Hoje é o meu dia de anos. Lembro-me de tantos dias de anos passados mas quero falar desta noite. Tive um sonho misterioso e engraçado. Em geral nos sonhos nada tem muito sentido, há uma atmosfera de espanto ou curiosidade, mas
desta vez houve, para mim, um sentido certíssimo.
Não
sei onde andava exactamente nem o que se passava de facto. Muitas cores, muitos
rostos confusos, muitas nuvens e de repente umas imagens nítidas: uns animaizinhos a saltarem à minha frente.
Vinham a correr, faziam
uma cabriola elegante e desapareciam pelo lado. Talvez tenha pensado: são os carneirinhos que contamos
para adormecer. Só que já era hora de acordar…
De
repente, outro bichinho apareceu: outra cor, outro pelo, mas o mesmo salto – só
que era um salto elegante desta vez.
Uma duas, três vezes! Um cão de pelo castanho dourado! E pareceu-me que tinha um sorriso que lhe erguia um pouco os lábios, como ele costumava fazer.
Como podia ser ele? mas eu sabia que era! O Zac foi o meu amigo
mais fiel, por todo o mundo onde vivemos.
Em Itália, veio dos braços do Diogo que
o encontrara na Giustiniana para os
meus e ficou a tremer, assustado. Pu-lo em cima da cama e ele, com o pelo todo
despenteado, e uns olhos doces, tinha um ar de Einstein.
Os olhos dele eram os mesmos do meu sonho e um
ligeiro sorriso levantava-lhe o lábio esquerdo.
Em África, ficava ao sol escaldante à minha espera na varanda ou no jardim quando eu ia às compras com a Day. Não o podia levar comigo porque fugia
pela janela do jeep assim que parávamos
em frente do mercado.
Então sentava-se à espera, à porta da casa, de focinho no ar, e
ninguém o convencia a entrar ou a proteger-se do calor. Quando ouvia o jeep ao longe saltava e ia esperar-me ao
portão. E saltava, saltava com pequenos ladridos como se me ralhasse.
Em Telavive, posso dizer que passávamos os dias juntos! Ou na rua,
ou em casa, ou no café…nunca nos separávamos. Até ao dia em que partiu e foi
dormir o sono eterno no quintal dos grandes amigos que lá tínhamos e que o
conheciam bem.
Hoje,
no sonho, depois daqueles três saltos o Zac desapareceu e acordei logo. Talvez
quisesse ir atrás dele.
E
eu que nunca me lembro do que sonho deste sonho especial não me esqueci!
Claro
que pensei logo: era o Zac a vir dar-me os parabéns!
Tenho
a certeza que era.
Muito bonito:)
ResponderEliminarPARABÉNS! Seja feliz!
Deixei-lhe um presentinho lá no meu blogue:)
Um beijinho grande e especial, neste dia:)
Sim... foi o Zac quem te visitou mais uns amigos do infinito...
ResponderEliminarSim, foi o Zac mais uns amigos que tevisitaram vindos do infinito...
Querida Maria João,
ResponderEliminarMemórias belas e comoventes!
Sim, era o Zac de certeza!
Não tive a sorte de o conhecer, mas da maneira ternurenta como o recorda, parece que o estou a ver a saltar e a sentir a cumplicidade que existia entre vocês...
Um beijinho muito especial.:))
E que Parabéns tão especiais
ResponderEliminarGostei muito deste texto - preciso de acreditar.
Muitos Parabéns também aqui
um beijinho
Gábi
Temos que acreditar naquilo que "queremos" acreditar? Eu quero acreditar!
EliminarLindo sonho! Faz reviver um passado de amizade e carinho... gosto de sonhos assim. Bj
ResponderEliminarmemórias suaves e muito bem bordadas
ResponderEliminarrenda fina gostei de ler.
abraço
anuncio que reabri os comentários no blog que edito
espero continuar a merecer a sua presença amiga
Obrigada pelas suas visitas. Estive fora mas voltei...
EliminarADOREI, Jana ! Que bom teres tido o teu Zac, que eu também cheguei a conhecer, que bom ele ter-te visitado nesse sonho!
ResponderEliminarUm beijo terninho...
Espero que esteja tudo a correr bem e esteja a ter dias felizes:)
ResponderEliminarUm beijinho com saudades:)
gostei muito
ResponderEliminarexigência neste espaço. sempre
abraço
Parabéns! (apesar do atraso) Votos de muitas felicidades!
ResponderEliminarfica um abraço
ResponderEliminarmuito agradável ler. serenidade e elegância.
ResponderEliminarNas dimensões que, paralelamente, formam este universo, tudo pode acontecer. Na verdade, eu penso que tudo acontece simultaneamente (passado e futuro), mas em alguns instantes, não sei bem como isso acontece, conseguimos de 'cá' acessar e assim, 'sentir' o Amor. Sim, porque estes reencontros são construídos do mais puro Amor.
ResponderEliminarE nestes reencontros, a linguagem é universal, a linguagem do Sentir. Sente-se os olhar, o sorriso, o calor... e assim, acontecem os reconhecimentos.