Morreu
um grande homem, sem dúvida, e o mundo vai ficar mais escuro, mais sombrio. No entanto, como acredito que nada é em vão, a sua acção e as suas palavras e gestos marcarão as gerações israelitas futuras. Não acredito em fatalidades negativas por isso sei que Israel vai dar a volta necessária e afastar quem o não serve bem. Outro 'justo' virá!
"Quando o justo (e a sua consciência) deixa a cidade, fica a cidade às escuras”.
Com Ytzhak Rabin, Shimon Peres foi um dos motores dos acordos de Paz de Oslo. Por esse facto, em 1995, recebeu, com Rabin e Arafat, o Prémio Nobel da Paz.
“Por
razões muito diversas e em modos diversos Rabin e Peres perceberam que o
conflito de via acabar. De falcões previsíveis tornaram-se pombas.”
Como Rabin, Shimon Peres considerava que a Paz é para se fazer com os inimigos –não com os amigos, pois com esses não é preciso.
Por isso, até ao fim da vida acreditou que a Paz entre Israel e a Palestina seria possível. Por brincadeira costumava dizer, nos últimos tempos: "Se for preciso, vivo mais dois anos para assistir a esse momento!"
Por isso, até ao fim da vida acreditou que a Paz entre Israel e a Palestina seria possível. Por brincadeira costumava dizer, nos últimos tempos: "Se for preciso, vivo mais dois anos para assistir a esse momento!"
René Magritte, No limite da liberdade
Nasceu na Polónia, em 1923, com o nome se Szimon Persky. Por curiosidade, era Persky o nome da actriz Lauren Bacall que era da sua família.
A família de Szimon Persky, na Polónia
"Se
não tivesse sido sempre de um optimismo excessivo em cada instante da minha
vida, não teria chegado aqui. Apesar das ameaças, das guerras. Apesar do meio
ambiente onde o pessimismo, ai de mim, é mais considerado. Fico consternado ao
ver até que ponto tudo é feito para quebrar o 'élan', o entusiasmo, a audácia, o
sonho e, sim, incitar ao cepticismo, mesmo ao cinismo enquanto o importante
seria insuflar força e confiança no mundo. Pais e professores procuram normalizar as crianças: obrigam, enquadram, em vez de
lhes dar asas. Que erro!"
“Tive
a sorte de me ter cruzado na minha vida com um génio, Bem Gurion, o fundador do
Estado de Israel. Era, simultaneamente, um verdadeiro intelectual e um líder nato. Um
homem erudito, ávido de conhecimentos em todos os campos –história, filosofia,
línguas– mas também um homem de pulso e de decisão.
Não se esquivava a nenhuma pergunta ou dúvida e estava-se nas tintas para as convenções pondo em questão sempre tudo, todas as ideias pré-concebidas. Com um código moral e um grande sentido da história.
Tornei-me ‘bengurionista’ aos 15 anos e nunca deixei de o ser!” (…) A melhor maneira de aprender a nadar é fazê-lo contra a corrente. Sem ter medo da solidão, da controvérsia, da impopularidade. Toda a vida ataquei, lutei sem que isso tenha influído negativamente sobre o meu comportamento. E eis-me hoje presidente de Israel com uma popularidade espantosa. Não faz pensar isto?”
Tanto que havia para contar sobre a sua acção! Já o tenho feito por aqui. Hoje quero deixar a minha homenagem sobretudo com palavras do grande político israelita. E deixo este seu pensamento positivo:
“Perguntem-me se sou optimista ou pessimista. A minha resposta será: os optimistas e os pessimistas morrem da mesma maneira, mas vivem de maneira diferente. E a minha oferta às pessoas é sugerir que vivam como optimistas!”
Não se esquivava a nenhuma pergunta ou dúvida e estava-se nas tintas para as convenções pondo em questão sempre tudo, todas as ideias pré-concebidas. Com um código moral e um grande sentido da história.
Tornei-me ‘bengurionista’ aos 15 anos e nunca deixei de o ser!” (…) A melhor maneira de aprender a nadar é fazê-lo contra a corrente. Sem ter medo da solidão, da controvérsia, da impopularidade. Toda a vida ataquei, lutei sem que isso tenha influído negativamente sobre o meu comportamento. E eis-me hoje presidente de Israel com uma popularidade espantosa. Não faz pensar isto?”
Tanto que havia para contar sobre a sua acção! Já o tenho feito por aqui. Hoje quero deixar a minha homenagem sobretudo com palavras do grande político israelita. E deixo este seu pensamento positivo:
“Perguntem-me se sou optimista ou pessimista. A minha resposta será: os optimistas e os pessimistas morrem da mesma maneira, mas vivem de maneira diferente. E a minha oferta às pessoas é sugerir que vivam como optimistas!”
Vivamos como optimistas. Porque tudo é possível: basta querer com força, lutar até mesmo contra a corrente -mas acreditar naquilo que fazemos: no nosso ideal que é o nosso sonho! A Paz um dia vai chegar.
René Magritte, Pomba sobre o mar
Como a MJ bem referiu, só se ausentou o homem físico,
ResponderEliminarpois a sua espiritualidade e humanismo ficarão na história
de Israel e das suas relações com os povos vizinhos...
~~~ Beijinhos ~~~
Sim, Majo, é isso mesmo, poucos terão feito por Israel e pela Paz entre os homens -tão difícil no Médio Oriente! Não é por acaso que Abu Mazen, Presidente da Autoridade Palestina, confirmou já a sua presença no funeral, amanhã em Jerusalém. Importante, também: foi a filha e a viúva de Peres que telefonaram a 'convidar' este que, no fundo, é um adversário. A verdade é que ambos sabem que a Paz se faz (ou pode fazer!) com os inimigos.
EliminarObrigada pelas palavras...
Um Homem Grande, pena que não tenha conseguido o seu sonho de paz.São as pessoas assim que melhoram o mundo e o fazem mais habitável.
ResponderEliminarBeijinho
São dignos de homenagem todos os que lutam pela paz, e haverá sempre quem os recorde.
ResponderEliminarGostei de ler o seu post Maria João.
Eu também prefiro continuar a ser optimista.
Um beijinho:)
Há Homens assim
ResponderEliminarmesmo não fazendo milagres
tentam para lá dos limites
Bj