O que ler? Quando escrever? Como escrever? O que ler? Quando ler?
O que fazer afinal?
No seu livro, útil e interessantíssimo, intitulado "A Arte do Romance" (li-o, em francês, na Seuil, "L'Art du Roman").
Trata-se da publicação em duas "séries" (1925 3 1932) dos livros que reúnem artigos seus: "The Common Reader" e "The Second Common Reader".
Eis o que Virginia Woolf aconselhava...
“Escrevam todos os dias, escrevam livremente; mas comparando sempre o que escreverem com o que os grandes escritores escreveram. É humilhante, mas é essencial. Se quisermos conservar, criar, é o único meio."
O que fazer afinal?
No seu livro, útil e interessantíssimo, intitulado "A Arte do Romance" (li-o, em francês, na Seuil, "L'Art du Roman").
Trata-se da publicação em duas "séries" (1925 3 1932) dos livros que reúnem artigos seus: "The Common Reader" e "The Second Common Reader".
Eis o que Virginia Woolf aconselhava...
“Escrevam todos os dias, escrevam livremente; mas comparando sempre o que escreverem com o que os grandes escritores escreveram. É humilhante, mas é essencial. Se quisermos conservar, criar, é o único meio."
Escrever sim, mas sem nunca afastar o "olhar" dos grandes escritores do passado. E seguem-se outros "conselhos" sábios e cheios de lucidez.
“Vamos
já buscar os livros à primeira biblioteca pública; lendo indistintamente,
simultaneamente poemas, peças de teatro, romances, histórias, biografias, os
antigos e os modernos. Temos de provar todos antes de escolhermos.
Cada um de nós tem um apetite diferente que deve encontrar sozinho o alimento que lhe convém."
Cada um de nós tem um apetite diferente que deve encontrar sozinho o alimento que lhe convém."
Ir a uma biblioteca buscar livros, trazê-los para casa. E ler e ler. Ou, simplesmente, ir à nossa estante e abrir um livro ao acaso. Ou reler os livros que amámos. Sem esquecer os antigos...
Conforme o gosto e o nosso apetite, o nosso gosto : o que é mesmo "nosso".
Conforme o gosto e o nosso apetite, o nosso gosto : o que é mesmo "nosso".
"E
não nos afastemos, por timidez, dos grandes, dos reis. (...) Seria um crime,
aos olhos de Ésquilo ou Shakespeare, de Virgílio ou Dante, os quais - se
pudessem falar - diriam:
"Não nos deixem ficar para os que usam fatiotas de literatos. Lê-me, lê-me tu mesmo!"
"Não nos deixem ficar para os que usam fatiotas de literatos. Lê-me, lê-me tu mesmo!"
Estátua de Sófocles
Um modo diferente - com ironia fina- de sugerir a leitura dos imortais: começar pelos "clássicos" que das prateleiras parecem olhar-nos e pedir: "não se esqueçam de nós! leiam-nos!"
Um modo diferente - com ironia fina- de sugerir a leitura dos imortais: começar pelos "clássicos" que das prateleiras parecem olhar-nos e pedir: "não se esqueçam de nós! leiam-nos!"
É bom que o lembre! Quantos clássicos perdidos nas prateleiras sem ser "visitados"!
máscara do Rei Agamemnon, na "Orestia"
Eurípedes
E Eurípedes? Como esquecer "Medeia"? Ou "As Troianas"?
Guardo esses livros num dos cantos da estante que está por detrás de mim. Sei que estão lá, mas não lhes toco há muitos anos.
E Shakespeare? "Hamlet" e "Macbeth" são dois marcos a não ultrapassar -leitura obrigatória...
"(...)
Claro que vamos pisar muitas flores, estragar muita relva, como num parque. Mas
lembremos sempre o conselho de um Vitoriano ilustre que também gostava de andar
pelos campos: ‘Sempre que virem um letreiro a dizer proibido passar, passem logo!’
"vamos pisar muitas flores, estragar muita relva..."
"Sempre que virem um letreiro a dizer 'é proibido passar', passem logo!"
Não respeitar "proibições": a leitura é um acto de liberdade! E de aventura interior.
Dom Quixote, de Manuel d'Assumpção
Encontrei os seus avisos, como disse acima, em L’Art
du Roman, um livro extraordinário que ajuda a amar sempre mais a Literatura e os livros! Procurem-no. Leiam-na!
Sigamos desde já os conselhos desta Mulher inteligente que foi uma grande escritora.
Sigamos desde já os conselhos desta Mulher inteligente que foi uma grande escritora.
Fazes tu bem em reler os clásicos que tens detrás de ti, sempre se aprende algo novo de um bom livro. Como diz Maria Popova (blog Brain Pickings), parece que queremos funcionar como computadores, que quanto más informação melhor, mas isso não nos faz mais sábios. Beijinhos
ResponderEliminarMais sábios talvez não...mas mais contentes sim! beijinhos
ResponderEliminarVozes ao alto
ResponderEliminarporque não basta ter razão
Preciso urgentemente de tempo para a leitura...
ResponderEliminarGostei de ler.
Beijinhos e um bom fim-de-semana:))