos dos empregados, pela atenção. 
Comiam, em silêncio, como se já tivessem dito tudo um ao outro.  Atraía-o o rosto delicado da mulher, não muito jovem, de que via o perfil. Dele, distinguia os cabelos com entradas brancas nas fontes, costas largas, o pescoço forte onde brilhava um fio de ouro. Bem vestido, camisola de cashemere
Ela, elegante e fina, trazia um vestido de lã de cor clara e uma écharpe azul que lhe envolvia o pescoço esguio. O cabelo loiro escuro preso, com uma fita azul, formava um rolo na nuca. Lembrava figuras de certos quadros de mulheres melancólicas, com uma tristeza indescritível.
Foi ele quem quebrou o silêncio. Falavam inglês e, por ser essa a sua língua, Michael ouvia-os, involuntariamente.
- Ontem telefonei à pequena do café, aquela que tem olhos azuis.
Sorriu, irónico, para a mulher. Ela ficou calada.
-Disse-lhe que era a mais bonita. Falei-te nela, não falei? 
Continuou, num tom de apreciador:
 - Belo corpo! Vinte anos, ou talvez menos...
A mulher parecia ausente, de olhos baixos.
- Sabes o que me respondeu?
Sem esperar a resposta, que não viria, acrescentou:
- Que eram os meus olhos que a viam assim.
Ria-se, parecia contente consigo. Ela ergueu os olhos, limitando-se a pegar no copo de vinho branco. 
 Michael sentiua-se incomodado, não queria escutar a conversa. Tossiu, mexeu a cadeira, mas não podia evitar, estavam demasiado perto as duas mesas e ele tinha que os ouvir.
Incomodava-o violar uma intimidade. A conversa era banal e desinteressante e começou a sentir-se nervoso.
De repente, ela falou. Tinha uma voz doce, um pouco cantada.
- De olhos azuis? Não sei quem é.
Encolheu os ombros, agitando o vinho no copo, sem pensar no que fazia.
- Ontem, falaste numa escurinha, com a doçura das africanas...
- Escura, ou morena? - interessou-se ele.
- Disseste “escurinha”. Não sei o que querias dizer.
 Falara devagar, em tom monocórdico. Desinteressada. Ele olhou-a, interrogativo.
- Tens a certeza? Ontem?
- Ontem, ou há dias. Esqueceste-te?
“Impassível a senhora”,  pensou Michael, “Deve tomar calmantes. Não devia beber.”
- Eu nunca me esqueço de nada!
- Na tua idade!, e abanava a cabeça, num ar de censura leve.
Não o criticava, era quase indiferente que o notava.
- Na minha idade? O que tem que ver a minha idade? - perguntou, brusco.
Ela não ouvia, perdida noutro mundo. A falar mais para si do que para ele, continuou:
 - Os anos passam e não damos por eles…
- Queres insinuar que estou velho?
Erguera a cabeça e desafiava-a. A voz era agora mais forte.
 - Aprecio a beleza das mulheres, a sua frescura, o seu perfume. E se forem novas, tanto melhor. Sou um homem normal.
- Estamos  velhos. Mudámos.- insistiu ela.
Ignorando-a, a falar consigo mesmo, disse:
- As mulheres gostam de ser seduzidas, e eu seduzo-as! A garota ficou lisonjeada por eu a achar bonita.
- E não achas?
A voz dela perdera o tom musical que, de início, lhe lembrara um canto lamentoso. Soava agora seca, vazia. Michael sentiu simpatia e pena por aquela mulher que tinha uma voz bela, melodiosa e dolente, quebrada, alheia, como se a vida real não existisse para ela. Pairava acima daquele restaurante, ausente do mundo, figura etérea.
"Deve ser terrível envelhecer e deixar de amar a vida..."- pensou Michael.
- Sei lá se acho! É como as outras. Bela, jovem, disponível. Amo a beleza!
Encolhia os ombros, como se seguisse um pensamento que lhe agradava. Repetiu:
- Elas gostam de ser seduzidas e eu gosto de as seduzir.
Procurava magoá-la? Ela sentira-se atingida e perguntou, num tom que  endurecera:
- E tu o que queres dela?
Ele riu-se:
- Hum... Talvez a frescura da juventude. A juventude é agradável, e eu não lhe resisto!
Concluiu, olhando para ela, maldoso:
- Dou-lhes essa alegria.
- A frescura da juventude...para que serve a juventude? Perde-se tão depressa. Passa. Como passou a minha!
Era como um grito de dor. Michael reparou que começara a chorar, devagarinho. Os ombros agitavam-se, num movimento rítmico, suave. 
O outro afastara o olhar, incomodado. Ia rodando o copo na mão, sem se dar conta.
Que besta!”, pensou Michael.
Constrangia-o o mal-estar da mulher. O rosto franzira-se como o de uma criança, era patético, as lágrimas caíam pelo rosto e ela não fazia nada para as limpar. 
O outro agitou a mão, como se quisesse afastá-la, num gesto de impaciência.
- Para com isso!
O gesto revelava a contrariedade e o tom era seco:
- Que maçada!
Do outro lado da mesa, ela enrolava os spaghetti e a mão tremia. Não reparava que continuava a chorar. Era como se não estivesse alise não o corpo dela. O espírito ausentara-se. 
A Michael custava aquela humilhação de uma mulher. 
Ela é tão frágil.”
Esqueceu o que se passava na rua, esqueceu o Panthéon e a sua luz difusa, acolhedora, preso das pálpebras fechadas, dos dedos desesperados, a tremerem. Via a pele murcha e pequenas rugas marcando o rosto, junto dos lábios e ao canto dos olhos.
- Perguntas-me para que serve a juventude? Essa é boa! Para se usar!
Ela olhou-o, nervosa, agitando a cabeça.
- Estou velha, não é?!
Erguia a voz, pouco a pouco, inconscientemente, até ficar incontrolável, histérica. O outro forçou um sorriso. Olhava para o lado, agitava os talheres. Talvez tivesse vergonha que os outros ouvissem. Prezava as aparências.
 - Estão todos a olhar, é uma vergonha - disse, irritado. - Baixa a voz!
Ela soluçava, agora, devagar, em soluços compridos como o de uma criança desesperada e infeliz.
O outro ia enchendo o espaço de palavras, falando baixo e adoçando a voz, para a fazer calar. E dizia-lhe que era injusta; que ele a ouvia sempre; que apreciava tanto a sua opinião. 
- Qual velha?! Que disparate! Por ti o tempo não passa. 

Michael sentia-se indignado mas nada podia fazer.
 Saberá esta nulidade como ela se sente? A juventude passou para ela e sabe-o e ele fala-lhe assim. Imbecil! "
Irritava-o não se ter já ido embora.
"Mas para que me meto nisto?!”

Ela voltara a pegar no copo, num gesto suave e lento. Esvaziou-o e voltou a enchê-lo quase até entornar, concentrando-se no que fazia, tensa e de sobrancelhas franzidas. Depois, fixou-o com expressão vazia, e repetiu, ansiosa: 
- Estou velha, nã é?
Não estava habituada a beber, via-se, e a voz tornara-se confusa.
- Velha...- balbuciava, absorta. Como certos quadros horríveis.
Impaciente, ele disse, secamente:
- Não bebas tanto! Queres dar espectáculo?
O velho criado, de guardanapo no braço, aproximou-se e mudou de lugar a jarra das flores em frente dela.
- A senhora deseja mais alguma coisa?
Ela agitou-se como se acordasse e deixou cair o garfo. Michael apressara-se a apanhar o garfo do chão e entregou-o ao criado que foi buscar outro. Enquanto o pousava, ao lado, perguntou, outra vez, com uma simpatia evidente: 
- A senhora não come mais?
Ela teve um sorriso bonito, como um parêntesis, naquela cena.
- Obrigada, estou bem. Um pouco mais de vinho talvez.
Contemplava a jarra de flores, silenciosa. quando o criado se afastou, virou-se para o marido como se não sentisse o efeito do vinho. Lúcida, talvez por isso mesmo, disse, friamente:
- Chorar? Há anos que não choro...
Michael agitava-se na cadeira. Chamou o empregado, pediu um café.
- Ristretto, por favor. E traga a conta, prego!
Queria ir-se embora depressa. Não aguentava mais um minuto. 
Só a mim é que acontecem estes azares!"
Bebeu o café, enervado, pagou e saiu. Ao sair, não resistiu e olhou para trás. Ela virara-se e percebeu que ele a observava. A linha dos lábios cerrou-se, quase sem expressão.
 Piazza Santa Maria Sopra Minerva
 Lá fora, a bela cidade de Roma vivia, na sua beleza livre. Sem hipocrisias. Michael suspirou, aliviado, pensou que nunca mais os veria e respirou fundo. Porém, não conseguia deixar de pensar nos olhos dela. 
“Os olhos eram azuis… ou cor de cinza?” 
Por que pensara em papoilas de repente, naquele dia de Inverno frio? Sabia por que se lembrara...
Sabia que não esqueceria a tristeza daqueles olhos. Lembravam-lhe a doçura do olhar da mãe, na melancolia dos últimos tempos de vida. 
Reviu os cabelos vermelhos ondulados, o vestido com papoilas vermelhas, e um chapéu de palha. Ou uma camisa branca que era do pai sobre a saia comprida. Parecia-lhe às vezes uma menina! A mãe, morta. O irremediável. Dor inesquecível.
Por que razão a desconhecida de azul lhe lembrara a mãe? E veio-lhe à ideia uma imagem romântica, de uma mulher sozinha, ao longe, a olhar. Era um dia de sol mas a névoa envolvia-a, dourada.
Abanou a cabeça, queria que a visão desaparecesse. Deu umas voltas pela praça, devagar, e foi sentar-se na esplanada do café da esquina. Do seu lado esquerdo, erguia-se a massa pesada e harmoniosa do Panthéon. Começou a contar as colunas.

NOTA: As pinturas são de Zinaida Serebriakova, Hopper e Monet. As


 fotografias são minhas.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Um dia de Abril....Tão jovens que nós éramos...


Um dia acaba, outro começa... 

Assim foi há 44 anos. Uma revolução com cravos. Sem mortos. Sem feridos.


Jovens, sim. Cheios de ideais. Sonhando com a Utopia. Ingénuos, também. Mas esse dia foi para sempre!
 um cravo, em Baku, um dia

Não é simples partir do Nada e era o Nada o que tínhamos. Outros vieram, ingénuos como nós, trazer-nos o que desejávamos. 
Salgueiro Maia

Éramos jovens, queríamos tudo. Nesse dia 25 de Abril, tivemos um belo amanhecer. Muitos morreram já. E a vida continuou. Continuará.

As lutas também. Nada volta para trás. Tudo irá em frente. Nunca será simples. Mas é melhor ...



Bom 25 de Abril!

segunda-feira, 9 de abril de 2018

ACENDEU-SE UMA ESTRELA NO CÉU DO JAPÃO! OU FOI UM PIRILAMPO?





Ao abrir ontem o "Monde" (que comprara ontem) na página de Cultura leio do desaparecimento de Isao Takahata. Ouvira falar vagamente dele. Sabia da "Heidi",  banda desenhada em filme,  tinha sido famoso, e das histórias de "Marco".
Isao nasceu no dia 26 de Outubro de 1935 em Mie, província de Tóquio e morreu no passado dia 5 de Abril, num Hospital de Tóquio. Com um cancro nos pulmões.
Por que me lembrei de falar nele? É simples: foi um realizador de filmes de animação (os velhos “bonecos animados” )em que a poesia e a beleza e a ética prevaleciam sempre sobre a violência e a indiferença de tantos desses filmes para crianças e jovens!

O Japão é um país que adoraria conhecer. Nos seus paradoxos – que os tem e muitos. Basta lembrar a delicadeza dos gestos e das danças, a elegância das figuras femininas e do seu teatro. O ritual do chá e do Ikebana que em mais nenhuma terra existe deste modo.

A maravilha que são, no início, da Primavera os campos de pomares floridos: os cerejais, as ameixieiras brancas em flor como um mar de espuma. 
Primavera no Japão (foto da amiga Ryoko Kasai)

Esse amor à beleza e à contemplação leva-os  ao hábito que têm de viajar com os amigos, andando quilómetros só para irem vê-las.   
Ou as famílias que se reúnem com os seus cestos de pique-nique, para irem de passeio contemplar essas maravilhas da natureza, todos os anos. 
Como o mesmo acontece, no Outono, irem visitar, de comboio, as paisagens infindáveis de áceres vermelhos.
Massacre de chineses, Guerra de Nanquim
Povo em que existe um paradoxo entre delicadeza e violência simultaneamente. 
A contradição que é a violência como que esses japoneses delicados trataram os chineses, como torturaram, violaram.
O sentido da honra e do dever levaram milhares de jovens japoneses a aceitarem morrer como kamikazes, durante a Grande Guerra. 

Em casa, deixavam as cartas mais belas e mais saudosas evitando referir tudo o que poderia fazer sofre a mãe, a jovem namorada, o pai. Num cuidado enorme de não magoar, de ser delicado e suave...

Não foram os únicos e bem o sabemos: foi um rol infindável de barbáries até hoje, de Guerras que não poupam nada, nem ninguém: velhos, mulheres e crianças tudo é passado à espada. 
Que  voltaram a ser os escravos, as vítimas escolhidas para escudos humanos contra os ataques de mísseis, massacres brutais e são eles os primeiros a serem bombardeados e gaseados.
Tal como são os primeiros a morrerem, quando vão, perdidos, pelas montanhas geladas dos Alpes, ou nos desertos, ou afogados nos oceanos - à procura do El Dorado da Europa.

Por isso me deu ânimo “conhecer” hoje a obra de um homem bom e sábio. Que ama a beleza das figurinhas e as retrata com a suavidade e a poesia que nos impressionam.
Isao Takahata estudou, na famosa Universidade de Tóquio, Literatura Francesa. Interessou-se sempre pela Educação e tinha, com certeza um desejo de agir, para mudar as coisas para melhor, por amor à pedagogia, pelo pacifismo que sempre defendeu. 
Amava a Poesia e a simplicidade, por isso se apaixonou pela poesia do poeta francês Jacques Prévert. E apreciou o cinema de Truffaut. E amou a Literatura Francesa. Apreciou os seus desenhadores. Daí a beleza poética das suas criações no Cinema.

Em 1959, criou o estúdio de animação Toei, com outro cineasta, Hayao Miyazaki, mais novo uns anos do que ele. Mais tarde, em 1985, criaumo novo estúdio, o famoso Estúdio Ghibli – com Miyazaki. 
"Totoro, entregas ao domicílio", 1985

Conhecido nessa altura, sobretudo pelas séries “Heidi” e “Marco”, na sequência destas muitas outras histórias maravilhosas surgirão.

Em 2015, dois dos seus filmes (de ambos) foram nomeados para os Óscares : “O conto da Princesa Kaguya” e “O túmulo dos pirilampos”.


Hayao Miyazaki, 2015

Muito justamente, o título do artigo necrológico do jornal Le Monde de ontem sobre ele, era: “Isao foi ter com os seus pirilampos.”
Perdidos, no "Túmulo dos pirilampos"

Confesso que nada vi ainda do realizador japonês, mas vou interessar-me em encontrar e ver. Talvez o Monogatari da Princesa Kaguya.
Num mundo em que se vive tão violentamente e em que - às crianças-  é  apresentada uma realidade de horrores e de guerras -não só em filmes como nos telejornais - é bom saber que existem escritores, realizadores, enfim 'criadores de mundos humanos' que são como um “antídoto” para tanta maldade.
foto de Ryoko Kasai

Espero que os seus pirilampos fiquem contentes de o terem ao pé deles! Temos que acreditar nalguma coisa, não é verdade?

Tenho andado afastada do meu blog. O que se passa no mundo tem-me desanimado. Tira-me a vontade de falar : fico asténica e desiludida, sem vontade de me voltar a “iludir”. 
Penso muitas vezes: será apenas uma “ilusão” acreditar no que é bom?Fingir que sim – para continuarmos a querer ver um mundo melhor possível? É bom saber que há os que ainda acreditam que vale a pena!
Diz Isao numa entrevista realizada pelo jornal “Libération”, em 2014: “Tive uma vida vulgar e mesmo banal desde a infância passada no nordeste do Japão, numa cidade de importância média”.
"O túmulo dos pirilampos”, 2015

E o entrevistador acrescenta: “Sim, ‘uma vida banal’ na qual, no entanto, escapa à morte durante um bombardeamento americano."
Isao Takahata tinha então 9 anos. 

Vi-me perdido num inferno de chamas, com a minha irmã mais velha. Estávamos completamente isolados, errámos sem família durante muito tempo e fomos salvos providencialmente.” (idem)

Um fim feliz que não vai acontecer no filme em que fala desse caso verdadeiro, continua entrevistador. 

Refere-se ao último filme, “O túmulo pirilampos” (1988), considerado a sua obra-prima e  "no qual evoca directamente esse acontecimento real e onde conta o destino trágico de duas crianças entregues a si próprias depois de um bombardeamento.”

E insisto: vale a pena insistir, bater com a cabeça nas paredes e os dedos nas teclas do computador? Indignar-me?
Para quê? Quem nos ouve?
Depois, volto aos meus mestres da esperança. André Gide dizia: “Uma palavra pode alterar muitas coisas na vida de uma pessoa”. Para o bem e para o mal. “Nenhum gesto é inútil”.
Stephane Hessel escrevia: “Quando deixar de me indignar quer dizer que estou velho.”
E o meu Rabbi Nahman? Não insiste sempre ele, o bom Rabbi, que “um gesto pode abrir os corações mais duros”? 
Que não devemos desesperar: “porque é proibido desesperar!” 
Que devemos fazer tudo para que a alegria volte? 
“Cantar e dançar são um grande bem…” mesmo que nos sintamos ridículos. Porque tais gestos fazem bem. A nós e aos outros!

Portanto, aqui volto – com uma história que vale a pena e que quero dar a conhecer! Histórias como a dos pirilampos que se iluminam no céu, às vezes, ao lado das estrelas...
pirilampo