Morreu Georges Moustaki, o cantor que “identificamos” perto, em todos os protestos, como "Ma Liberté", em Maio 68; o "cantautore" , o poeta que falou do estrangeirado
parisiense que ele foi, que se auto-retratou como “judeu errante”, e “pastor
grego”...
O seu nome verdadeiro era Giuseppe Mustacchi e nasceu em
Alexandria em 3 de maio de 1934, filho de pais judeus que tinham imigrado para
o Egipto.
Vai para paris, em 1951, e conhece os cantores e o mundo
boémio do “quartier latin” e outros.
Conhece Georges Brassens que considerou sempre seu
mestre.
Viveu com Edith Piaf e escreveu canções para ela como a célebre canção “Milord”, que Piaf canta magistralmente.
Pierre Tchernia entrevista Edith Piaf que apresenta Moustaki
Conhece igualmente Juliette Gréco, Barbara, Serge Reggiani que, em 1966, tornou famosas as canções "Ma Liberté", "Sarah", "Ma Solitude" ou "Votre fille a vingt ans".
Moustaki “Ce pâtre grec
cheveux aux quatres vents”, que falou da liberdade como ninguém, e da sua parente, a Solidão, e do valor da Vida como na magnífica “le temps de vivre”.
Moustaki que escreveu para Barbara a belíssima “La Dame
Brune”, para ela, "la longue dame brune", e que os dois cantaram juntos, imortalizando a canção.
Sim, Georges
Moustaki partiu!
“Pour cueillir en rêvant une rose des vents sur un rayon de lune”…?
Voltou aos mares da sua Grécia natal?
Ou andará pelo Quartier
Latin?
Ou, de cabelos ao vento, voa, por aí, com as asas de anjo errante, à procura das raízes -outra vez- pelo mundo
fora?
Ele, eterno estrangeiro, eterno vagabundo, que se sentia em casa onde quer que parava e encontrava amigos e com eles bebia um copo, a ver o sol cair.
Mas como ele cantou:
"Il faudra bien mourir un jour
quitter sa vie et ses amours
dire qu'il faudra laisser tout ça
pour Dieu sait seul quel au-delà
(...)
c'est dur à penser mon amour"
Mas como ele cantou:
"Il faudra bien mourir un jour
quitter sa vie et ses amours
dire qu'il faudra laisser tout ça
pour Dieu sait seul quel au-delà
(...)
c'est dur à penser mon amour"
Talvez, sempre sonhador, procure
colher a tal rosa dos ventos, num raio de lua”...
Que importa por onde anda? Amou, cantou, escreveu... , como diria Stendhal.
Viveu!
Ouçam a maravilhosa canção, “Le temps de Vivre” (gravada
em 8 de Setembro de 1969, acompanhado de 4 guitarras e uma vocalista (Archive
Tv/INA).
E tantas outras canções inesquecíveis! Porque não o vamos nunca esquecer!
"La dame brune" (com Barbara):
“Le métèque”:
“La Solitude” :
Ma Liberté:
Sarah, cantada por Serge Reggiani
Vou seguir os links para ouvir as músicas.
ResponderEliminarObrigada.
um beijinho
Gábi
Não se esquecem canções tão bonitas!
ResponderEliminarGostei muito do seu post.
Um beijinho grande.