“Era uma vez um principezinho que habitava num planeta pouco maior do que ele e que tinha necessidade de encontrar um amigo...", escreve Antoine de Saint-Exupéry. Um piloto desce dum avião e vê-o. E fala com ele. E ele conta... Assim começa a maravilhosa história do pequeno príncipe que não queria estar sozinho!
Um dia esse menino entrou no planeta Terra sem perceber nada do que via à sua volta, porque era tudo diferente do seu minúsculo planeta.
Vagueou, esperou, viu. Mas ele queria era encontar um amigo!
Vagueou, esperou, viu. Mas ele queria era encontar um amigo!
Um belo dia, no alto de uma montanha, a ver se alguém lhe falava, gritou:
"-Bom dia!
E o eco respondeu:
-Bom dia... Bom dia...
-Quem és?, perguntou o Principezinho.
-Sejam meus amigos. Estou sozinho...
- Estou sozinho... estou sozinho... estou sozinho...respondeu o eco."
O Principezinho achou estranho mas não desistiu e continuou à procura de um amigo. Foi andando e andando.
E viu uma rosa e viu uma serpente. E, finalmente, encontrou uma raposa! Um ser muito especial que lhe ensinou muitas coisas...
Quis falar com ela:
"-Quem és? disse o Principezinho. És bem bonita...
-Vem brincar comigo, propôs-lhe o Principezinho. Estou tão triste...
- Não posso jogar contigo -disse a raposa- porque não fui cativada.
-Ah. Desculpa.
Mas depois de pensar, perguntou:
- O que é ser cativado?
-Eu ando à procura de amigos. O que é "cativar"?
- É uma coisa um pouco esquecida, sem valor hoje, disse a raposa. Significa "criar laços".
- Criar laços?
- Claro, disse a raposa. Para mim és apenas um rapazinho igual a cem mil outros rapazinhos. E não tenho necessidade de ti. E tu também não precisas de mim. Sou uma raposa semelhante a cem mil raposas. Mas se me "cativares", precisaremos um do outro. Serei para ti única no mundo...
Para mim, tu vais ser único em todo o mundo. Para ti eu vou ser única em todo o mundo.
- Começo a compreender, disse o Principezinho."Para mim, tu vais ser único em todo o mundo. Para ti eu vou ser única em todo o mundo.
E falaram, falaram. E ficaram amigos um do outro. E sentiram necessidade um do outro. E quando, um dia, o Principezinho teve de partir, a raposa disse-lhe:
"- Adeus. Tenho um segredo. O meu segredo é simples, muito simples: só com o coração é que podemos entender as coisas tal como são; o essencial é invisível aos olhos.”
“Todos
os adultos foram um dia crianças…mas são poucos os que se lembram disso”, escreve Saint-Exupéry.
Saint-Exupéry um dia desaparece num voo sobre o Atlântico. Foi o seu último voo.
Ele, que continuara sempre dentro uma criança, foi com certeza ter com o Principezinho! Ele tinha razão!
"Nunca devemos atraiçoar a criança que fomos", afirmava também o escritor Georges Bernanos. Porque a criança que continua a viver dentro de nós, ainda "vê" tudo com o coração. E não podemos atraiçoar o coração...nem deixar para trás as pessoas que cativarmos: os amigos!
E a verdade é que "só com o coração é que podemos entender as coisas tal como elas são"...
Sejam elas qual forem!
Saint-Exupéry um dia desaparece num voo sobre o Atlântico. Foi o seu último voo.
Ele, que continuara sempre dentro uma criança, foi com certeza ter com o Principezinho! Ele tinha razão!
"Nunca devemos atraiçoar a criança que fomos", afirmava também o escritor Georges Bernanos. Porque a criança que continua a viver dentro de nós, ainda "vê" tudo com o coração. E não podemos atraiçoar o coração...nem deixar para trás as pessoas que cativarmos: os amigos!
E a verdade é que "só com o coração é que podemos entender as coisas tal como elas são"...
Sejam elas qual forem!
Quanta delicadeza Falcão, chegar aqui e ler palavras tão sensíveis. Uma doce lembrança a leitura deste livro.
ResponderEliminarUm beijo e bom final de semana, que já se aproxima.
Este conto mágico seduz os adultos porque diz coisas que a uma criança talvez pareçam óbvias, mas que nós já sabemos pela experiência vivida que são muito complicadas. "O essencial é invisível aos olhos" : tão certo e tão impossível!
ResponderEliminarUm post maravilhoso!
ResponderEliminarTenho a ilusão de que ainda consigo ver algumas coisas com o coração e que portanto ainda conservo um pouco da criança que fui. Espero não perder isso.
Um beijinho e um bom fim-de-semana:)
~~~
ResponderEliminarO piloto dos tempos heróicos da avaliação preocupava-se
com os valores éticos e a dignidade dos homens comuns.
Uma trabalho perfeito! O que é realmente importante, é
o que percebemos com o coração, como o conde muito
bem evidenciou.
~~~ Beijinho, MJ. ~~~