Leo Tolstoï por Ilya Repin
O grande Leo Tolstoï era um ser complexo, contraditório. Como todos os grandes escritores? Possivelmente, sim.
No entanto, era possuidor de uma poesia e de uma sensibilidade infinitas. E de um poder de observação que nada perdia do mundo em seu redor, das gentes e das coisas.
Diz Virginia Woolf que o admirou acima de todos os romancistas:
"Nada parece escapar-lhe. Nada lhe toca sem que ele imediatamente o registe (...) a beleza dos cavalos (...) o menor pedacinho de palha, a mais ínfima plumazinha, tudo se cola no íman da sensibilidade. Repara no azul ou no vermelho de um bibe de criança, na maneira como um cavalo agita a cauda, no som de uma tosse, no gesto do homem que tenta meter as mãos nos bolsos cosidos." (2)
Escreve no Diário, entre Genebra e
Estrasburgo:
“De repente respirámos um perfume extraordinário, feliz, branco, primaveril… Em redor, tudo escurecia. A lua inundava de luz uma vasta clareira, ouvia-se o fragor da água dos rios, no fundo das ravinas e o perfume branco e embriagador dos narcisos entontecia.” É Bounine que o cita.
Noutra passagem
escreve, dirigindo-se aos seus leitores ideais:
“Para seres admitido no número dos meus leitores de eleição, peço-te apenas pouca coisa… sê sensível,
ó leitor, e procura nos meus escritos os que tocam o teu coração.” (3)
(1) Ivan Bounine, em La délivrance de Tolstoi, 1939
(2) Virginia Woolf, L'Art du Roman, Editions du Seuil, pág.
(3) Ivan Bounine, op.cit.
Soube-me a pouco, este post!
ResponderEliminarEstava preparada para continuar a ler...ler e ver mais fotos...quando de repente acabou! Oh! que pena!
Um beijinho grande :)
Hahaha! Fico feliz... Vai continuar, tenho que ir devagar, vida dá muito trabalho! beijinhos
ResponderEliminarMaravilhoso.
ResponderEliminarBeijinho. :))
Três grandes nomes: Tolstoi, Bunine, V. Wolf.
ResponderEliminarBelíssimo post.
Um beijinho.:))