No
fundo, as amizades criam-se também à distância. Aconteceu-me, nos últimos anos,
criar relações de amizade com pessoas que nunca vi. Algumas ficarão para sempre,
como se fossem velhos conhecimentos. Outras é claro que não.
Assim à distância, conheci uma mulher fora do vulgar. Acredito
nos destinos extraordinários, mesmo dentro das vidas aparentemente iguais às outras.
Há vidas que são “geniais” porque há um “toque de génio” em se viver a vida tal como se escolheu. Vivê-la
criando-a e emendando-a e acrescentando-a, à medida dos dias.
“A acção pode resgatar uma vida”, disse Michelangelo.
Quem me citou a frase foi alguém que teve um desses destinos extraordinários. Referia-se
à força de trabalho do pintor genial do Renascimento italiano.
“Acredito também que a obra nos resgata. Ele
pintou, esculpiu e voltava a pintar e a esculpir: era a sua missão, era esse o seu
destino”.
Ela
– essa mulher- escolheu dedicar a vida a curar
– no sentido mais amplo da palavra.
O título que escolhi para o post, "Os mil encontros dos dias", não foi por caso. É tirado de uma citação de Claude Roy, do livro "Les rencontres des jours" que estou a ler. Livro que nos ajuda a reflectir sobre a necessidade de nos "simplificarmos" e tentarmos descobrir o sentido das coisas que nos rodeiam, mesmo as aparentemente mais insignificantes. (*)
O título que escolhi para o post, "Os mil encontros dos dias", não foi por caso. É tirado de uma citação de Claude Roy, do livro "Les rencontres des jours" que estou a ler. Livro que nos ajuda a reflectir sobre a necessidade de nos "simplificarmos" e tentarmos descobrir o sentido das coisas que nos rodeiam, mesmo as aparentemente mais insignificantes. (*)
Uruguay, Mercedes (Marisa Volonterio)
Uruguay, Café em Montevideu
Marisa Volonterio - assim se chama a minha amiga- viveu entre o Uruguay – Mercedes é a sua terra natal- e a Argentina - onde estudou, casou e teve duas filhas. Hoje vive no Brasil -onde escolheu viver- e parte do ano no Camboja, onde criou um centro de apoio
às crianças.
Num
dia do ano de 1992, que parece já longínquo -mas que foi ontem- decidiu
integrar uma missão de Paz da ONU, no Camboja. E, mais: quando a missão acabou
e os outros partiram, em 1993, ela escolheu ficar nas montanhas com as pessoas
que ali viviam e que continuavam a precisar de ajuda.
Marisa Volonterio, Templo de Angkor
“O Camboja”, escreveu-me, “é um lugar meio inexplicável. Cheguei como médica,
com o exército do Uruguay, e fiquei como aprendiz de médico (…). Dias difíceis,
tempos agressivos, tiroteios na noite da selva de Senmonorum”.
Num impulso “pensado” decidiu não regressar
com o último contingente.
“Fiquei ali, sem água, nem luz, sem falar khmer, única ‘branquela’ do lugar. Foi um tempo e tanto! Consegui ir fazendo coisas e percebi que não podia mais deixar de as fazer.”
“Fiquei ali, sem água, nem luz, sem falar khmer, única ‘branquela’ do lugar. Foi um tempo e tanto! Consegui ir fazendo coisas e percebi que não podia mais deixar de as fazer.”
montanhas de Mondulkiri (net)
Contou-me a história de Sergei, o piloto, e do último helicóptero. Ele não queria deixá-la sozinha e disse: “Não me vou
embora já, fico a dar umas voltas, aqui por cima, e dás sinal no caso de teres
desistido”.
E passou de facto quatro vezes por cima do lugar onde ela estava, antes de se afastar de vez.
E passou de facto quatro vezes por cima do lugar onde ela estava, antes de se afastar de vez.
Marisa sabia, pelo que vivera e sentira naquele ano conturbado, em ambiente hostil e
duro, agreste, que “há coisas que se
podem fazer sempre” e que não se deve nunca baixar os braços.
Quando dizemos: “Fiz o que pude, não posso fazer mais…” enganamo-nos a nós próprios porque há sempre mais coisas a fazer. Desistimos porque estamos cansados da luta, estamos cansados de acreditar, estamos cansados de ser aquele “nós” especial que nos leva a escolher um caminho ou uma atitude diferentes, e não a dos outros.
Quando dizemos: “Fiz o que pude, não posso fazer mais…” enganamo-nos a nós próprios porque há sempre mais coisas a fazer. Desistimos porque estamos cansados da luta, estamos cansados de acreditar, estamos cansados de ser aquele “nós” especial que nos leva a escolher um caminho ou uma atitude diferentes, e não a dos outros.
Marisa Volonterio, Pássaros que partem
A
minha amiga ficou sozinha e, como ela própria diz, descobriu “a alegria de
curar”. Como desistir? Ali, nas montanhas de Senmoronum, ajudou a viver as crianças que precisavam dela, ali
curou os corpos e as almas feridas da guerra. E recordo o que me conta das pequenas coisas que a levaram a ficar ligada para sempre àquela terra e àquelas gentes.
E a voltar!
Hanoï, meninas a lanchar, Marisa Volonterio
“Uma noite frente ao fogo vi uma
imagem que me acompanha. Eu tinha ido à Tailândia de fim de semana (uma espécie
de caminhão que demorava dois dias para ir e dois dias para voltar) e trouxe
escovas de dentes para as crianças. Muitas escovas de dentes! Sentei eles todos
em ronda, e eu no meio, com as escovas na mão para ensinar (isto ocorreu nas
montanhas de SenMonorum, onde as pessoas nem sequer falavam khmer e sim a língua phnom: o montanhês). Mas chamaram-me, e saí da roda
recomendando que não tocassem em nada…
Quando voltei, estavam todas as crianças rindo muito, pois aquelas escovas eram muito pequenas para se pentearem e elas tentavam pentear-se à mesma. Foram as coisas que me decidiram a ficar.”
Imagino a cena, vejo as caras de meninos e meninas que ela fotografa (Marisa Volonterio é além do mais uma grande fotógrafa!) e que são os mesmos sempre, porque nem as crianças mudam nem as desgraças terminam. Nem o seu amor pelas pessoas fraqueja. Num espírito de 'missão'.
E quem diz amor ao Camboja diz amor ao Oriente (que sempre a atraíra desde adolescente) e ao Vietname, por exemplo, onde vai sempre -na passagem para o Camboja - e que tão bem soube fotografar!
Quando voltei, estavam todas as crianças rindo muito, pois aquelas escovas eram muito pequenas para se pentearem e elas tentavam pentear-se à mesma. Foram as coisas que me decidiram a ficar.”
Camboja e Marisa Volonterio
Imagino a cena, vejo as caras de meninos e meninas que ela fotografa (Marisa Volonterio é além do mais uma grande fotógrafa!) e que são os mesmos sempre, porque nem as crianças mudam nem as desgraças terminam. Nem o seu amor pelas pessoas fraqueja. Num espírito de 'missão'.
E quem diz amor ao Camboja diz amor ao Oriente (que sempre a atraíra desde adolescente) e ao Vietname, por exemplo, onde vai sempre -na passagem para o Camboja - e que tão bem soube fotografar!
Camboja, Phom Penh, 'Dia de Boudha'
“Não acredites que hoje está
muito longe desses tempos. Assim fui ficando. Decidi regressar ao Brasil, a
Porto Alegre, para trabalhar, fazer dinheiro e trazer coisas para as minhas crianças.
E aqui estou minha querida fazendo muitas coisas que me compensam de toda a tristeza das notícias que leio no mundo. Que me resgatam sobretudo da tristeza que nos invade quando pensamos que não podemos fazer 'coisas' pelos outros.”
E aqui estou minha querida fazendo muitas coisas que me compensam de toda a tristeza das notícias que leio no mundo. Que me resgatam sobretudo da tristeza que nos invade quando pensamos que não podemos fazer 'coisas' pelos outros.”
em cima: 'Pôr do sol em São Paulo'; em baixo, 'Loja abandonada', Montevideo
Conhecemo-nos
por acaso. Era o ano 2011, e ela ia apanhar um avião. Enquanto
esperava, foi procurando distracções no computador que a acompanha sempre. Por mero acaso, encontrou o meu blog...
“E vi seu blog. Engraçado, pensei que tínhamos muita coisa em comum”, disse na mensagem que me enviou.
“Nossa, o motivo por que escrevo a você é que achei um blog que podia ter sido escrito por mim. Não sei se é um cumprimento para si…
Sabe, o seu blog poderia ser o meu blog. Bem, se pusesse Satie –o músico que amo e que toco ao piano quando posso.
Eu tenho o meu piano em Porto Alegre. Afinal o blog não seria assim
tão igual…Eu também ensino, dia atrás de dia, sou médica e cada paciente é um
aluno”.
“E vi seu blog. Engraçado, pensei que tínhamos muita coisa em comum”, disse na mensagem que me enviou.
“Nossa, o motivo por que escrevo a você é que achei um blog que podia ter sido escrito por mim. Não sei se é um cumprimento para si…
Sabe, o seu blog poderia ser o meu blog. Bem, se pusesse Satie –o músico que amo e que toco ao piano quando posso.
Porto Alegre, Restaurante Gambrinus (M.V.)
'Mercado Público' em Porto Alegre (M.V.)
Respondi-lhe, entusiasmada. Que bom ter uma voz que nos diga que o que fazemos afinal vale a
pena! No dia seguinte, recebi novo email:
“Ainda de viagem, voltei ao seu blog – fala de
‘Dersu’! Nossa, Maria! Kurosawa! E este filme é o meu preferido! Kurosawa é meu
Mestre de fotografia!
'Dersu Uzala', o filme de Kurosawa
'Dersu Uzala'
Fico olhando filmes dele, coloco stop. Mais um “frame”,
menos dois, não, menos um – stop e click! Tiro fotografias e revelo-as à moda
antiga. Outras, no Photoshop.”
Akira Kurosawa (net)
"Dersu Uzala", luar na taiga russa
a Arca (Porto Alegre, 2015)
a Arca: "aqui iam as girafas"...
Gostei da simplicidade com que me falava e era um prazer enorme receber aqueles mini-emails
escritos à entrada, ou à saída, de um avião - porque a minha amiga viaja sempre.
“Não deixes de me escrever, não percamos o contacto. De viagem em viagem fico desprevenida às vezes e não dou importância às coisas que deveria. Mas quero saber que te posso escutar sempre e te responder. E que tu podes me escutar.”
“Não deixes de me escrever, não percamos o contacto. De viagem em viagem fico desprevenida às vezes e não dou importância às coisas que deveria. Mas quero saber que te posso escutar sempre e te responder. E que tu podes me escutar.”
E assim que fui sabendo da vida dela. E vi uma mulher -de facto
superior- que consegue guardar uma ingenuidade, uma curiosidade e uma simplicidade
que são maravilhosas! Porque acredita no que está a fazer e ama a natureza e as pessoas.
Procura entender e estabelecer uma ponte entre o corpo humano e a natureza. No equilíbrio -até da alimentação.
"De há uns anos para cá decidi… ensinar a comer! Porque é aí que começam todos os problemas."
E penso na máxima de Hipócrates, o primeiro 'médico': "Somos o que comemos"!
Procura entender e estabelecer uma ponte entre o corpo humano e a natureza. No equilíbrio -até da alimentação.
"De há uns anos para cá decidi… ensinar a comer! Porque é aí que começam todos os problemas."
E penso na máxima de Hipócrates, o primeiro 'médico': "Somos o que comemos"!
'Ovos no Mercado de Phnom Penh' (2015)
“Considero-me um singelo médico formado
na Argentina que depois foi à China a ao
Camboja e se “re-formou”–nas duas acepções da palavra. Visitei a ilha de Kos e
estive dias sentada debaixo da árvore de Hipócrates.
Voltei a casa para ministrar a
“arte de curar”. Duas vezes por ano, curo com grande alegria as crianças do
Camboja. Às vezes, ironicamente, digo
que os meus doentes 'paulistas' pagam as consultas, e os nénés do Camboja,
feridos de tantas guerras, recebem próteses e comida. O nome da minha clínica 'Senmonorum' significa, em khmer, “o lugar onde mora o meu coração”.
Ilha de Kos (Marisa Volonterio)
Tinha-lhe
escrito, mostrando-me entusiasmada com a vida que ela teve e tem, e com as fotografias que tirava, e com o Camboja. O Oriente sempre me fascinara também desde a adolescência.
Gostava do“olhar” dela, do modo como falava da vida, do seu modo de pensar, da filosofia que estava próxima da minha.
Escrevi-lhe: “É bom para mim saber que, lá no cabo do mundo, seis horas mais tarde, existe alguém a fazer tantas coisas que eu também gostaria de fazer!”
Gostava do“olhar” dela, do modo como falava da vida, do seu modo de pensar, da filosofia que estava próxima da minha.
Escrevi-lhe: “É bom para mim saber que, lá no cabo do mundo, seis horas mais tarde, existe alguém a fazer tantas coisas que eu também gostaria de fazer!”
Templo de Angkor, Marisa Volonterio
Quase
na volta do correio, ela respondeu:
“Acredito que gostarias de
conhecer isto. Já estás convidada para vir ao Camboja. Lugar especial, com
pessoas especiais. Eu tenho o meu coração por lá. (…) Acho que meu lar
principal é aquele, por aqui só tenho um teto. Mas viajo muito. Sempre.”
uma das suas fotografias preferidas: 'Underwater flowers' (M.V.)
sol ou lua? (Marisa Volonterio)
Nem
sempre nos escrevemos com frequência, é certo: durante quase três anos aconteceram coisas que nos afastaram, se bem que nunca a tivesse esquecido. E, em 2014, reencontrámo-nos –
agora no Facebook. E continuámos a 'falar-nos' como se tivessem passado uns dias apenas. Pude ver outras magníficas fotografias de Marisa Volonterio.
Camboja, Mercado em Phnom Penh
Marisa Volonterio, foto retirada do Facebook
Por
que nos encontrámos e não voltámos a perder-nos? Talvez porque muito dentro de nós nos
identifica e nos aproxima. Coisas simples: livros, discos, filmes mas, sobretudo, a
vontade de comunicar aos outros o que aprendemos e “ensinar-lhes” o nosso
entusiasmo pela vida. E pelas viagens: migrantes as duas, de país para país, vida fora...
Migrantes, Marisa Volonterio
“Sou das pessoas que estão felizes por viver
nesta época…não acredito que as outras foram melhores. É uma boa época se
soubermos diferenciar as coisas.”
Até nisto estávamos de acordo! Eu também "não acredito que as outras épocas fossem melhores."
Se soubermos aproveitar o bom do progresso e evitar os males da amálgama e da quantidade de informação e das facilidades...
Até nisto estávamos de acordo! Eu também "não acredito que as outras épocas fossem melhores."
Se soubermos aproveitar o bom do progresso e evitar os males da amálgama e da quantidade de informação e das facilidades...
Trovoada sobre São Paulo (M.V.) 2015
Inverno em Hanoï 2015
vento e bambous (Marisa Volonterio)
“Sabes,
eu penso nesta altura da vida que pessoas como tu e eu somos poucos interessantes
para os outros. Cada dia que passa, eu sinto-me feliz com o que faço e só isso já
me parece afastar da maioria. Vivo o meu risco todos os dias com a medicina porque
sou cada vez mais crítica e menos indulgentes com os aprendizes de feiticeiros.”
Deus é simples?
"Não aceitam que Deus é simples - e só basta conhecer as leis das coisas simples para
o compreender. Mil medicamentos para mil propósitos diferentes… E nenhum de acordo
com as regras básicas de um corpo simples chamado humano. Guerras por toda a parte em que dos dois lados se ignora a simplicidade
da vida. Tudo o que acontece parece-me afastado do princípio e do fim de todas as
coisas simples e essenciais da vida. Alguns ficaram no meio sem entender que tudo vai ter um fim!”
a vida acima de tudo: a arca (de Noé) da vida?
Aconselha-me:
“Segue ensinando com muito amor, é a nossa
forma de nos alimentarmos, não é?”
Sim,
é a forma de nos alimentarmos! E contemplar, com um aberto olhar sobre a beleza e a força das coisas e da natureza.
Hanoï, imagem do Novo Ano 2015
Quero dizer a quem me lê que pessoas como ela nunca serão “pouco interessantes
para os outros”, porque vivem no cerne da vida e agem com o coração para além da cabeça…
E com a sensibilidade à flor da pele: Marisa é também uma poetisa. Em 2010 publicou um livro de poemas intitulado A Gioconda Oriental. Que espero que alguém me mande do Brasil...
“É - diz ela- a hora de buscar as conexões entre o indivíduo e a natureza de todas as coisas”.
Leio na "notícia" da saída do livro:
"A Gioconda Oriental tem duas temáticas fundamentais: a vida quotidiana
no Camboja e as lições de vida que esta cultura despertou em Marisa. Vários sonetos
e um hai-kai constituem a parte central do livro, prefaciado por Pierre Weil”.
Menino curioso, em Hanoï
E com a sensibilidade à flor da pele: Marisa é também uma poetisa. Em 2010 publicou um livro de poemas intitulado A Gioconda Oriental. Que espero que alguém me mande do Brasil...
na apresentação do livro, em 2010
Leio na "notícia" da saída do livro:
http://marisavolonterio.com/pt/eventos
E mais informações:
Nota biográfica:
Marisa Volonterio Meira nasceu em Mercedes, no Uruguay, estudou Medicina na Argentina e especializou-se em neurocirurgia, em Paris.
Em 1992, uma viagem ao Oriente marca-a de modo a nunca mais deixar para trás o que viveu. Na China estuda Medicina Tradicional Chinesa e aproxima-se da religião budista.
Em 1992, uma viagem ao Oriente marca-a de modo a nunca mais deixar para trás o que viveu. Na China estuda Medicina Tradicional Chinesa e aproxima-se da religião budista.
No Ocidente dá cursos, faz conferências, dá aulas de orientação alimentar e filosofia oriental.
Adoptou o reino do Camboja como sua pátria espiritual. Fundou e criou o Centro SenMonorum, em 1997.
Adoptou o reino do Camboja como sua pátria espiritual. Fundou e criou o Centro SenMonorum, em 1997.
Segue os sete princípios fundamentais da ordem do Universo:
1.Tudo o que tem um começo tem um fim.
2. Tudo o que tem uma frente tem um dorso.
3. Quanto maior for a frente, maior será o dorso.
4. Não há nada idêntico no Universo.
5. Todos os antagonismos são complementares.
6. O Yin e o Yang são as classificações de toda a polarização. Antagónicas e complementares.
7. A origem do Universo é infinita.
(* *) Hanoï, é a capital e segunda cidade do Vietname. Ho Chi Minh City, antiga Saigão, é a maior cidade do país.
https://en.wikipedia.org/wiki/Mondulkiri_Province
(* *) Hanoï, é a capital e segunda cidade do Vietname. Ho Chi Minh City, antiga Saigão, é a maior cidade do país.
https://en.wikipedia.org/wiki/Mondulkiri_Province
(*) Claude Roy nasceu em Paris, em 29 de Agosto de 1915, e morreu em Paris, em 13 de Dezembro de 1997. O livro intitula-se "Les rencontres des jours" (Editions Gallimard, Folio, 1995).
Como epígrafe, Claude Roy escolheu uma frase do poeta persa Ubayd-I-Zakami (século XIV) que, à pergunta do discípulo que se admirava da sua 'frescura' de espírito: "Mestre, como conservas a tua constante juventude?", respondeu :
"Les rencontres des jours ont rafraîchi ma vie"...
"Les rencontres des jours ont rafraîchi ma vie"...
Traduzo um pouco do texto porque é verdadeiro: "Os encontros dos dias deram frescura à minha vida. Contemplei a sabedoria divina (meditava no 'Traité de l'infinité de Dieu') (...) mas também soube apreciar o perfume das violetas de Deilam, sorrir às meninas de Chiraz (...) ou à ideia que me veio ao espírito ao observar o brilho das jóias da noite, ao ler com felicidade um livro cheio de luz e agradecer a Deus que me ofereceu o dom dos mil encontros da vida."
Maria João,
ResponderEliminarO que dizer desta maravilha em palavras e em imagem.
Beleza é o que vejo por aqui.
A sua amiga deve ser uma pessoa extraordinária.
Obrigada por esta partilha, vou anotar o livro.
Beijinho. :))
Achei um post fantástico. Adorei ler e partilho a admiração por essa sua amiga.
ResponderEliminarA mim parece-me que estas pessoas é que são pessoas realmente interessantes e com quem vale a pena conviver, porque são elas que têm tanto a ensinar-nos.
Este é um projecto de vida admirável.
Obrigada por nos dar a conhecer uma pessoa tão especial.
Um beijinho grande:) Bom fim-de-semana:)
Maria querida,
ResponderEliminarGratíssima por tão belo presente.Tenho duas amigas fantásticas n vida,tu q escreves divinamente e Marisa q anda p mundo curando almas & corpos.
Tua descrição s nossa amiga foi perfeita, enquanto lia conseguia ouvir a Marisa conversando comigo...ameiiiiiiiiiiiii
Obrigada p post, p curiosidade q aguças em mim e q me faz continuar correndo em busca d maravilhosas leituras.
Bjs & abs
~~~
ResponderEliminar~~ Uma relação harmoniosa e especial...
~~ Foi uma leitura interessante e muito agradável.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~~ Votos de excelente fim de semana. Beijinho.~~
~ ~ ~
Há gente extraordinária, que todos desejaríamos conhecer e que nos tivesse em conta, porque as amizades assim só podem aportar coisas boas.
ResponderEliminarBom finde, bjs.gds.
Depois de ler teu post maravilhoso respondi inspiradamente seu lindo relato sobre dra Marisa Volontério..... Mas não entrou...E tudo foi apagado....Que frustrante!!! Não se escreve 2 coisa iguais.... usando a emoção.... Mas tentarei de novo em outra oportunidade!! Maravilhoso Maria João!! bjs
ResponderEliminarHelena Kato (from Facebook)
Uma mulher muito especial e interessante. Gostei de ficar a saber um pouco sobre ela. Obrigada (tenho a ideia de que pessoas assim nos dão esperança e ajudam-nos a acreditar que há um sentido)
ResponderEliminarum beijinho
Gábi
Comoveu-me o que escreveste sobre a tua amiga ! Essas pessoas recompensam-nos, trazem esperança a tudo que é sombrio no mundo... Trazer cá "para fora" todas essas vidas é também abrir um caminho de luz... Obrigada, Jana !
ResponderEliminarM.
Eu sei que entendes, M! É uma parte de nós que queremos que saia cá para fora e que às vezes é tão difícil... beijinho
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