A bomba – chamada Enadola - explodiu a 580 metros do chão. A ponte mais central da cidade foi o local escolhido onde explodiu a primeira bomba destruindo completamente os bairros habitados onde toda a gente morreu.
O Hospital principal da cidade desmoronou-se e dentro ninguém se salvou. Médicos, doentes e familiares.
Li na "Wikipedia". Depois de ter estado a ler o escritor Kenzaburo Oe de quem falarei depois - escritor japonês que, em 1994, recebeu o Prémio Nobel de Literatura e morreu no ano passado, em Março de 2022. (1) Licenciou-se em Literatura Francesa, em 1954, na Universidade de Tóquio e começou a publicar os seus primeiros textos, em 1957 - em revistas literárias.
Por causa dele tive curiosidade fui querer saber mais. Porque a bomba de Hiroshima caiu a cerca de 160 km da aldeia onde ele vivia com a mãe.
O escritor teve uma infância atribulada. Tinha apenas seis anos quando rebentou a Segunda Guerra Mundial que assolou o seu país. O pai morre em combate no Pacífico, em 1944. Tem dez anos quanto o Japão capitulou.
E em 1945, a bomba sobre Hiroshima cai a cerca de 160 km da aldeia na floresta onde vivia com a mãe.
Todas essas fatalidades incluindo o desastre nuclear inominável que lhe passou ao lado, transformaram Kenzaburo num activista convicto contra o nuclear.
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(1) Kenzaburo Oe nasce no Japão em Ose (hoje Hushiko) em 31 de Janeiro de 1935 e morreu no passado 3 de Março de 2022.
A história da loucura humana não tem limites, a crueldade de que somos capazes ultrapassa todos os perigos a que nos podemos enfrentar na vida.
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