quarta-feira, 11 de julho de 2012

Um filme que aconselho, nas noites de Verão: "Le Passager de la Pluie"




Vi há duas ou três noites, no canal franco-alemão ARTE, o filme de suspense (e terror) “O Passageiro da Chuva", realizado pelo francês René Clément. Em 1969.

Produção franco-italiana tem no seu elenco dois bons actores: a francesa Marlène Jobert e o americano, Charles Bronson.

A música do filme é de Francis Lai que assinou a banda sonora de muitos bons filmes francezes, de Truffaut a Clément.

"La mélancolie” é a canção do filme, porque Mélancolie é o nome da  heroína, pobre heroína!

Ela, é Marlène Jobert, a ruiva descendente de mãe judia argelina e de pai francês, a frágil e teimosa Mélancolie.
De Marlène lembro um triste e belo filme "série noire" de José Giovanni - com outro actor inesquecível: Lino Ventura. 

Chama-se “Dernier domilicile connu” e é de 1970.

Antes, fizera outros filmes com Yves  Robert e com Jean-Luc Godard, “Masculin, féminin” (1966), com o actor Jean-françois Léaud.

Depois, fará “Les Mariés de l’An Deux”, de Rappeneau, com Belmondo (1971).

Actriz culta, estudou Belas Artes e piano, no Conservatório de Dijon, e, mais tarde, Arte Dramática no Consevatório de Paris. 

E escreveu livros “explicando”  os compositores de que gostava: Chopin ou Tchaikowsky.
Chopin, pintado por Delacroix

Ele, é o “incontornável” Charles Bronson que morreu em 2003 com 81 anos e deixou tantas saudades nos seus fãs!~

Filho de pai imigrante lituano-russo, nos  EUA, vindo de Druskininki, e de mãe lituano-americana, nasceu na Pennsylvania. A mãe nascera na cidade mineira de Tamaqua. 
Lago Druskoni, Lituânia


Os pais eram pobres e, aos 16 anos, Charles Dennis Buchinsky já trabalha numa mina.

Durante a Grande Guerra, em 1943, entra na Força Aérea e combate num bombardeiro, talvez num Tupolev, na Europa. 


Ao regressar, decide frequentar um curso de Arte Dramática. Em 1950, faz parte de um grupo de teatro em Filadélfia. 




Entra em muitos filmes famosos que todos recordamos. “Os 7 Magníficos”,  de John Sturges (1967), ou no filme de R. Aldrich, “The Dirty Dozen”, com actores maravilhosos, desde o “péssimo da fita” Lee Marvin, a Ernest Borgnine e Cassavetes...

Entra também nos "spaghetti western" de Sergio Leone, por exemplo no inesquecível: “Era uma vez no Oeste”!

Em 1974, recebeu um Oscar do Melhor Actor.


Ele era o herói que era sempre um “duro”. Foi Apache e cowboy, foragido e polícia,  mexicano e bandido, agente e soldado, e  fez sempre o seu papel com profissionalismo.
E mais, ainda: com simpatia!

Pensando em Ernest Borgnine (italiano de origem piemontesa) também recentemente falecido, lembro o que disseram dele os compatriotas do jornal italiano La Stampa: “Era il duro tímido”...
Ernest Borgnine

Também Charles Bronson era o "duro tímido" do cinema.

1 comentário:

  1. Nunca vi o filme que aconselha. Vou tentar arranjar porque gostei desta postagem.
    Beijinho e obrigada!:)

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