Não o sabíamos ainda, mas nessa noite tudo se iria modificar no país e nas nossas vidas.
Passaram 40 anos desta noite que -hoje- acontecerá…
Lembro que, há 40 anos, um amigo jovem miliciano telefonou aos pais avisando que havia movimentos de tropas e eles telefonaram-nos.
Ninguém sabia o que era. Golpe militar? Contra o regime, com certeza, mas… e se fosse da direita? Iríamos passar para uma situação ainda pior?
Ninguém sabia o que era. Golpe militar? Contra o regime, com certeza, mas… e se fosse da direita? Iríamos passar para uma situação ainda pior?
E a noite foi andando.
Canções eram os códigos de comunicação entre os que se moviam (como nos filmes!)- eram o “santo” e a “senha” e “respondiam-se”, na rádio. Quem sabia, ia em frente, avançava com o sinal recebido.
E, assim, a canção "E depois do adeus", cantada por Paulo de Carvalho foi o 1º sinal:
http://youtu.be/pJrtNwD_r_0
E, horas depois, ouve-se "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso, que foi o arranque dos vários quartéis. Escolha simbólica porque canção fora proibida antes do 25 de Abril.
http://youtu.be/gaLWqy4e7ls
E, assim, a canção "E depois do adeus", cantada por Paulo de Carvalho foi o 1º sinal:
http://youtu.be/pJrtNwD_r_0
E, horas depois, ouve-se "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso, que foi o arranque dos vários quartéis. Escolha simbólica porque canção fora proibida antes do 25 de Abril.
http://youtu.be/gaLWqy4e7ls
Depois… depois foi a manhã, nascida de novo, fresca, com os cravos que, pelo caminho, junto aos mercados, ali na Ribeira, os soldados iam recebendo das vendedoras. Adivinhariam elas o que ali vinha?
No fundo aqueles soldados eram também filhos delas, também. Quantas não tinham tido os filhos na guerra? Talvez os vissem assim: jovens, fardados, de espingarda e um olhar perdido. Quiseram animá-los.
Iam viver-se momentos difíceis, de perigo e de mediação, de inteligência, para que a revolução pudesse ser o que foi: a "Revolução dos Cravos" e, não, um banho de sangue...
Imagens do filme "Capitães de Abril"
No fundo aqueles soldados eram também filhos delas, também. Quantas não tinham tido os filhos na guerra? Talvez os vissem assim: jovens, fardados, de espingarda e um olhar perdido. Quiseram animá-los.
à entrada do quartel do Carmo
Iam viver-se momentos difíceis, de perigo e de mediação, de inteligência, para que a revolução pudesse ser o que foi: a "Revolução dos Cravos" e, não, um banho de sangue...
Salgueiro Maia: o cerco do quartel do Carmo
É isto que eu quero lembrar hoje. Hoje, Véspera do Dia. ´
Do Dia 25 de Abril, dia de generosidade, em que conhecemos a liberdade!
Quero deixar-vos o filme de Maria de Medeiros que traz sempre muitas recordações. Boas recordações! E que me comove sempre!
Vi-o da última vez, numa turma do 12º da noite, na Escola da Portela de Sintra. Muitos dos meus alunos não sabiam o que tinha sido verdadeiramente o 25 de Abril! Estavam entusiasmados por verem jovens "portugueses" como eles a lutar pelo que hoje eles têm ...sem dificuldade nenhuma!
Do Dia 25 de Abril, dia de generosidade, em que conhecemos a liberdade!
Quero deixar-vos o filme de Maria de Medeiros que traz sempre muitas recordações. Boas recordações! E que me comove sempre!
Vi-o da última vez, numa turma do 12º da noite, na Escola da Portela de Sintra. Muitos dos meus alunos não sabiam o que tinha sido verdadeiramente o 25 de Abril! Estavam entusiasmados por verem jovens "portugueses" como eles a lutar pelo que hoje eles têm ...sem dificuldade nenhuma!
imagem do filme
"Capitães de Abril: filme realizado por Maria de Medeiros ,em 2000. É a sua primeira longa-metragem. O filme recebeu vários prémios internacionais (e nacionais).
Baseia-se, exactamente, na história do “golpe militar” do 25 de Abril. O filme é uma homenagem às figuras simples, dos jovens soldados que participam no golpe, nesse tempo difícil. Destaca-se a importância dada ao capitão Salgueiro Maia.
Os actores são Joaquim de Almeida, Stefano Accorsi (Salgueiro Maia)e Maria de Medeiros, entre outros.
Baseia-se, exactamente, na história do “golpe militar” do 25 de Abril. O filme é uma homenagem às figuras simples, dos jovens soldados que participam no golpe, nesse tempo difícil. Destaca-se a importância dada ao capitão Salgueiro Maia.
a figura de Salgueiro Maia, no filme
Os actores são Joaquim de Almeida, Stefano Accorsi (Salgueiro Maia)e Maria de Medeiros, entre outros.
Fernando Salgueiro Maia nasceu em 1 de Junho de 1944, em Castelo de Vide. Morreu, há vinte anos, em Fevereiro de 1992.
http://falcaodejade.blogspot.pt/2012/04/abril-voltara-sempre-flores-para-uma.html
Não matem os cravos
ResponderEliminarEstive a ver o bocadinho do filme. Já vi o filme há bastante tempo e gostava de o ver outra vez, mas apesar de sempre passar na televisão, acabo por não o ver.
ResponderEliminarDesejo-lhe um bom feriado!
Um beijinho :)
Maria João,
ResponderEliminarUma beleza de uma comemoração.
Tenho o filme que também me comove sempre.
É imperativo que se coloquem os jovens a vê-lo. :))
Beijinho.