domingo, 25 de julho de 2010

Ler, ler, ler...onde quer que estejam!



Penso que mais ou menos todos sabemos o que procuramos para esses dias de repouso que podem ser "vividos" nos mais variados sítios, ou, apenas, em casa... Fazendo um horário diferente, fugindo à mo
notonia dos dias, recusando-nos a isto ou aquilo para esquecer durante um tempo as responsabilidades, numa qualquer forma de alheamento...

E aqui estão os livros...

Para mim são uma companhia nestes momentos de “svago” como dizem os italianos...

Mas não quero que pensem que o digo com presunção!

Não, quem me conhece sabe que não é...claro. É mais uma forma de “comunicar”, dizer: "eu gosto disto, e tu? Aconselha-me, também, diz-me os livros de que gostaste"...

E pode haver sintonias, simpatias, ou não.

Mas a troca de ideias e de leituras é sempre útil...

É verdade, não posso esquecer: descobri um blog que me interessa muito: “ainda é de dia”.

Acabado de “nascer”- e ler-, descobri nele uma verdade, uma sensibilidade, uma simplicidade que me encantaram: vão lê-lo!

E agora vamos à lista dos livros...

Livros fáceis de encontrar, traduzidos, foi essa a minha ideia hoje...

Primeira escolha:

Harper Lee: “Por Favor, Não matem a Cotovia”, Difel, 2010.

Eu acrescento:

"Por favor, vão ler este livro! não imaginam como é bom lê-lo! Comprem para os vossos filhos também... Ofereçam a toda a gente!" Harper Lee é uma mulher fantástica, basta ler o livro dela. Era a grande amiga de Truman Capote, que também não posso esquecer: "A Harpa de Ervas", "Outras terras, outras gentes" e o -terrível, mas muito bom- "A sangue frio"!

Lev Tolstói: "A Morte de Ivan Ilitch" (Editorial Presença, Portugal, e L&PM, Pocket, no Brasil), “Guerra e Paz” (tradução directa do russo de Nina e Filipe Guerra, respeitando a "pronúncia" dos nomes...)


capa da 1ª edição russa de "Guerra e Paz"

O romance “Ana Karénina” (Relógio d'Água, 2010)

Virginia Woolf: "Rumo ao Farol" (2008) e outros:

"Orlando" (2010), "Os Anos" (2010), publicados -feliz ideia!- na Relógio d' Água, assim como "Mrs. Dalloway" (há alguns anos já);

Nicolaï Gogol: “Avenida Nevski” saiu (Biblioteca Independente, Assírio & Alvim), há mais tempo mas vale a pena procurar esta maravilha do grande Gogol.

Anton Tchekhov: “Contos”. Não posso deixar de referir Tchekhov: é tão bom lê-lo! Há várias traduções, em várias editoras. Presença é uma delas, a Relógio d'Água outra, Assírio & Alvim outra...

O livro "A Minha Mulher" foi publicado pela Quasi. Enfim, não faltam editoras!

Joseph Conrad: “O Agente Secreto” ou outro livro dele, todos os que encontrarem valem a pena...( a Assírio & Alvim publicou alguns, "Histórias Inquietas"?)

Graham Greene: "O rochedo de Brighton" (que eu adorei...); "O Factor Humano" -o imprevisível -e quantas vezes "destruidor" de vários planos políticos e etc- "factor humano", que é o que no fundo nos "move" a todos...

E ainda:

John Le Carré: “Um homem muito procurado”, “O Canto da Missão”, Dom Quixote (a Dom Quixote tem vindo a publicar muitas das obras deste escritor, "As gentes de Smiley", por exemplo, belo livro de espionagem)

John Steinbeck: "Ratos e Homens" (vi uma edição da L & PM, boa colecção de bolso, Brasil); "A Pérola" -sempre!, foi talvez o primeiro livro sério que li, muito novinha, e durante noites até sonhava com a pérola, com o escorpião, e com o pequeno Koyotito!

Marcel Proust: experimentem a ler o 1º volume de "A la Recherche du temps perdu": há uma boa tradução do poeta Pedro Tamen, "No caminho de Swann" ou o 2º, "As raparigas em flor" (?, não tenho a certeza do título...)

Yasunari Kawabata: "Terra de Neve", "Mil Grous". Tantos outros livros dele... Os inesquecíveis "Contos da palma da mão" -espero sempre que alguma editora se decida a escolhê-los...porque contos exemplares!

No Brasil, há uma bela edição (com uma capa linda!), de "Beleza e Tristeza" de Kawabata...


É incompletíssima esta lista, é óbvio... Pretendo que seja apenas um "apoio" para os que estejam hesitantes...

Boa Leitura, onde quer que estejam!

Nota 1: os meus amigos brasileiros não são nunca esquecidos, tento "saber" as edições todas em português (que é só um!). E não estou de acordo com nenhum "acordo ortográfico": é desnecessário!...

Nota 2: A propósito: alguém sabe qual é o nome da edição brasileira de "O Moinho à beira do Rio", da grande George Eliot? Uma leitora brasileira perguntou-me se eu sabia, até agora não consegui informação, mas já pedi...

5 comentários:

  1. ¡Eres un diablillo!(Traduz como queiras, a mim não me sai)
    Cada pessoa tem recordações diferentes das mesmas vivências,e também das mesmas leituras.Imagina que a única coisa que recordo de A Pérola, é que se sentava a família à noite (creio),e sentiam na garganta a felicidade silenciosa de estar juntos. Nunca esqueci isto, porque a mim passava-me a mesma coisa.
    Sabes que sendo tão culta podes acobardar os outros? Seria uma pena que não te encontrassem detrás dessa montanha de livros.Estou aquiii!
    ¡¡¡ES BROMA!!! Beijinhos

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  2. Talvez me tenha refugiado muito nos livros, em pequena, mas hoje ESTOU AQUI! Bem à vista!
    uhu!!! Vês-me?
    Para mim os livros são mesmo só para encontrar os outros mais facilmente -porque estamos sempre nos livros que os outros escreveram, não é? Ou procuramos estar lá? Ou ajudam-nos a perceber melhor a nós mesmos?
    Seja como for, são bons! mas não substituem as pessoas nem as amizades: mesmo as recentes!
    beijinhos

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  3. Estão aqui excelentes sugestões!
    Gosto muito de Gogol. Depois de ler "O Nariz" fiquei apaixonada por este escritor e sempre que posso compro um livro dele. Ainda não li este, mas tenho de o procurar.
    Tolstoi é outro autor que tem sempre algo mais do que apenas contar uma história. Estes dois são bem distintos em número de páginas, mas ambas as histórias levam-nos para caminhos complexos do pensamento.
    Destas sugestões todas há uma que quero muito ler, que é a de Harper Lee.

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  4. Leia já! Vai adorar, "tons de azul"! É um livro que faz bem, que nos ajuda a continuar a acreditar naquilo que nos faz "andar para a frente". Figuras inesquecíveis! Momentos em que nos sentimos bem: "há pessoas assim! Que bom!"
    O Gogol tem tb as "ALmas Mortas", lindo.
    O Tolstoi se não leu Guerra e Paz, "tem" de ler!
    Beijos e obrigada por ter vindo

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