sábado, 24 de agosto de 2013

Estufa de ananases, na ilha de São Miguel



Uma maravilha a estufa de ananases (aberta ao público) que tive a sorte de ver em São Miguel.








Situada numa quinta paradisíaca, colorida do verde das árvores encantadas no tempo, como belas adormecidas.











Bela igualmente a araucária enorme, bem central na quinta, e que deve bem medir dezenas de metros de altura.






De pequeno porte, nos anos 30, contaram-me que serviu de árvore de Natal, na festa da família, e re-plantada dias depois.





Mas voltemos às estufas. Verdadeiras jóias de arquitectura e design, na sua elegância e rigor estético, recortavam-se no céu pesado de nuvens cinzentas.



Por fora, magníficas e, no interior,  tinha-se sensação de poder ver crescer os ananases, à medida que íamos de estufa em estufa! Simples folhas, depois já floridos, depois os frutos.














E o tempo passa, sem cansar.


A realidade que nos rodeia, ao sair, é, também, sempre diferente...E o tempo vai mudando.


Nesse dia, o clima passou várias vezes do sol brilhante ao chuvisco, da chuva cerrada, ao calor, do céu azul ao cinzento-chumbo, sem esquecer a chuvinha "molha parvos" ao cair da noite...


Aprendi coisas.

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Interessante, por exemplo, saber que o ananás foi levado do Brasil para os Açores, nos meados do século XIX (ananas comosus), inicialmente como planta ornamental. 

Ananás e abacaxi são dois termos para designar a mesma coisa. Uma coisa bem boa!


O ananás foi "descoberto", em 1493, pelos navegantes de Cristóvão Colombo.





É um fruto que nasce nos climas tropical e sub-tropical, existia, pois, em toda a América do Sul.





No século XVI, ao chegar ao Brasil, os marinheiros portugueses descobrem que os indígenas cultivavam o ananás. 


Chamava-se "ananás" ou "abacaxi", conforme a língua dos autóctones: dizia-se "naná", em guarani e "abacaxi", em língua tupi.


O primeiro cultivador de ananases, em São Miguel, foi José Bensaúde. A primeira exportação fez-se em 1864.

Mais coisas importantes:  dizem que o ananás de São Miguel é dos mais doces do mundo! Provei-o, vi que era!



E vem-me à memória São Tomé, os ananases... e a Dáy! 


A beleza da vida, da natureza, das pessoas é sempre igual!

ananas comosus (wikipedia)


4 comentários:

  1. maria Teresa Meireles24 de agosto de 2013 às 14:20

    Já lá estive e gostei de rever.Hoje ainda me pareceu mais bonito. Um beijinho

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  2. Saudações Mr. Falcão e uma vez mais permaneça na paz. Meu berço natal tem ricas variedades de frutas, faunas e floras que encanta os olhos pela beleza única, originalidade de cores e gostos exóticos quando visto pela perspectiva de nativas que aqui estivera. Uma lenda urbana do abacaxi: usar o abacaxi nos casos de febre, recomenda-se tomar o suco por ser refrescante e eliminador de impurezas também indicado para enfermidades da garganta e da boca. Receituário do tempo de nossas avós. Meu coração se alegra com sua companhia e deseja luz, paz e prosperidade.

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  3. Lindo lugar. Quando eu era pequena, na minha casa só se comia ananás no Natal, era um luxo práticamente...
    Feliz domingo, em boa companhia.
    Beijos

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  4. Um post com sabor a ananás e com muita beleza.

    Só me resta suspirar!!
    Ai, Açores, Açores!!

    Um beijinho.:))

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