O
livro que vos trago é mais uma aventura do Inspector Morse e do Sargento Lewis.
Comprei-o na livraria Ubik, em Trieste, porque nunca resisto a comprar um
policial por onde quer que passe.
O
par inesquecível, que a série televisiva da BBC imortalizou, é chamado a investigar
o assassínio de uma jovem mulher que parece não ter qualquer ligação a nada.
Apesar
de se passar fora da universidade, o ambiente, caro ao autor, vai ser o da
Universidade de Oxford. Os protagonistas são os professores candidatos, os que
os apoiam ou detestam, e os que, de um modo ou de outro, com eles privaram ou
interferiram, no passado.
De
facto, Collin Dexter (1930-2017) volta ao seu “ambiente” preferido: a
universidade de Oxford que conhece bem pois foi ali, durante mais de vinte anos,
professor das disciplinas de Grego e de Enigmística (que, creio, não exista
entre nós). Toda a vida trabalhou no campo da Educação a sua cultura é vastíssima. Reforma-se em
1972, por surdez.
O
velho Reitor não se quer recandidatar e têm de se realizar eleições para o substituir. Há dois candidatos
possíveis e logo surge, sub-reptícia, a contenda, o fingimento, os golpes
baixos numa luta em que “vale tudo”.
Vão
agitar-se as águas, aparentemente paradas, de Oxford e delas vão sair as “serpentes”
escondidas da malevolência.
Depois
da morte da jovem, outra morte acontece. Um assassínio idêntico com a mesma
arma. Nada parece unir os dois mortos, a não ser viverem na mesma rua.
O
Inspector Morse, envelhecido, sabendo-se doente de diabetes, de bebida sempre à
mão, e o Sargento Lewis com um copo de sumo de laranja, a olhar para ele,
preocupado por o ver beber.
A
epígrafe do livro é uma frase de Aristófanes:
Morse,
o intelectual, o homem culto, o apreciador de Wagner, o introspectivo e
melancólico inspector Morse, e Lewis, o paciente Lewis, o dedicado Lewis, com o
seu sentido comum e da realidade reúnem-se para reflectirem juntos. E começa o
desafio contra o Mal.
História
bem contada como sempre, com imensas citações a propósito que revelam o saber
de Collin Dexter e são um desafio para o leitor. Aconselho a leitura.
((1) Sellerio Editore
Palermo, 2018, uma óptima colecção policial
((2) 33 episódios, que passaram entre 1987 a 2000, com os actores britânicos, John Thaw e Kevin Watewly
((2) 33 episódios, que passaram entre 1987 a 2000, com os actores britânicos, John Thaw e Kevin Watewly
Há muito tempo que não leio um policial. Comprei há dias um de Gaston Leroux, da Colecção Vampiro (dos novos, que andam outra vez a ser editados), Mas ainda não o li. Conhece o autor?
ResponderEliminarBeijinhos e continuação de bom fim-de-semana:))
Conheço, sim, Isabel e é um bom escritor francês com enigmas a decifrar! O Mistério do Quarto Amarelo é um dos mistérios mais indecifráveis que conheço! Beijinhos
EliminarFoi esse que comprei. Mas não gosto de ler livros em que as coisas não tenham a possibilidade de uma explicação. Mesmo que seja deixada em aberto, tem que ter uma explicação. senão não faz sentido. É uma coisa inventada, sem nexo. Não gosto.
EliminarBeijnhos e um bom domingo:))
Gostei muito da série. Ainda não li nenhum dos livros
ResponderEliminarSaudações Mrs. Falcão e uma vez mais gratidão além mares pelas gentis palavras, apreço ao jazz e trazer a luz esse pelo escrito policial a qual me identifico muito por abraçar essa profissão ao longo de minha vida. Abraços do Mr. Butterfly
ResponderEliminarFiquei com vontade de ler. Bom dia!
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