Cansado, talvez, o coração parou de
bater.
Grande perda no mundo científico, “desapareceu uma das ícones da
investigação italiana”, clamam em La Stampa.
Eu diria mais, grande perda para a Humanidade onde aqueles que se
preocupam com os valores realmente “humanos”, que exigem a solidariedade, procuram a Ética
vão desaparecendo perante a força de arrasto do interesse "pessoal" e fácil, do ganho e da indiferença!
Antes dos anos 70 já ela militava no Movimento di Liberazione Femminile, lutando pela regulamentação do aborto, por exemplo.
Desde cedo, se especializou no estudo do sistema nervoso, e toda a vida se interessou pelo Homem e acreditou no futuro e na capacidade
inovadoras do ser humano, como na igualdade entre homens e mulheres.
“O seu contributo para a vida política e cultural da Itália
e a sua capacidade invulgar de acreditar no mistério da vida com os olhos
laicos e serenos de quem procura a verdade da razão, fazem dela uma figura
única.”
(Testemunho do Presidente da Câmara de Turim, Piero Frassino, onde Levi Montalcini vivera e onde recebera, em 1887, a cidadania honorária.)
(Testemunho do Presidente da Câmara de Turim, Piero Frassino, onde Levi Montalcini vivera e onde recebera, em 1887, a cidadania honorária.)
Perseguida durante os tempos de Mussolini, devido à sua origem judaica, impedida de estudar, a sua luta foi sempre a favor da liberdade, do saber, do conhecimento, da ciência.
Mas há pessoas que trazem com elas uma luz que nunca as deixa: esses não
procuraram os bens terrestres mas sim as conquistas da mente, não lhes interessa o corpo, mas aquilo a que os conduzia
o espírito: a descoberta, a ciência, o conhecimento.
Assim foi Rita Levi Montalcini. Como uma
estrela mais, ela vai brilhar no céu, esta noite, ainda antes do ano acabar...
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