P.D.JAMES e um certo gosto pela morte...
A escritora policial inglesa P. D. James – Phyllis
Dorothy James - nasceu em 3 de Agosto de 1920, em Oxford.
É autora de mais de 20 livros, a maioria dos
quais foram levados ao cinema e à televisão no Reino Unido, na América e noutros países.
É magistrada e passou 30 anos a trabalhar em vários
departamentos do Serviço Civil Britânico, incluindo o Ministério do Interior, no
Departamento da Polícia Criminal.
No ano 2000, ano em que fez 80 anos, celebrou o aniversário publicando uma
auto-biografia “Time to Be in Earnest”.
Tendo recebido muitos prémios e honrarias,
é membro da Câmara dos Lordes sob o título de Baronesa James of Holland Park,
em 1991.
Hoje vive entre Londres e Oxford.
Criou dois detectives muito diferentes: a jovem
Cordelia Gray que “herda” uma Agência de Detectives quando o patrão se suicida
e Adam Dalgliesh o Inspector-Chefe da
New Scotland Yard.
New Scotland Yard
Este último vive num apartamento sobre o Tamisa,
guia um Jaguar e é uma personalidade simpática e exigente, já de uma certa idade.
A autora inspira-se
em Jane Austen para o “caracterizar”, dizendo que ele era “tall, dark and
handsome” tal como Austen dissera de Mr. Darcy, em Orgulho e Preconceito.
É de P.D. James esta frase:
“Hão-de lhe dizer, amigo, que a mais perigosa emoção é o ódio. Não acredite neles. A mais perigosa emoção é o
amor!”
Foi distinguida com o Prémio “International
Writing Hall of Fame” (2008).
O primeiro "Silver Dagger" recebido foi em
1971; depois, vários Silver Daggers (Adaga de Prata) se seguiram.
Em 1987, recebe o "Diamond Dagger" (Adaga de
Diamante) da “British Crime Writers Association, pela sua carreira literária.
Em 1999,
recebe o “Grande Master Award” do “Mistery Writers of America”.
Em 2004, no jornal The Guardian na coluna dos
escritores do jornal (Paperback
Writer Column), o artigo “Why detection?” (cuja tradução livre poderia
ser “Detectives, para quê?”) onde P.D. James fala de si e da sua “arte do
crime”.
Prémio Adaga de Prata, 1971
“A minha mania de contar histórias começou muito
cedo, talvez por volta dos 10 anos. Vivíamos então em Ludlow, na fronteira com o
Welsh e dormíamos a minha irmã mais nova o meu irmão e eu num grande quarto de
crianças (...).
Eles esperavam sempre que eu lhes contasse
histórias à noite até ao momento em que me rebelasse ou eles adormecessem. Eram
invariavelmente histórias misteriosas e de
aventuras e o animal-herói-animal tinha um nome de certo modo pouco original, Percy
Pig.”
E continua:
“Lembro Forster que escreveu: ‘O rei morreu e a
rainha morreu a seguir, é uma história. O rei morreu e a rainha morreu de
desgosto é uma acção. A rainha morreu e ninguém sabia por quê até descobrirem
que foi de desgosto é um mistério que pode ser susceptível de desenvolvimento’.
Ao que eu acrescento: a rainha morreu e todos pensaram que foi de desgosto até
descobrirem o sinal de uma ferida na garganta. Isto é uma história de crime e
mistério e, na minha opinião, é também capaz de ter um grande desenvolvimento.”
Em Inglaterra, entre 1997-99, passou uma série
com a detective Cordelia Gray: An insuitable Job for a Woman.
Procurem lê-la. Admiradora de Jane Austen,
segue-a na preocupação das personagens bem estruturadas e ambientes bem
recriados. O último livro que publicou (2008) chama-se The Private Patient.
caixotinho com policiais para o Verão...
É uma boa escritora policial. Diferente de Agatha, diferente de Ruth
Rendell. Mas original, séria, logo boa. Para mim, claro...