terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Não esquecer nunca! Holocausto, ratinhos (a BD Maus), "Meta Maus" e Art Spiegelman





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O Holocausto e “Maus” e “Meta Maus”, de Art Spiegelman


Art Spiegelman quem não o conhece? Se calhar, pouca gente no fundo...
Nasceu em Estocolmo em 1948, filho de judeus polacos sobreviventes de Auschwitz.

Artista nova-iorquino, ilustrador durante anos da revista  “New Yorker”. Em 1977 escreve “Breakdowns” e funda, com a mulher, uma revista, RAW.

Publicada pela primeira vez  há cerca de 25 anos, foi logo considerada uma obra obra-prima artística

Com os seus ratinhos expressivos no susto e na tragédia, o seu desenho de grande sensibilidade e expressão. como personagens perseguidos. E ao mesmo tempo “memorial”. 

Romance gráfico comovente e chocante, fala da destruição dos Judeus europeus.

De facto,”Maus” (rato) é o nome que ele reserva para os judeus perseguidos. Os “gatos” são os alemães, os "porcos" são os polacos e os ingleses aparecem como "peixes" (do "clássico fish and ships). 
Segundo Art, "os ratos simbolizam a desumanização inerente ao processo de exterminação".

É no fundo a biografia do pai dele, Vladek Spiegelman, um judeu polaco sobrevivente do Holocausto.
Leva anos a tomar apontamentos do que o pai lhe vai contando. A construir “o coração do inferno da história” como ele diz. 

Alterna entre descrições da vida de Vladek na Polónia antes e depois da Segunda Guerra e, anos mais tarde, na América, em Rego Park, arredores de New York.

De 1980 a 1991 as aventuras de "Maus" são publicadas em folhetins na revista Raw, que criara.

Em 1992 recebe o Pulitzer Price especial, por esta sua BD.

No dia 18 de Janeiro - amanhã- em França, sai a tradução de "Meta Maus” (Editions Flammarion), livro-tese sobre esse trabalho de uma vida ("para além de "Maus"?), com desenhos, gravações, incluindo mesmo um DVD. 


Com fotos pessoais, filmes, entrevistas com sobreviventes dos campos, desenhos feitos por prisioneiros, uma série de posters anti-semitas, etc.


Este ano Spielgman vai ser o Presidente do prestigioso Festival de Banda de Desenhada de Angoulême.
Em Abril estará patente no "Centre Beaubourg"(hoje, Centre Pompidou)uma exposição dos seus desenhos.

O Ratinho Poeta ficou muito sensibilizado com esta história dos ratinhos nos campos de concentração. 
Ouviu-a com toda a atenção ao lado dos amigos. Um pouco assustados. Tristes.


É verdade, o ouricinho Dany tem afinal dois irmãos gémeos: um já apareceu e chama-se Ben (à direita, na foto) e um outro vive em Castelo Branco e chama-se Sym. Quem diria?
Eles  gostavam de ir ver a Exposição a Paris.  Já expliquei que há a crise...




5 comentários:

  1. Só há uns anos conheci esta magnífica obra traduzida ao castelhano.Gosto muito de uns bons comics ( não sei como se diz em português.vinhetas, talvez?), e estes estão considerados os melhores de todos os tempos. Numa história desenhada, aparte de que tem um mérito artístico acrescentado, podem-se descrever coisas com um realismo que às vezes impressiona, como acontece em Maus.

    Em 40 kilos de mala cabem muitas coisas, é questão de calma e pragmatismo...

    BE HAPPY
    No olvides los amigos
    Besos

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  2. Nunca olvidaré!Dantes dizia-se "histórias aos quadradinhos", depois simplificou-se para "patinhas" (do Tio Patinhas, o velho tio forreta do Pato Donald), hoje à moderna diz-se BD!
    Um grande beijo!
    (são SÓ 20kgs...!)

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  3. Não conhecia esta Banda Desenhada.
    Do "velho" Tio Patinhas e companhia li centenas. E outras bandas desenhadas. Havia uma colecção que era "O Falcão", lembra-se?

    O Sym adorou ver os gémeos...
    ( E já lhe tirei essas ideias de ir a Paris...
    Já estava para ali a fazer planos...)

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  4. Havia também "O Mosquito", mas mais antigo. Para não falar do velho "Mundo de Aventuras" que fazia os meus encantos!

    Pois é, Isabel, "eles" têm cada ideia!!!
    bjs

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  5. "O mosquito" não conheço, mas do "Mundo de aventuras" julgo que sim. Lembro-me.

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