É um vampiro, o Nosferatu de Murnau, e de Herzog?
Para mim é só um eterno insatisfeito, prisioneiro de um corpo que não quer morrer...
Sede da beleza? Da juventude? Outro Fausto? E vem, na sombra da noite, procurar a beleza e a juventude que lhe fogem.
Isabelle Adjani, a "Bela", a "Vítima" escolhida
Recordo a imagem que me ficou sempre nos olhos: a do Nosferatu-Klaus Kinski. De Werner Herzog.
De mãos pousadas no corpo da mulher - que se vai sacrificar para salvar a cidade da peste, e o seu amor- com os dedos de longas unhas, bem abertos, o seu rosto é o de um menino sofredor.
Um menino que apoia na pele dela os lábios, suavemente, chupando o
sangue – a vida, a seiva e, com ela, a alma... Como a
criança mama no seio da mãe.
o Nosferatu, de Murnau
Talvez seja uma característica do humano...
F.W.Murnau
F.W. Murnau (1888-1931) e o "clássico" “Nosferatu, o Vampiro", (ou "Nosferatu e a Sinfonia dos Horrores"), 1922
Werner Herzog (1942), “Nosferatu, o Fantasma da Noite”, 1979
O teu relato pôs-me carne de galinha!
ResponderEliminarInocente sonhador o Drácula de Stoker e todos os outros? Menino insatisfeito e inocente como um
bébé mamando??
Uma característica do humano? Não me assustes!
Outro Fausto não, sabes bem que era outra coisa, tanto assim que afinal o herói de Goethe vai ao céu quando morre ( porque esse morre e tudo!)....
Beijinhos trémulos, que se me apagou a luz
AI !!!
O problema é que há - no humano - muito de vampiro... e não só aqueles de que fala Zeca Afonso...
EliminarE aparecem como inocentes criaturas, a mamar na mãe...
Hahaha! Rio-me porque não é bem assim, claro, e não tenhas medo do escuro porque eles vivem noutro mundo! (esperemos...) Mas era um pouco assim também, não era?
ResponderEliminarBeijinhos