"Uma Primavera", de Karl Bodek e Kurt Konrad Loew
Pavel Fantl
No passado dia 25 de Janeiro, no Museu da História de Berlim, abriu a exposição “Arte do Holocausto”, com obras desenhos e de pinturas realizados, às escondidas, por prisioneiros de campos de
concentração.
Como
as do médico checo, Pavel Fantl, deportado em 1942, com 36 anos. Ele, a mãe, a mulher e o filho vão parar ao campo de concentração nazi de
Theresienstadt.
pintura de Pavel Fantl
Nos anos seguintes, vai pintando as cenas do horror, do inferno
que vivia e presenciava. Com a cumplicidade de alguns guardas, pôde mandar para
o exterior alguns desenhos.
Um dos quadros representa Hitler, na figura de um palhaço, com as mãos cheias de sangue.
Em 1944, o Dr. Pavel Fantl e a família são enviados para Auschwitz. A mulher e o filho foram mortos logo à chegada. Da mãe, não se sabe. Ele foi fuzilado, em 1945.
Um dos quadros representa Hitler, na figura de um palhaço, com as mãos cheias de sangue.
Em 1944, o Dr. Pavel Fantl e a família são enviados para Auschwitz. A mulher e o filho foram mortos logo à chegada. Da mãe, não se sabe. Ele foi fuzilado, em 1945.
Pavel Fantl, Auto-retrato
Aos
80 anos, Nelly Troll, esteve presente na inauguração de "Arte e Holocausto".
Disse ela a Angela Merkel: “Esta exposição é uma experiência maravilhosa e um modo de aprendizagem para as novas gerações. Esses quadros eram uma forma de terapia e permitiram-me sobreviver! Eu dizia que as aguarelas eram as minhas amigas e falava com elas”.
Lembra-se bem desse tempo, escondida, com a mãe, num quarto escuro da família polaca cristã que as protegeu. O pai e o irmão foram deportados e morreram. Ela salvou-se com a mãe e, no fim da guerra, foram para os Usa.
Entretinha-se desenhando tudo o que imaginava lá fora, na rua e nos campos. Ou que recordava...
“Fiz umas 60
pinturas, fechada naquele quarto, mas todas exprimiam felicidade. Tinha de ser..."
Disse ela a Angela Merkel: “Esta exposição é uma experiência maravilhosa e um modo de aprendizagem para as novas gerações. Esses quadros eram uma forma de terapia e permitiram-me sobreviver! Eu dizia que as aguarelas eram as minhas amigas e falava com elas”.
Lembra-se bem desse tempo, escondida, com a mãe, num quarto escuro da família polaca cristã que as protegeu. O pai e o irmão foram deportados e morreram. Ela salvou-se com a mãe e, no fim da guerra, foram para os Usa.
Entretinha-se desenhando tudo o que imaginava lá fora, na rua e nos campos. Ou que recordava...
Helga Weissová, Concerto no dormitório
Helga Weissová, entrevistada em 2013, conta que desenhou as cenas que “viveu”, sucessivamente, em três campos de concentração diferentes: Terezin, Auschwitz e Mauthasen.
Mandada, em 1941, com doze anos, para o ghetto de Terezin, com os pais. Em 1944, é deportada com a mãe para Auschwitz. Tem 15 anos, mas diz que tem 18 para ter mais hipóteses de viver. E diz que a mãe é mais nova do que é realmente. Para sobreviverem! E vai observando e fixando o que vê.
Mandada, em 1941, com doze anos, para o ghetto de Terezin, com os pais. Em 1944, é deportada com a mãe para Auschwitz. Tem 15 anos, mas diz que tem 18 para ter mais hipóteses de viver. E diz que a mãe é mais nova do que é realmente. Para sobreviverem! E vai observando e fixando o que vê.
Helga Weissová, Terezin
A
data da exposição não foi ao acaso, esta foi a data em que o oficial judeu ucraniano da
Primeira Frente do Exército Vermelho, Anatoli Shapiro, entrou no campo de
Auschwitz: em 27 de Janeiro de 1945. Deparou-se-lhe uma “visão dantesca” de que
nunca mais conseguiu libertar-se. E ficará como o símbolo do Dia do Holocausto.
Já falei muito disto tudo. Espero que não digam: esta mania de falar dos judeus... Não é mania quando, ainda hoje, há judeus que morrem assassinados apenas porque são judeus!
Não se deve esquecer, e eu só quero lembrar...
Elie Wiesel, que passou por Auschwitz, escreveu um dia: “o carrasco mata sempre duas vezes: a segunda vez quando se esquece o que ele fez…” O carrasco não pode ficar a rir!
"Oh Vida dás-me tudo
O que não me podes
dar!...
Vens com mãos de
poesia,
Vens com voz de
embalar,
E a dor é alegria
A ponto de chorar!"
(Oh, Vida, de Cristovam Pavia)
Por muito que se leia ou veja, impressiona sempre pensar como seres humanos são capazes de fazer tanto mal a outros. E outros Holocaustos continuam, de outra forma, mas com a mesma crueldade.
ResponderEliminarÉ muito triste.
Um beijinho grande:)
Vidros estilhaçados no outro lado dos espelhos
ResponderEliminar~~~
ResponderEliminarSubscrevo o comentário da Isabel.
~~~ Beijinhos, MJ.~~~
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