sábado, 25 de maio de 2024

Rebecca Makkai e “Os optimistas”

Rebecca Makkai, 2023

  Rebecca Makkai (1) é uma escritora americana de origem judaica. Nasceu em Abril de 1978, no Illinois, filha de pais húngaros, ambos professores e especialistas de Linguística. 
O pai, poeta, teve de fugir de Budapeste com a família - depois da "Contra-Revolução de 1956", que foi duramente reprimida pelo governo húngaro e pela União Soviética. (2) A mãe, Valérie Makkai,  é uma conhecida especialista em Fonologia.
 
Budapeste
 
Primeiro seguem para a Áustria e dali vão para a América onde, em 1963, recebem a nacionalidade americana.  Ali vai nascer Rebecca.

Habituada de criança a viajar com os pais, seguindo-os nas “conferências académicas”, a viagem leva-a cedo a observar ambientes diversos, pessoas, costumes e a ter uma grande “abertura” de olhar.

Estuda Literatura na “Bread Loaf School of English”e, em 2004, termina o ‘master’s degree’ - enquanto ensinava ao mesmo tempo numa Escola Montessori.

Começa por escrever contos, short stories que foram publicadas numa boa colecção: “As melhores 'short stories' americanas”. Em 2011, escreve o primeiro romance, intitulado The Borrower.
 
Seguiu-se o romance The Hundred-Year House, em 2015, e uma colectânea de “short stories”, intitulada Music for Wartime, em 2016. (3)

O romance The Great Believers sai em 2019. Recentemente – em 2023 - a autora publicou um romance policial, I have to some questions for you.

The Great Believers foi traduzido em português com o título de Os optimistas (4). É um romance duro de amizade e solidariedade. Fala de um grupo de amigos a viver em Chicago nos anos 80; mas a acção prolonga-se até mais tarde - em tempos e lugares diversos.
Chicago, a bela e moderna Chicago é uma das maiores cidades dos EUA, rica e famosa pela arquitectura moderníssima e pelos arrojados arranha-céus à beira do Lago Michigan.
Foi a primeira cidade a reconhecer a existência de “uma comunidade gay oficial”. E criou um bairro – o Boystown, afectivamente chamado “cidade dos rapazes” - no bairro que  fora East Lakeview
  
 o bairro de Boystown
 
O grupo de amigos de que Rebecca Makkai fala são homossexuais e Rebecca lembra essa amizade em tempos terríveis, de medo e  de morte. Tempos de peste - quando a SIDA, doença desconhecida e sem cura se alastra pela cidade. É esta a matéria do seu livro.  

Boystown foi o lugar onde se instalam as primeiras comunidades gay. Ali se reuniam e podiam viver sem humilhações e insultos. Num certo, é certo, isolamento mas adaptam-se, criam amizades e vivem longe  da crítica negativa da opinião geral e dos preconceitos dos tempos contra os homossexuais.  

O romance desenvolve-se em três momentos diversos no tempo e no espaço: 

- o primeiro passa-se, em 1985, em Chicago;

- o segundo relaciona-se com Paris da Primeira Guerra e dos anos 20 quando um dos personagens, galerista em Chicago, se propõe fazer uma  exposição de desenhos desconhecidas de pintores famosos daquela época.

- o terceiro, passa-se trinta anos depois em Paris - durante os atentados djihadistas de 2015.

A acção vai, assim, mudando no tempo e no espaço, passando de uma época para outra, conforme os capítulos. Cada capítulo tem apenas uma data. De início faz confusão porque andamos ora para a frente ora para trás. Por vezes são os mesmos personagens, por vezes aparecem outros.

 
 Paris, em 2015
 
O assunto é a história de Yale Tishman e dos que vivem no bairro Boystowné: uma história cheia de humanidade onde se cruzam sentimentos, vida e morte.
                                                        Chicago

Este grupo vai criar os seus círculos de encontro, os cafés, as discotecas. E vivem a vida. Não é surpresa que este colorido distrito tenha tantas lojas, bares, discotecas e teatros, galerias porque era uma comunidade que apreciava uma certa cultura de grupo, eram cultos, conviviam e divertiam-se.

 

Rebecca Makkai escreve sobre  pessoas de um tempo muito anterior ao seu mas com um entendimento extraordinário e uma capacidade de compreensão e de “compaixão” - palavra que não significa só “ter pena”.

 É mais do que isso, o sentido é mais complexo. Talvez valha a pena ir à etimologia da palavra, que tem origem no latim: “cum” e “patire” (sofrer) portanto, “sofrer com". O que equivale a dizer: "sofrer a dor dos outros". 

Sentir empatia e “sofrer com eles". Pelos olhos da autora, de modo bastante real, vamos conhecendo o grupo destes jovens.

É nos anos 80 e 90 que surge na América a mais brutal crise de saúde do mundo: a epidemia de SIDA e Chicago foi a cidade com maior percentagem de mortes no mundo. (5) Os homossexuais foram dos mais atingido e o número de mortes incalculável.

A epidemia alastra rapidamente e aparecem os primeiros casos de mortes. O espanto e o receio espalha-se no bairro Boystown. O grupo é atingido. O número dos que adoecem é tão grande que, a dada altura, já não podem pensar que “isso só acontece aos outros”...

Têm a consciência de que está a "acontecer a eles". O futuro aberto e cheio de promessas não vai existir. Apanhados brutalmente na teia, percebem que o futuro pode ser apenas a extinção do grupo e deles próprios.  

Nesse ano de 1985, Yale Tishman, director de uma galeria de Arte em Chicago,  estava a preparar uma exposição de pintura - uma oportunidade aparecida quase por acaso - de obras dos anos 20, desconhecidas  - quadros que viriam de Paris. 

Para a galeria é um grande passo em frente. A carreira de Tishman está a correr bem, o seu entusiasmo é enorme. E, subitamente, como uma maldição a doença começa a rondar à volta dele.  Yale vê os amigos adoecer e  morrer. 


Yale Tishman talvez possa ser o protagonista na primeira parte da história - mas os outros personagens são  tão importantes como ele nas suas variadas complexidades. Fiona, Charlie, Torrence são figuras que não esquecemos. Assim como Nora que pouco aparece mas deixa a sua imagem.

E quando Nico, um dos maiores amigos de Yale, adoece e morre ele revolta-se. Nico não podia morrer. Nico era brilhante e belo, era gentil e todos gostavam dele. Não merecia morrer.

 

O "plot" da acção, quanto a mim, é despoletado pela morte de Nico. E Nico vai ser até ao fim a personagem à roda da qual todos giram. Jovem e cheio de vida, não podia morrer. Perpassa pelo grupo um sentimento de espanto, um sentimento de incompreensão dolorosa e de medo.  

Desorientado, Yale interroga-se, desespera. Vê que o mundo deles e  a felicidade todos juntos acabara. Percebe que se vão afastar - por precaução, por medo do contágio, por medo da morte.

Inconsolável, interroga-se sobre o sentido da vida e o valor que se dá geralmente às coisas - quando o que conta é a consciência da fragilidade humana. 

E repete a sua indignação: como podia morrer Nico? Por quê Nico? Nico cheio de vida, alegre, inteligente, bom companheiro em tudo? Com um futuro brilhante na sua frente, que razão havia para Nico morrer?  

 "Nico não devia morrer", pensa. A vida perde o sentido que até então conseguira dar-lhe. Porque Nico era bom. A morte não fazia parte do plano das suas vidas.

E há o funeral de Nico. No hospital, já muito doente, pediu que fizessem um "encontro" depois da sua morte. Queria que estivessem juntos só para festejarem a amizade. 

Não queria tristezas, pediu que não chorassem. Apenas que se fizessem companhia uns aos outros nesse dia - e continuassem a ser amigos.

O grupo reúne-se em casa de Richard Campo.  Na festa de despedida, Fiona, a irmã mais nova de Nico, olha para os amigos e sente que tudo chegara ao fim.

Recorda a vida do irmão. A família abandonara-o e expulsaram-no de casa - tinha ele 16 anos - quando souberam que era “gay”. Os pais puseram-no fora de casa e  pagavam-lhe um apartamento para viver longe deles. Em Boystown. 

Só ela, miúda de onze anos, é que o ajudou sempre. Atravessava a cidade para ir a Boystown levar comida, tabaco, tudo o que podia. Recorda o dia em que o irmão é posto fora pelo pai. A mãe chorara mas cala-se e não faz nada - e "Nico era o seu menino".

"Como de repente tudo ficou para trás", pensa Fiona. "Tudo desapareceu, o que vamos fazer?" Nico não queria mais nada. "Nada lhe faria justiça, na verdade". Só os amigos. E ali estavam.

Ninguém sabe o que fazer e procuram esquecer-se a beber cubas-libres ao som de "Fly Me to the Moon", o último desejo do Nico. O ambiente é triste. Ouvem os Pink Floyd (6) num silêncio em que talvez ainda não haja saudade - apenas dor e  pasmo.  

O espectro da morte assusta-os. Bebem, calados, num meio adormecimento como se preferissem não estar ali. Nunca tinham pensado que podiam morrer. Eram jovens, julgavam-se eternos. E ninguém tem coragem para falar do amigo morto: "tudo perdera o sentido". 

Como Fiona, pensam: "E agora? O que vamos fazer?"
Inquietos, afastam-se como se quisessem evitar-se. Andam de um lado para o outro. Criara-se um clima de receio, de insegurança. Yale foge da sala e refugia-se num quarto, com um copo na mão. Continua a beber até o copo cair para o chão e ele adormecer.

Cada um tenta "divertir-se" ou, melhor, esquecer. Depois de muitas cubas-libres recordam velhas histórias de Nico. Riem-se mas o riso dura pouco, volta logo, premente, a tristeza e o medo. 

O disco acabara, não lhes apetecia beber mais e decidem sair.  Acabam por ir parar à igreja onde estava o corpo de Nico. Tinham combinado não ir ao funeral mas de repente mudaram de ideia. 

Talvez por causa da frase na participação da morte de Nico que se tinham decidido a ir.  Os pais tinham  escrito: "Apenas a família"... 

 A "família"? A que pusera Nico fora de casa, ainda adolescente, porque era “gay”?  A família que os quis afastar do funeral é a que não o admitira Nico em casa".  

A verdadeira família de Nico eram eles! "Não podemos deixar o Nico sozinho com eles!"

Ficaram em pé na Igreja lá atrás isolados mas debandam logo que podem. Só Fiona não vai com eles, vai ficar até ao fim para se despedir do irmão. 

Nunca mais nada será igual sem o Nico.

O tempo vai passando, tudo é rápido a passar - e cada vez o grupo é menor e se encontra menos vezes. Yale vive entre o medo da doença e a urgência de construir ainda o seu futuro. A galeria vai andando e a sua carreira também. 
A vida pessoal e social é cada vez mais limitada. Muitos amigos desaparecerem: uns fugiram de Chicago, outros morreram.  Sente-se sozinho e infeliz. Dos amigos fiéis, só restavam em Chicago ele, Fiona e poucos mais.

Continua a querer fazer a exposição do pintores dos anos 20. E é este o segundo momento do livro.  Yale consegue novos contactos com familiares da dona dos quadros não querem vender. Há outros negócios, outras compras e Yale encontra a que Nora, tia-avó de Fiona e Nicoe proprietária dos desenhos. 

Nora vivera a juventude no Paris da primeira Guerra e convivera com artistas famosos de quem fora modelo. São os desenhos desses artistas que Yale procura agora comprar. Mas Yale adoece gravemente e morre.

O terceiro momento da história passa-se trinta anos depois. Fiona vive  em Paris. Casara, tinha tido uma filha, o marido deixara-a. Fora com a filha para casa do velho amigo de Chicago, Richard Campo.  Richard, é hoje um fotógrafo considerado em Paris.

Richard participara na dramática crise que viveram. Foi o amigo em cuja casa tinham feito a festa de despedida a Nico. E o maior prazer dele em Chicago era fotografá-los por todos os sítios onde se reuniam - como se quisesse "fixar" alguma coisa que iria desaparecer. A ideia de Richard em Paris, trinta anos depois, é fazer uma exposição desses fotografias.

Deles resta Fiona, uma personalidade forte, com grande capacidade de amar. Essa capacidade de amar criara-a ela nos anos difíceis. Na altura, tinham-se afastado uns dos outros e ficou sozinha. Enfrentara aquelas três décadas ensombradas, sozinha, sem procurar ajuda. Isso fortalecera-a.

Vive angustiada. A filha entrara numa seita com o namorado. Fiona ignora que atitude tomar. O seu problema leva-a a repensar a vida e  a sua juventude traumatizada. 

Este momento engloba um acontecimento dramático. o momento em que surge um novo perigo - como o fora a Sida, a guerra de 14-18 e outro tipo de "mal" - onde predomina morte, incompreensão e o ódio: os atentados terroristas de 2015 em Paris. (7)

De facto no dia 7 de Janeiro de 2015 há um atentado à sede do jornal humorístico “Charlie Hebdo” que causou doze mortos entre vários caricaturistas conhecidos, entre eles o grande desenhador Wolinski. E cinco feridos graves.

 
sede do "Charlie Hebdo" 
 

Mais tarde, em 9 de Novembro de 2015, quando Fiona ali se encontra, nova onda de atentados. O primeiro é  ao grande atentado ao Estádio de França, antes de um importante jogo de futebol. A sequência passa por vários ataques: sabe-se que oito terroristas ligados à organização Estado Islâmico estão a atacar pontos diferentes da cidade, a promover ataques, com Kalasnikovas, metralhadoras e bombas contra civis franceses e estrangeiros.

atentado ao "Bataclan"
Mas o alvo seguinte vai espalhar o terror por Paris: o assalto ao "Bataclan", um Cabaret, onde se realizava o concerto do grupo de heavy metal americano, “Eagles of Death Metal”, liderado por Jesse Hughes, com a participação do grupo "Queen".

Horrível tragédia: vários reféns, alguns feridos, ficarão retidos durante horas; cenas de pânico, fugas pelas janelas. No total, 129 pessoas morreram e cerca de 350 ficaram feridas em Paris nesse dia.  (6)

(Por curiosidade, o grupo “Eagles of Death Metal” voltou a Paris no ano seguinte a convite de outro grupo, o famoso grupo irlandês "U2". Os que tinham estado no Bataclan durante o atentado de 2015 tiveram bilhetes grátis para assistirem ao concerto.)

 * * *

Trata-se de um romance de amizade, sim, e ao mesmo tempo de redenção face à tragédia da doença e da morte. Porque é de morte ou de ódio - guerras e acções que matam - que se trata também. 

Da fragilidade do ser humano, poderíamos dizer. Quantas fragilidades!

A leitura d'Os Optimistas absorve-nos emocionalmente e faz-nos “viver de perto” um período ignorado: o da tragédia humana que a SIDA representou. (5)

bairro de Boystown
 
A modo de conclusão, penso que, depois de o lermos, possamos imaginar melhor as esperanças, os sonhos, a ânsia de liberdade e a vontade de “igualdade” de milhares de “gays”. E imaginar a morte de tantíssimos rapazes na força da vida. Os tais “boys” que fizeram daquele bairro a sua única "casa" - A casa dos rapazes -  no bairro Boystown.

Não vou contar mais, desejo uma boa leitura. A mim agradou-me muito o livro. Rebecca Makkai faz-nos "viver por dentro" situações em que nunca pensámos a sério. Para isso é preciso ser um bom escritor.

*** 

      (1)Rebecca estudou na Lake Forest Academy e frequentou a Washington and Lee University de Inglês. Fez um bacharelato e tem o grau de B.A. (Bachelor in Arts), em Língua Inglesa. Mais tarde, recebeu um “Master degree” em Inglês, no College’s Bread Loaf School em Middlebury. 

(2)  Trata-se de uma revolta espontânea, em 1956, contra as políticas adoptadas pelo governo da República Popular da Hungria e pela União Soviética. O movimento dura de 23 de Outubro a 10 de Novembro. É reprimido violentamente. Muitos húngaros fogem nessa altura para a Europa.

(3) Depois desse primeiro romance, outro se seguiu, The Hundred-Year House, em 2015. E, em 2016, uma colectânea de “short stories” intitulada Music for Wartime.

(4) The Great Believers foi publicado em Junho de 2018, pela editora Penguin Books. Em Portugal sai em 2019 nas Edições  ASA. Em 2023 Rebecca Makkai publica um romance policial.

(5)    A falta de informação e de apoios do Estado para estes doentes de SIDA, os preconceitos associados à homossexualidade e a indiferença transformou essa epidemia numa “praga” em que os doentes preferiam esconder a sua doença a darem a conhecer as suas inclinações amorosas”.

    (6) a canção encontra-se no álbum "The dark side of the moon"

   (7) Reivindicados pela organização terrorista Estado Islâmico, instalada na Síria e no Iraque, os atentados de 13 de Novembro 2015 entraram para o rol dos mais sangrentos já perpetrados por grupos radicais islâmicos. Oito terroristas ligados à organização Estado Islâmico atacam pontos diferentes da cidade, com Kalasnikovas, metralhadoras e bombas, fazendo reféns.

NOTA: “O Optimista recebeu a Medalha Carnegie, foi finalista do National Book Award, ganhou o Stonewall Book Award e finalista do Prémio Pulitzer.

https://youtu.be/Pekn_PQ6Ikg?si=RSJK__D4CVjKAbrT

5 comentários:

  1. Parece ser um livro interessante.
    Gostei de ler o post, como sempre.
    Beijinhos e uma boa semana:))

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  2. Não te lembras, Isabel, mas foste tu que mo ofereceste por cauda do título: "Os optimistas"...Beijinhos

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    1. Pois foi, já não me lembrava!
      Tem um bom título. Ainda o hei-de ler.
      Beijinhos e continuação de boa semana:))

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  3. Seria interessante saber o que ela pensa e sente sobre tudo o que está a passar entre Israel e a Palestina.

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  4. Sinceramente não sei o que ela possa dizer. Não é assim tão simples dizer o que se pensa de um acontecimento tão controverso e tão antigo. Possivelmente, como pessoa honesta, achará que ver tantas vidas perdidas - para nada - é um pesadelo! Ela como judia pode pensar várias coisas...assim como nós claro. Mas não é assim tão fácil de responder... Podia dizer : "matar inocentes não tem desculpa" - eu e tu pensamos o mesmo, acho.
    Mas..não é não é por serem muitos ou poucos os que morrem dum lado ou do outro! A verdade é que estão a matar inocentes dos dois lados - e há uma coisa que é horrível : essas coisas horrendas não são uma questão de número! Morrerem 20.000, 30.000 ou morrerem 1.500 num só dia é igualmente indesculpável! E muito poderia ter sido evitado se não houvesse um Netanyhau louco de egocentrismo de um lado e um psicopata do Hamas do outro! Só um psicopata daria ordens e permissões que ele deu para matar e fazer a carnificina que fizeram : "Naquele ataque, era possível fazer tudo o que quisessem aos judeus! Não havia limites!" E de facto não houve... Beijinhos E ficámos sem saber o que diria a Rebekka Makkai!

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