Em
1935, vai para Paris viver a vida de artista. Em 1945, depois da libertação de
Paris, canta num cabaret “Le boeuf sur le toit”. A vida é difícil.
Acaba por ter o sucesso que merece. Criticado pela sua falta de "empenhamento", durante Maio 68, a verdade é que toda a sua vida foi um empenhar-se em várias lutas, a começar por defender a liberdade interior, a liberdade artística de cada um.
Anarquista, talvez, mas, sobretudo, 'ele-próprio' sempre - como soube cantar "Les anarchistes" ou "L'Affiche Rouge", com versos de Aragon.
Anarquista, talvez, mas, sobretudo, 'ele-próprio' sempre - como soube cantar "Les anarchistes" ou "L'Affiche Rouge", com versos de Aragon.
O seu terceiro casamento leva-o a Castellina del Chianti. Acaba por ir viver na sua Itália.
Tive a sorte de o ouvir cantar
em Itália, em Poggibonsi, perto de Siena. Chegou todo vestido de preto, os cabelos brancos
despenteados, e um lenço vermelho no bolso da camisa. É assim que o lembro!
Terá começado a cantar “Les
Anarchistes”? Não recordo. Mas sei que cantou essa canção! E 'vejo-o' cantar!
Outras maravilhosas canções que recordo e recordarei sempre "Avec le Temps" (sensação indefinível...), "Jolie Môme", "Vingt ans", "l'Affiche Rouge", "La mémoire et la mer", ou "Ostende" que é uma das mais belas e melancólicas canções de Léo Ferré.
qui fonçaient la têt' la première
et qui fracassaient leurs crinières
devant le casino désert...
la barmaid avait dix-huit ans
et moi qui suis vieux comme l'hiver
au lieu de me noyer dans un verre
je me suis balladé dans l' printemps
de ses yeux taillés en amande
Ni gris ni verts, ni gris ni verts,
la barmaid avait dix-huit ans
et moi qui suis vieux comme l'hiver
au lieu de me noyer dans un verre
je me suis balladé dans l' printemps
de ses yeux taillés en amande
Ni gris ni verts, ni gris ni verts,
Comme à Ostende et comm' partout
quand sur la ville tombe la pluie
et qu'on se demande
si c'est utile et, puis, surtout,
si c'est utile et, puis, surtout,
si ça vaut le coup si ça vaut le coup
vivre sa vie..."
Léo Ferré morre em Castellina del Chianti, Toscana, em 14 de Julho de 1993.
Gosto de o ouvir.
ResponderEliminarUm beijinho e uma boa semana:)
Leo Ferré é um nome incontornável da canção francesa e um poeta inesquecível.
ResponderEliminarBom dia
Magnífico video!
ResponderEliminarQue trio de ases, Leo Ferré, Brel e Brassens, nada menos! Não tenho outra inveja na vida que das gentes de talento amando-se umas a outras.
Já estás bem? Beijinho