Não posso deixar
passar o natal sem vir falar de livros... Volto e "re-volto" aos mesmos...
Tenho
duas minhas amigas especialistas em "policiais" que perguntam
se não escrevo mais sobre esse tipo de livros. Uma é uma italiana de Ravenna, a outra
é portuguesa mas prefere estar incógnita.
"Livros policiais!"
pediu-me uma. "Histórias e contos!", pediu-me a outra...
Aqui estão as minhas
ideias para este ano. Ainda vão a tempo de procurar amanhã...São os livros que tenho estado a ler nos últimos tempos
Cruzados, quero
dizer, alternados e dos géneros mais variados.
Volto a falar de
Daniel Silva, judeu de origem portuguesa, educado por família açoriana na
América e bom escritor de livros de suspense. Leio a Mensageira em que a
intriga, o inesperado revelam a violência do que hoje se passa pelos mundo em
que se afrontam os poderes do mundo, claramente ou sub-repticiamente. Apesar de
haver algo de “déjà vu” (em livros anteriores do autor), continua a prender-me. Bem, e não só a mim...
Descobri outro escritor, o americano George P. Pelecanos. Livros em que a violência e a dureza do dia a dia urbano prevalece. Houve quem lhe chamasse o Zola de Washington DC... exageros de publicidade, é claro.
Leio agora "Soul Circus" - com o detective privado Derek Strange- e "Down by the River Where Dead Men Go" (1995)- histórias do detective Nick Stepanos.
Mas vou falar de um
livro “novo” que me ofereceu-mo uma
amiga nos meus anos e que se passa noutras eras, à maneira do “Nel nome della
rosa, de Umberto Eco.
Chama-se "O mercador
de livros malditos" (1), de Marcello Simoni. Mistério e investigação levada a
efeito num convento, na Idade Média, entre.
O mistério mais
profundo, a chave o código desconhecido. Quem é a Santa Vehme? O Tribunal
Secreto? E os Videntes?
“Quarta-feira de
cinzas do ano do Senhor de 1205. Rajadas de vento gélido fustigam a Abadia de
San Michele della Chiusa”. Assim começa o romance.
E o mistério vai-se adensando, página a página. Como é que "eles" foram “descobrir”
Viviën de Narbonne, no seu refúgio num convento dos Alpes?
pintura de Mário Botas (que faria hoje 60 anos)
Ignazio de Toledo
será a próxima vítima? E como aparece Willalme? E o jovem Uberto?
A chave do domínio do
mundo onde se encontra? E o código qual é?
Marcello Simoni
Ambiente medieval, cruzes de Templários e armaduras de Cruzados, aventuras e bons sentimentos.
Do livro retive a leveza da escrita e o altruísmo de algumas personagens e a força da amizade. O que já não é mau...
(a propósito –mesmo fora
de propósito- lembro-vos um livro fundamental de Eco que fazia “razia” em
Itália há anos e continua a fazer. “Come se scrive una tesi di laurea”)
E, sempre, ler e reler
e comprar Simenon, Hartley Howard, Hammett e Chandler…
Boa leitura, neste Natal!
(1) Marcello Simoni nasceu em Comacchio, região de Ferrara, onde o autor
nasceu e trabalha como bibliotecário.
Trabalhou também como arqueólogo e é formado em Letras. Foi Prémio Bancarella 2012 e Prémio Literário Emilio Salgari. A tradução portuguesa é da editora Clube Autor (2011)
http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/489591.html
http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/489591.html
Parecem-me óptimas sugestões (só li livros dos autores mais antigos).
ResponderEliminarSe entretanto, não voltar a passar por aqui, vou aproveitar para desejar um Feliz Natal para todos, inclusive para o ratinho e o ouricinho :)
um beijinho grande
Gábi
Policiais... o que ando a perder!!
ResponderEliminarUm dia, quem sabe!!
Um beijinho terno.:))
os policiais são livros que nos levam à juventude aos livros de aventura. Descodificar o mistério é sempre aliciante.
ResponderEliminarMaria João mais uma postagem bonita de livros, sobre livros, de pessoas e de personagens.
Todos os ingredientes que precisamos para continuarmos a sonhar.
Beijinho de Natal feliz (no "finzinho").
Ana