CRISTO
"Quando
eu nasci, Senhor! já tu lá estavas,
Crucificado,
lívido, esquecido.
Não
respondeste, pois, ao meu gemido,
Que
há muito tempo já qu não falavas…
Redemoinhavam,
longe, as turbas bravas,
Alevantando
ao ar fumo e alarido.
E
a tua benta Cruz de Deus vencido,
Quis
eu ergue-la em minhas mãos escravas!
A
turba veio então, seguiu-me os rastros;
E
riu-se, e eu nem sequer fui açoitado,
E
dos braços da Cruz fizeram mastros…
Senhor!
Eis-me vencido e tolerado:
Resta-me
abrir os braços a teu lado,
E
apodrecer contigo à luz dos astros!"
José Régio, “Biografia”, Arménio Amado, Editor, Coimbra (2ªedição, 1939, “refundida, e muito aumentada com novos sonetos e um prefácio”, 1939, p.41)
Um Cristo crucificado nos nossos olhos
ResponderEliminarUma violência estúpida e desnecessária.
ResponderEliminarA violência e a destruição só trazem infelicidade.
Um beijinho e uma boa semana:)
Lindos o desenho e o poema.
ResponderEliminarBeijinho.:))
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ResponderEliminar~ Profundo, eloquente e belo, o poema do Poeta, seu amigo.
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~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~
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