quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Morreu a escritora afro-americana, Toni Morrison



Morreu a escritora afro-americana, Toni Morrison. Descendente de escravos, soube sempre de onde vinha e nunca se preocupou em dizer o que realmente pensava do mundo em que vivia e das conquistas que os afro-americanos teriam – ou não conseguido.

Tony Morrison nasceu em 18 de Fevereiro 1931, em Lorrain no Ohio, e passou a infância no ghetto dessa pequena cidade da siderurgia americana, próxima de Clevelland.

Conta-se que, anos depois de receber o Prémio Nobel em 1993, esteve em Londres para apresentar o seu último livro God save the child, em 2015.
Em entrevista ao diário The Telegraph, quando lhe perguntaram se os tempos eram, hoje, diferentes no modo de encarar os afro-americanos, respondeu:
Quero ver um polícia atirar sobre um miúdo branco indefeso. Quero ver um homem branco ser preso por ter violado uma mulher negra. Só, então, se me perguntarem se acabaram as distinções raciais, direi que sim.”
É certo que viu ser eleito um presidente afro-americano, mas também é verdade que, oito anos mais tarde, viu Donald Trump chegar à presidência dos Estados Unidos e, com ele, o regresso de um racismo sem complexos. 
E de ver “uma supremacia branca” ter poder e afirmar-se sem vergonha.


Figura alta, porte imponente era uma guerreira, sabia de onde vinha e nunca se preocupou em choca ou não com a sua “verdade”.

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