Comecei
eu a viver.
Comecei
a viver sem esperança…
E
venha a morte quando
Deus
quiser.
Dantes,
ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às
vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava
das estrelas à mais rara;
Outras,
tão pouco,
Que
ninguém mais com tal se conformara.
Hoje,
é que nada espero,
Para
quê, esperar?
Sei
que já nada é meu senão se o não tiver;
Se
quero, é só enquanto apenas quero;
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar…
E
venha a morte quando Deus quiser.
Mas,
com isto, que têm as estrelas?
Continuam
brilhando, altas e belas.”
(*) José
Maria dos Reis Pereira nasce em17 de Setembro em Vila do Conde onde morre, em 22
de Dezembro de 1969. Poeta, dramaturgo, romancista, novelista e contista,
ensaísta e crítico, foi também o director da famosa revista literária “presença”, criada em 1927, em
Coimbra,
De 1941 a 1966 vive em Portalegre, onde ensina Português e Francês, no Liceu Mouzinho da Silveira, depois chamado Liceu Nacional de Portalegre.
Vista da janela da casa de Portalegre
uma linda "Pietà", na Casa de José Régio
Pintor, desenhador, foi igualmente um apreciador de Arte Sacra.
Na
sua casa de Portalegre – hoje Casa-Museu- está patente essa colecção - uma paixão!- feita ao
longo da vida, por vezes com muitas dificuldades económicas.
Poema lindíssimo.
ResponderEliminarConte histórias do seu conhecimento com José Régio...
Eu vou adorar :)
Um beijinho
Desejo-lhe um bom fim-de-semana:)
Como gostei de visitar a Casa-Museu de José Régio; o quanto me emocionei...
ResponderEliminarMagnífico poema, repleto de maturidade e aceitação!
Um beijinho grande.:))
Bonito poema de cansaço da vida. Tem que ser muito estimulante ter por amigo um verdadeiro poeta, deves ter muito que contar. Adelante, como dizemos aqui.
ResponderEliminarFeliz semana, beijinho
Toda a gente julga conhecer José Régio mas a MJ há de acrescentar histórias interessantes da relação professor-aluno.
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