Que partout, everywhere, em toda a parte,
A vida égale, idêntica, the same,
É sempre um esforço inútil,
Um voo cego a nada.
Mas dancemos; dancemos
Já que temos
A valsa começada
E o Nada
Deve acabar-se também,
Como todas as coisas.
Tu pensas
Nas vantagens imensas
De um par
Que paga sem falar;
Eu, nauseado e grogue,
Eu penso, vê lá bem,
Em Arles e na orelha de Van Gogh...
E assim entre o que eu penso e o que tu sentes
A ponte que nos une - é estar ausentes.”
NOTA: Nascido em Barcelona em 20 de Março de 1922, Reinaldo Ferreira era filho do escritor e jornalista Reinaldo Ferreira, conhecido por “Repórter X” (1).
Poeta, escritor de várias novelas, Reinaldo Ferreira (filho), viveu em Moçambique a partir de 1941. Estudou, acabou o Liceu e continuou a viver lá.
De vez em quando vinha a Portugal mas logo voltava para Lourenço Marques - hoje, Maputo. Morre em Lourenço Marques em 30 de Junho de 1959. Em Março, tinha-se declarado um cancro no pulmão, fulgurante que se revela fatal.
Publica
artigos e poemas nas revistas culturais de Moçambique, escreve letras de
canções mas a sua obra poética só foi publicada, póstuma, em 1960, em
Moçambique.
Reinaldo Ferreira morreu em Junho de 1959.
“Poemas” sai, por iniciativa do Governo-Geral de Moçambique, organizada pelos amigos.
Durante a marcha fúnebre que os amigos fizeram até ao túmulo do Poeta é ali colocada uma lápide com um dos seus poemas gravados.
Em 1962, a obra “Poemas” é publicada em Portugal, pela Portugalia Editora, na colecção "Poetas de hoje" - precedida de um ‘estudo analítico’ de José Régio que admirava muito o Poeta.
Deixo-vos o poema que prefiro dele "Rosie"(1) O chamado “Repórter X” Reinaldo Ferreira, pai do poeta, nasceu em Lisboa, em 10 de Agosto de 1897 e morreu, também em Lisboa, no dia 4 de Outubro de 1935. Tinha 38 anos. Escrevia livros de mistérios policiais e de aventuras.
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