Jo Cox (1974-2016)
E que é tão actual! Se não nos indignamos, se não protestamos ou gritamos é como se pactuássemos com a barbárie que alastra!
Não
aceito que o ser humano inocente e inerme seja vítima dos terrorismos que
vão por esse mundo fora!
Ser atacado com armas brancas, ou de fogo, seja onde for, ou `z pedrada é criminoso, é terrorismo! Porque além de destruir uma vida humana, ou uma ideia, a sua finalidade é instalar o terror, jogar com os medos ancestrais e primitivos: é aterrorizar!
Ser atacado com armas brancas, ou de fogo, seja onde for, ou `z pedrada é criminoso, é terrorismo! Porque além de destruir uma vida humana, ou uma ideia, a sua finalidade é instalar o terror, jogar com os medos ancestrais e primitivos: é aterrorizar!
imaginando os Hunos e Átila
A violência projectada em redor dos próximos da vítima e por toda a parte visa espalhar o terror: o mundo
é tão pequeno e o medo tão grande!
Esses
seres abjectos querem fazer-nos pensar que não há fuga, que não há protecção
nem sossego. Pretendem que aquilo que nós -democratas e seres de um mundo (aparentemente)
civilizado - queremos viver é digno de um ‘castigo’!
Punidos
todos! Como se tivéssemos de ser obrigados a trancar-nos em casa; deixar de rir ou dançar, ou
dizer o que pensamos; impedir-nos de acreditar naquilo em que acreditamos e ser o que somos – diferentes todos, na nossa
individualidade riquíssima.
Não quero aceitar, pois! Um ser humano livre é a única esperança de contínua evolução da
humanidade! Os que nos querem fazer “involuir” não passarão! Porque gerações e
gerações lutaram para, pouco a pouco, ter essa liberdade. Lutámos pela
igualdade, pela justiça, pela solidariedade e pela tolerância!
Jo
Cox, jovem mulher britânica, mãe de duas crianças, bonita e alegre, eleita deputada do Labour em 2015, idealista, foi assassinada. Provavelmente pelas suas ideias, dado que se confirma que o
seu assassino militou em partidos nazis.
Há
dois ou três dias, foi em França, numa terra calma, nos Yvelines. Dois polícias,
mulher e marido, foram barbaramente assassinados à facada, ele à entrada de
casa, ela lá dentro, degolada em frente do filho de 3 anos.
Jessica Schneider e Jean-Baptiste Salvaing
Calar-me?
Não! Eu quero indignar-me e gritar: não!
Poucos
semanas antes, ainda, foi em Telavive: dois terroristas despejam os
carregadores das armas num tranquilo café de um famoso Centro Comercial.
Frequentado por jovens e menos jovens, com cinemas, pastelarias, lojas de todos os tipos, com
crianças pelo meio, etc.
Sarona Market, Telavive
Antes,
numa discoteca ‘gay’, de Orlando, na América, são 49 vítimas de balas.
Ou no Kenya, em Abril do ano passado, na Universidade de Garissa. Mortos 147 estudantes indefesos.
Orlando, discoteca Pulse
Ou no Kenya, em Abril do ano passado, na Universidade de Garissa. Mortos 147 estudantes indefesos.
Universidade de Garissa
Em
todos os atentados, sangue, corpos crivados de balas e de golpes ou facadas.
Não
procuro explicações - que as não há. Quero gritar a minha raiva: nada nem ninguém
deve destruir as nossas conquistas; a nossa confiança na justiça. A nossa maneira de viver. Aquilo em que acreditamos. As ideias que defendemos!
Jo
Cox não deveria ter sido assassinada. Nem os outros…
Deixo
as palavras de um grande Homem, Giorgio Napolitano.
o Presidente da República Italiana, aposentado
Do
alto dos seus 90 anos de uma vida em que contou sobretudo a dignidade, a honestidade e
os valores da igualdade e da tolerância, Giorgio Napolitano escreve sobre a jovem deputada morta:“Homenageio a sua figura emblematicamente representativa da melhor e infatigável vitalidade do trabalhismo inglês (…) Filha do mundo do trabalho, empenhada na experiência de fábrica e no plano político, abre-se ao humanitário, defende a causa do desenvolvimento dos países menos desenvolvidos. Chega à problemática feminina e aos temas sociais. (...) Tristeza enorme pelo seu trágico desaparecimento que suscita ao mesmo tempo um sinal de esperança na juventude."
'A esperança', de Pierre Puvis de Chavanne
É mesmo revoltante!
ResponderEliminarEsta gente que faz isto, independentemente das simpatias que tem ou dos partidos a que pertence, são uns cobardes e gente de má índole.
Um beijinho grande e um bom domingo:)
Sempre muito deprimente! Oxalá desta vez uma muerte tão cruel tenha servido para despertar consciências e deixar de manifesto que os extremos se tocam e estão a crescer duma forma inquietante. Temos que permanecer unidos ante os perigos do mundo.
ResponderEliminar~~~
ResponderEliminarGostei sobremaneira deste grito de revolta e secundo-o
com toda a energia.
É, de facto, urgente, não deixarmos que as mensagens
dos bárbaros falem mais alto.
Excelente manifesto, MJ.
Boa semana. Beijinhos.
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Um acto incompreensível.
ResponderEliminarUma morte precoce, uma voz calada, um horror.
Este seu registo está muito bem lavrado.
Gostei muito da abordagem.
Vejo que tem uma paisagem alentejana com papoilas, tão linda!
Beijinho. :))
Belas são as flores
ResponderEliminardos desertos
Bj
~~~
ResponderEliminar~~~~~~ NÃO PUBLIQUE, MJ
~~~ Gostava de fazer um 'post' no meu blogue, indicando dois
'links' de amigas que tratam o mesmo tema...
~~~ Um deles seria o seu...
~~~ A rúbrica tem o nome de «Dia da Sintonia»
~~~ Que lhe parece?
~~~ Beijinho.
~~~~~~~~~
Querida Majo Dutra, obrigada! Mas não percebi este seu comentário. Qual dos posts, este mesmo "indignemo-nos"?? Não me importo nada que faça um link -do que quiser. E "Dia da Sintonia" é um belo título...
Eliminarbeijinhos