domingo, 5 de fevereiro de 2012

Recordando Guildford: " Amelie", ou a vida é fabulosa!



 Esta música, “A valsa de Amélie” – e a banda sonora do filme “Le fabuleux destin d’ Amélie Poulain” (filme de Jean-Pierre Jeunet, 2001) – acompanhou-nos na estadia em Guildford.


Pouco a pouco, voltaram as imagens do filme. Um filme bom, com bons sentimentos, daqueles filmes que nos reconciliam com a vida e com os outros seres humanos, porque nos trazem de volta os sentimentos de confiança e de respeito, o “ouvir” os outros, o "sentir" os outros e querer ajudá-los.

E, com a música,  veio a figurinha de Amélie. A inocente Amélie. O seu olhar é puro. O seu coração também.
Vem de casa dos pais, nos subúrbios de Paris, para trabalhar num café de Montmartre, o "Café des Deux Moulins".

 Na casa onde fica encontra, por acaso,  uma caixa de metal cheia das recordações e dos segredos de um rapazinho. 

Pensa na pessoa que perdeu aquele bem –ela considerava que era um bem-, preocupa-se e não descansa enquanto não a encontra.
Calcula que deveria ter sido o filho dos antigos locatários que a deixara, esquecida, muitos anos antes. E que a deixara, sabe-se lá por quê.
 Informa-se e consegue saber quem ele era. Decide encontrá-lo!
E promete a si própria: se conseguir encontrar essa pessoa, e se ela se sentir feliz por reencontrar a caixa, ela, Amélie, vai procurar toda a vida ajudar a trazer a felicidade aos outros.

Procura-o por Paris.

Ninguém o faria, só AméliePoulain.

Quando o encontra, Dominique, o dono da caixa, comove-se e chora.
Espantado por alguém se ter preocupado a dar a volta a Paris, para lhe devolver uma caixa sem valor.
Amélie, por sua vez, surpreende-se por ver alguém chorar por uma coisa aparentemente tão banal.

Percebe que os pequenos gestos, as atitudes, as pequenas coisas são importantes. Há coisas simples que amamos, e teríamos pena de nos separar delas.

E a vida de Amélie ganha outro sentido, a partir daí. Vai ajudar os que puder, tal como prometeu a si própria.

O mundo de Amélie vai mudar, também.

Num tempo em que a generosidade e o cuidado com os outros já não vão existindo, na selva do egoísmo que tudo invadiu...

Que bom reencontrá-los!

6 comentários:

  1. Adorei esse filme.
    Tenho o CD com as músicas do filme e são todas muito bonitas. Gosto muito do CD.
    Beijinhos

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  2. Que pena que seja cada vez mais só no cinema que há gente assim... Também vi esse filme, e também me comovi!
    Beijos com saudades

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  3. Ai, o valor imenso das pequenas coisas!
    Uma vez reencontrei-me com a minha infância, mas de outra maneira, porque o passado não se pode remover sem estragá-lo.
    Algum dia conto-te.
    Besos

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  4. É verdade, pessoas assim vêem-se pouco: mas há! cada uma de vocês é uma pessoa assim... E as pequenas coisas são tão grandes!
    Há mesmo um "deus das pequenas coisas", creio que no budismo (?)...

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  5. Gostei muito deste filme e da música. Pouco depois de ter ido ver o filme, alguém especial ofereceu-me o CD com as músicas e agora ao ler isto, lembrei-me do filme e dessa altura.
    um beijinho
    Gábi

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