Voltei,
por fim, das idas e vindas por aqui e por ali, Isabel. Os teus amigos
agitaram-se, viajaram um pouco, adoraram, fizeram planos para mais outras mas …da
última vez deixei-os cá!
É
simples, apesar de não ter desculpa à mesma. Na última viagem que foi até
Guildford para passarmos o Natal o avião era cedíssimo. Ou não era assim tanto? Sei que alguém
decidiu ir para o aeroporto de madrugada e, aí, o despertar foi às três da madrugada ou
coisa no género.
Levantei-me estremunhada, e andei de olhos fechados quase, a acabar de fechar as malas, a prender
os cadeados, a pôr umas fitinhas para reconhecer as malas. Tomei um café a correr e, toca!, a chamar o táxi.
Confesso
que chegámos lá quase três horas antes. O voo era, afinal, -só- às 7:20! Deixámos
em casa várias coisas importantes (perguntem ao Manuel…) até o meu perfume
preferido sem o qual não viajo e mais coisas preciosas, como são sempre aquelas de que nos esquecemos.
Mas Guildford esperava-me e não me preocupei porque ia para casa de alguém conhecido a quem não faltam ideias para resolver
os problemas.
Foi já no avião mesmo que “ai de mim!” descobri que os amigos não tinham vindo
connosco! Estavam a dormir e a dormir ficaram…
Como
foi possível? Sono! O sono é a melhor vitamina para viver em paz e fazer as
coisas como se deve. E imaginar coisas bonitas e positivas!
Não
tenho desculpa, eu sei. Não espero que me compreendas, Isabel, mas correu assim
desta vez.
-
Como é que nos deixaste cá?, perguntou o Ratinho à chegada. E foi para o
quarto, dignamente, sem me falar durante vários dias
-
Como pudeste esquecer-te de nós?, foi a pergunta no olhar triste do Ouricinho.
-
Era Natal! Levaste de viagem o anjinho que não tinha árvore de Natal e eu achei
bem. Mas nós? Deixaste-nos sem árvore, sem presentes. Como esses meninos
abandonados de quem estás sempre a falar.
- Andámos a inventar uma árvore de Natal para nós...
- Andámos a inventar uma árvore de Natal para nós...
Abracei-o,
mas para quê? Continuava de olhos tristes e chorosos.
E
a Gatinha japonesa? Essa não disse nada. É uma menina especial que aceita que
os outros possam ter destes esquecimentos imperdoáveis.
A Gatinha encolheu os ombros e disse:
- Mas acabámos por ter um Natal bom. Com amigos... Quando queres, encontras sempre amigos.
A Gatinha encolheu os ombros e disse:
- Mas acabámos por ter um Natal bom. Com amigos... Quando queres, encontras sempre amigos.
Tinha muita razão! E todos me perdoaram no fim. Só eu é que não me perdoei.
Agora, depois destes dias, já passou tudo. Já voltaram a vir cumprimentar-me de manhã...
Fiquei contente de ter deixado o anjinho sem árvore de Natal, na árvore de Guildford. Sei que vai ter boa companhia por lá.
Agora, depois destes dias, já passou tudo. Já voltaram a vir cumprimentar-me de manhã...
Fiquei contente de ter deixado o anjinho sem árvore de Natal, na árvore de Guildford. Sei que vai ter boa companhia por lá.
Bom
Ano Novo, amigos!
Ah!Ah!Ah! Isso é que foi madrugar!
ResponderEliminarCoitadinhos dos amiguitos...é quase imperdoável! Mas pronto, agora está tudo bem e isso é que importa!
Gostei tanto da história, mesmo que tenha sido uma história para contar um esquecimento quase imperdoável! (Lembrei-me do filme "Sozinho em casa" ).
Beijinhos e boa semana. Gosto de a ver de volta, fazem falta os seus post:)
Aqui vieram os amigos visitar-te e eu também tinha asaudades de aqui vir...beijinho
EliminarGrata pela leitura dum texto amoroso e agradável.
ResponderEliminarBeijinhos, MJ.
~~~
Obrigada, Majo...
EliminarMaria João,
ResponderEliminarOs amigos sempre perdoam... ou deveriam compreender, aceitar e perdoar!
Imagino como os nosso amiguinhos ficaram quando viram que tinham sido deixados em casa e no NATAL!!
Mas o importante é que a família está novamente reunida!
E se vocês estavam bem... os amigos bem ficam, apesar das saudades!
Um abraço apertado. Beijinhos.:))