quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Festejando Mark Twain este ano, no Google...


Mark Twain –cujo verdadeiro nome era Samuel Langhorne Clemens- nasceu na Florida (Missouri) em 30 de Novembro de 1835 e morreu em Redding (Connecticut) em 21 de Abril de 1910.

Parece que o pseudónimo que escolheu vem da frase “Mark two aine” (?) que usavam os pilotos dos vapores que desciam o Mississipi  quando gritavam - e que soava como: “Mark Twain”!

Grande escritor, jornalista e ensaísta, é um escritor inesquecível para todos os que o leram alguma vez.

Em 1864 é repórter em São Francisco. Nesse ano desloca-se à Europa como correspondente de imprensa.

Em 1870 casa e vai instalar-se no Connecticut com a família.


Ficou conhecido sobretudo graças a dois maravilhosos romances: "As Aventuras de Tom Sawyer" (1896) e "As Aventuras de Huckleberry Finn” (1885) .

Considerado por muitos  um escritor humorista é, no entanto, na segunda parte da vida, muito pessimista e escreve textos sobre os excessos da civilização e a imoralidade que se erigira como uma “moral”:

Quanta razão tinha Mark Twain! Como os factos de hoje o provam...

Quem não se lembra de Tom Sawyer? E das suas Aventuras? Da Rebecca, a filha do juiz? A  linda “Becky” por quem se apaixona? E do índio (um índio mau...)? E dos ralhetes da Tia Polly?

Sempre a dizer-lhe, muito convencida:  “ainda hás-de cair e partir o pescoço!” E ele pensava: “e se cair, o que é que ela ganha com isso?”

E  Huckleberry Finn?

Há alguma coisa mais linda do que esta personagem e as suas histórias?
Era bom sonhar com o que julgávamos possível  fazer ainda.

Continuemos a acreditar que “tudo é possível”, como pensavam  Tom  Sawyer e o Hucklberry . Acho que isso será a maior homenagem a Mark Twain, a Tom Sawyer e a Huck Finn!



Em 1998 a editora Vega publica "As Aventuras de Huckleberry Finn"

No Centenário de Mark Twain (2010) a Europa-América publica "As  Aventuras Tom Sawyer", 2010
Em 2009 as edições Nelson de Matos na Colecção Juvenil publicaram "As Aventuras  de Tom Sawyer"

Em 2010, a mesma editora  lança "As Aventuras de Huckleberry Finn" 

sábado, 26 de novembro de 2011

As romancistas de sempre: Jane Austen morreu envenenada com arsénico?



Segundo refere o jornal inglês The Gardian, do dia 14 de Novembro, uma escritora policial britânica, Lindsay Ashford, veio defender a hipótese de Jane Austen ter morrido envenenada. 

Como causas da sua morte, já se falou da "doença de Addison" ou de "cancro de Hodgkin" ou mesmo de "lúpus".
Segundo esta escritora policial, os sintomas de que fala Austen nas suas cartas, quando se queixa, soam semelhantes aos sintomas de envenenamento com esta substância (apresentada e vendida como “Solução de Fowler",)que era fácil encontrar na época cono tratamento para certas doenças como por exemplo o reumatismo de que Jane sofria.

Todos recordamos bem quem é Jane Austen. Para os mais esquecidos deixo uma pequena biografia (in wikipedia)...


"Romancista britânica nascida em Steventon, Hampshire, Inglaterra, cuja obra literária deu ao romance inglês o primeiro impulso para a modernidade, ao tratar do quotidiano pessoas comuns com aguda percepção psicológica e um estilo de uma ironia subtil, dissimulada pela leveza da narrativa. 
Filha de um pastor anglicano, toda a sua vida transcorreu no seio de um pequeno grupo social, formado pela aristocracia rural inglesa. Aos 17 anos, escreveu seu primeiro romance, "Lady Susan", depois em 1797 "Pride and Prejudice" (1797)- a sua obra mais conhecida. 
Em 1809 Jane, a irmã Cassandra e a mãe transferem-se para uma pequena mas confortável casa cedida pelo próspero irmão Edward em Chawton, próximo a Winchester, no sul da Inglaterra.


Jane retoma a actividade literária e, em 1811, com 36 anos, publica "Razão e Sensibilidade", que vai ser um grande sucesso.

Vieram ainda outros grandes sucessos como "Mansfield Park" (1814) e "Emma" (1816). 


No início de 1817, Jane começa a escrever outro romance, "Sanditon", mas adoece entretanto, vitimada por uma complicação pulmonar, e volta à casa de  Winchester para se tratar.

Fica paralítica e morre em 18 de Julho de 1817, aos 41 anos de idade. Cassandra está ao seu lado.


Morreu em Winchester, um ano antes de serem publicadas as obras "Persuasão" e "A Abadia de Northanger".


Ora sobre a sua morte, Lindsay Ashford traz ideias novas. 


Segundo esta escritora, os sintomas de que fala Austen nas suas cartas, quando se queixa, são semelhantes aos sintomas de envenenamento com esta substância.


O arsénico era apresentado e vendido, nessa altura, com o nome de “Solução de Fowler",  e fácil de encontrar porque era usado como tratamento para certas doenças como por exemplo o reumatismo de que Jane sofria.

Lindsay Ashford, uma bem-sucedida escritora britânica de romances policiais, veio agora acrescentar à lista uma nova teoria, tão difícil de demonstrar como as anteriores, mas seguramente mais inquietante. Jane Austen, defende, teria morrido em consequência da ingestão prolongada de arsénico.


"Os passos que levaram Ashford a esta conclusão começaram, de forma bastante inocente, em 2008, quando o seu companheiro arranjou um emprego em Chawton House, uma bela mansão rural na região de Hampshire que pertenceu a um irmão de Jane Austen, Edward. 
Quando o pai de Jane morreu, a romancista, a sua irmã Cassandra e a mãe foram viver, em 1809, para um pequeno solar que Edward possuía no parque da sua propriedade. 
Foi justamente esta casa, hoje na posse de um descendente dos Austen, que Ashford alugou."


Parece que inicialmente a sua ideia era refugiar-se ali para escrever mais um dos seus livros policiais cuja heroína é Megan Rhys, uma psicóloga. 


Devo dizer que nunca li nada de Lindsay Ashford, mas que de facto toda esta história me despertou a curiosidade!


Imagens de dois filmes saídos sobre a vida de Jane Austen:
um, em 2007, do realizador inglês Julian Jarrod, com a actriz Anna Hataway;
outro, em 2008, filme da BBC.



A voz maravilhosa de Jimmy Scott e "Unchained Melody"


Jimmy Scott

Nasce em Cleveland em 17 de Julho de 25, numa família de 10 irmãos, e é conhecido tb por Little Jimmy Sccott devido ao seu tamanho.
Sofre de uma estranha doença genética que o não deixa crescer normalmente. Começou a cantar na Igreja ainda menino e canta profissionalmente nos anos 40.
Cantor de Jazz, pop e rhytm andd blues.
Em 1948 entra na Orquestra de Lionel Hampton e grava o seu primeiro disco com ele , em 1950, na Decca.
Em 1951 deixa Lionel hamptone e inicia a sua carreira solitária.Em 1991 aparece num dos episódios do filme de David Lynch, Twin Peaks. Em 1992 grava um disco com Lou Reed, Magic and Loss.



Cleveland


Lionel Hampton
Lou Reed
J

Jimmy Scott

Nasce em Cleveland em 17 de Julho de 25, numa família de 10 irmãos, e é conhecido tb por Little Jimmy Sccott devido ao seu tamanho.
Sofre de uma estranha doença genética que o não deixa crescer normalmente. Começou a cantar na Igreja ainda menino e canta profissionalmente nos anos 40.
Cantor de Jazz, pop e rhytm andd blues.
Em 1948 entra na Orquestra de Lionel Hampton e grava o seu primeiro disco com ele , em 1950, na Decca.
Em 1951 deixa Lionel Hampton e inicia a sua carreira solitária.Em 1991 aparece num dos episódios do filme de David Lynch, "Twin Peaks". 
Em 1992 grava um disco com Lou Reed, "Magic and Loss".







quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Voltando à Utopia!

Leio, vejo, penso... Para isso temos olhos e pensamento e ouvidos e mãos e pés...


uma beleza cigana, no Sul da Índia (foto Valandgui)

"O Mundo não se fez para pensarmos nele/(Pensar é estar doente dos olhos)", escrevia Fernando Pessoa, no seu "Guardador de rebanhos".


Mas também dizia, mais adiante, na sua eterna contradição (ou complexidade?):
 "E os meus pensamentos são todos sensações/Penso com os olhos e com os ouvidos/E com as mãos e com os pés! E com o nariz e com a boca".


E com isto eu estou  de acordo. Pensar, pensar sempre. E sentir.

Como aceitar as injustiças gritantes? Os racismos sociais? Os racismos simples?
O racismo que se vira contra os que são de outra cor, falam de outro modo, os que comem alho (ou cebola?), os que cheiram de modo diferente, os que vivem de modo diferente? Os que vêem a vida de modo diferente.

Enfim, "aqueles". Os outros...

É o que se vê nas entrelinhas da crise, todos os dias, nos jornais, nos telejornais. 
Por cá, por lá, pela Europa.

Os ciganos na Hungria, discriminados. Obrigados a trabalhar com um ordenado de miséria, calcorreando caminhos a pé. 

Ou os "sem-abrigo" na Hungria, proibidos de o serem.  

Proibidos de ser pobres! Mas quem lhes dá trabalho? Foi por o não terem, muitos deles, que acabaram na rua ou debaixo das pontes.

Ah! Mas “eles” dão-lhes trabalho! Trabalham para a comunidade... Só que trabalham grátis.

Trabalho "útil", dizem. Para quem?

Pouco a pouco, sem ganhar, vão substituir os que ainda têm um trabalho, ainda pago, mas que pouco a pouco o irão perdendo...

Nós que temos pensamento e sensações temos olhos e ouvidos...temos que nos indignar! E tentar lutar contra a maré.
Lutar todos os dias, nas pequenas coisas. Não aceitar a injustiça! 
Querer que esta crise seja vencida mas a "favor de todos" e não apenas dos que normalmente "ganham" com as dificuldades dos outros e só pensam em "salvar" a pele!
Lutando para que não seja "normal" estar desempregado! Lutando para que não seja "útil" despedir pessoas...
Ou será que "O Mundo não se fez para pensarmos nele"?


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Marie Laforet - Viens, Viens

Velhas canções: "Et si tu n'existais pas" - Joe Dassin


Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais
Pour traîner dans un monde sans toi
Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essaierais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour
Et qui n'en revient pas
Et si tu n'existais pas
Dis-moi pour qui j'existerais
Des passantes endormies dans mes bras
Que je n'aimerais jamais
Et si tu n'existais pas
Je ne serais qu'un point de plus
Dans ce monde qui vient et qui va
Je me sentirais perdu
J'aurais besoin de toi
Et si tu n'existais pas
Dis-moi comment j'existerais
Je pourrais faire semblant d'être moi
Mais je ne serais pas vrai
Et si tu n'existais pas
Je crois que je l'aurais trouvé
Le secret de la vie, le pourquoi
Simplement pour te créer
Et pour te regarder
Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais
Pour traîner dans un monde sans toi
Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essaierais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour

Quem se lembra do "Arsene Lupin"? Aqui fica a música...

domingo, 20 de novembro de 2011

Thomas Dutronc, o Jazz "manouche" e o seu mestre, Django Reinhardt


 Guitarrista de Jazz e cantor, Thomas Dutronc é também o filho de duas lendas da canção francesa dos anos 60/70: Françoise Hardy e Jacques Dutronc.



Diz-se que “filho de peixe sabe nadar”... Aqui até é verdade, dizem. Eu só o ouvi na iternet e não tenho nenhum disco dele. Ainda.
Nos passados dias 15 até 17 exibiu-se com sucesso nas Folie Bergères (que já não são o espectáculo que eram dantes, nos tempos do Toulose Lautrec, pelo que percebi).

Thomas Dutronc nasceu em Paris em 16 de Junho de 1973 e começa a interessar-se pela música muito cedo, como era natural.
Aos 17 anos descobre a música “manouche” através da figura inesquecível do grande guitarrista Django Reinhardt.
Decide aprender a tocar guitarra. Tem 18 anos e quer ser como Django.

Vai encontrar os tocadores de Jazz manouche em pleno centro de Paris, no Marché aux Puces, ou, fora, em Saint-Ouen. 
Vai ouvir tocar jazz cigano e encanta-se a ouvir e a aprender.
Depois, exibe-se em clubes de Jazz, em Paris, como o Sunset-Sunside ou o New Morning

Participa do célebre Festival de Música de Jazz, “Jazz Marciac” (apadrinhado desde o princípio, em 2005,  por Wynton Marsalis.

Diz ele em entrevista a Le Monde (18 de Novembro):

Comecei a tocar nos bares e clubes da Córsega. Depois passei para “La Choppe”, no Marché Aux Puces, e para Saint-Ouen, lugar eminentemente “manouche” onde é fácil sentir-se em casa, em família, e onde se começa logo a tocar guitarra com Romane ou Birèle Lagrène.”

E Thomas começa a tocar Jazz, Swing, manouche, sob o signo do grande Django Reinhardt, pois.

Continua Thomas:

“Um ano depois de ter começado com a guitarra, tentei pela primeira vez tocar em público acompanhando Django, tocado num disco em “vinyl”. Mas um amigo, Ninine Garcia, dizia-me: 'Mesmo que tivéssemos mais 250 anos de vida, nunca conseguiríamos fazer o que Django fazia’.
Então, parei de o imitar. Django tocava muito depressa e muito bem. Por mais que se tente imitá-lo, não se consegue atingir nunca o que ele conseguiu no Swing ou no Groove”.

Mais de 100.000 exemplares dos álbuns vendidos em 5 semanas, espectáculos de sala cheia.

Algumas das canções de Thomas: “Ninine”, “Comme un manouche sans guitarre” (título do 1º álbum de 2007), “On ne sait plus s’ennuyer” (sátira suave à dependência da internet). 


O 2º álbum -saído há pouco- chama-se “Silence on tourne, on tourne en rond”.

Thomas toca numa guitarra Dupont de boca larga, género “manouche”, mas com cordas de nylon e às vezes numa Gertsch.