Lembro-me de
uma canção de Lucio Battisti que se chamava “Una donna per amico” (uma mulher
que é um amigo)...Lembro-me sempre do meu cão!E não é ofensa para ninguém!
Quem nunca teve
um cão não perceberá talvez a intensidade com o que vou contar. Todos os dias neste Verão que arrasa se vêem notícias de cães abandonados, receio até que já "nem façam notícia", mas é bom não deixarmos de pensar nisso. Continuarmos a indignar-nos...
No entanto, há cães que tiveram uma vida feliz e, sobretudo, ajudaram os seus donos a aprender muita coisa.
Vajam a ternura desta história que me faz lembrar o que foi o Zac para mim ...
Vajam a ternura desta história que me faz lembrar o que foi o Zac para mim ...
Zac e eu, na ilha de São Tomé
Foi um cão amado! Viajou, perdeu países, mas, ao contrário de Pessoa, não foi outro constantemente, foi sempre ele mesmo...
Zac em Roma, com o Diogo
Zac em São João dos Angolares
Zac em Jerusalém, com a Gui
Zac no carro a camigo de Bersheva
Falo sempre nele, não resisto! porque ele fez com que a minha vida fosse diferente... Por estranho que pareça dizer isto de um animal, ele humanizou-me!
E, quando morreu,
a vida ficou mais vazia, mais tristonha, mais cinzenta porque ele enchia-a de doçura e de amor os
nossos dias.
Não fui capaz de
o substituir, porque sabia que ele era insubstituível, como todos os seres humanos o são quando os amamos.
amigos e recordações de amigos
Sabia que mais
nenhum (quem sabe se, afinal, sim?...) teria para mim o toque mágico da nossa
amizade - que ficou para todo o sempre.
Um momento de beleza e de intensidade que nunca morreComo a presença tranquilizante da árvore que todas as manhãs no espera detrás da vidraça.
a janela sobre as árvores
Há uns meses, quando abri uma revista (Nouvel Observateur de 14-23 de Março) ouvi falar de um cão, aliás, de uma cadela... Li o interessante artigo de Jrôme Garcin,que gosto de ler porque sabe de cultura e de livros. Chamava-se "Quelle Mélodie!" e falava de um escritor japonês, o seu autor, que vivera em França. Actualmente a ensinar a língua francesa em Tóquio.
Mélodie era a sua cadela e o desabafo: uma amiga, uma companhia! E a tristeza é a mesma, quando o amigo parte...
outros amigos, de viagem...
O escritor é
Akira Mizubayashi.
Pelo que dizem, é um homem de paixões. Há dois anos,
escrevera um livro que se chamava “Une langue venue d’ailleurs” e fiquei com
curiosidade de o ler.Uma paixão que o levara a escrever os seus livros em francês.
Akira Mizubayashi
desenho japonês, suzuki
A lembrança de Mélodie, a cadela Mélodie que morrera em 2009. A bela golden retriever, inteligente, boa e doce como o mel - a cor
do seu pelo.
E veio-me à memória o meu Zac, a sua cor, os seus olhos espertos e amigos, o seu calor! Inesquecível!O meu cão, que foi um cão feliz
E veio-me à memória o meu Zac, a sua cor, os seus olhos espertos e amigos, o seu calor! Inesquecível!O meu cão, que foi um cão feliz
Zac em Telavive, na ilegalidade...
Zac em T.A.
O Zac, em Telavive
O Zac, em São Tomé
Num tempo em
que os seres humanos abandonam os cães nas estradas quando vão de férias, num
tempo em que os seres humanos se abandonam uns
aos outros, admirei este senhor que teve um cão por amigo...
Elisabeh Fontenay fala do silêncio dos animais
http://www.arte.tv/fr/animal-elisabeth-de-fontenay-est-l-invitee-de-raphael-enthoven-dans-philosophie/2235124,CmC=3839930.html
blog que fala do abandono dos animais e página do Facebook sobre cães abandonado
um cão abandonado na cidade (internet)
O cão, ao colo da dona...
Pensar sempre nos animais que não têm ninguém e não são, como "Mélodie", a paixão, de Akira Mizubayashi. Nem o meu cão Zac, a minha paixão...
Akira Mizubayashi fala de Mélodie
http://youtu.be/1sEe-Sce4Hc
Akira Mizubayashi fala de Mélodie
Elisabeh Fontenay fala do silêncio dos animais
http://www.arte.tv/fr/animal-elisabeth-de-fontenay-est-l-invitee-de-raphael-enthoven-dans-philosophie/2235124,CmC=3839930.html
blog que fala do abandono dos animais e página do Facebook sobre cães abandonado
Olá,
ResponderEliminarparabéns pelo interessantíssimo post. Quem não teve uma cão amigo em sua vida. Minha família sempre permitiu nós termos animais. Mas a família de meu marido nunca permitiu, hoje ele tem uma cadela Aila e é louco por ela, é nossa companheira. Ele se tornou mais amável tanto com os animais quanto com nossos filhos.
Se as pessoas que abandonam os animais nas estradas soubessem a tristeza que o animal fica, jamais fariam isso. Aqui em casa temo uma abandonada, demorou quase um ano para ela se aproximar de nós, era muito assutada.
Linda sua história com seu belo animal, mas não deixe de ter mais animais eles são alegria da casa.
Tenha um ótimo dia.
Vê-se que o seu Zac foi um cão feliz! Vê-se o amor que lhe dedicou, e a sua família. Nunca tive nenhum cão, mas seria incapaz de o abondonar. Já me quiseram dar um, mais que uma vez, mas não quero. Sou demasiado preguiçosa e um animal dá muito trabalho, e se o trouxesse nem que fosse um dia já não seria capaz de o deixar. Não me quero afeiçoar a nenhum.
ResponderEliminarHá dias uma colega minha, durante a caminhada que faz todos os dias, foi "seguida" por um cãozito pequeno. Foi com ela até casa. Ela levou-o para casa , mas de tarde foi levá-lo ao canil, porque disse que não o podia ter em casa. Disse que o cãozinho ficou a ganir e ela foi-se embora a chorar. O cão via-se que tinha sido abandonado no meio do campo e seguiu a primeira pessoa que o deixou segui-la.
É triste abandonarem assim os animais. Dá pena!
Um beijinho grande :)