sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bom dia! Com o grande Serge REGGIANI "Il suffirait de presque rien"...

É bom relembrar os que nos deram tanto!

"Actor, cantor,  poeta e pintor, Serge Reggiani nasce em Itália, em 2 de Maio de 1922 , em Reggio Emilia, zona vermelha da Itália.
Aos oito anos, seguindo na fuga o pai, judeu e antifascista, abandona a Italia e transferem-se para  França.

Em 1937, a vida muda, uma vez que é aceito no Conservatório das Artes Cinematográficas. Depois de conseguir o diploma, começa a interpretar pequenos papéis em filmes e no teatro que lhe permitem ingressar, em 1939, no prestigioso Conservatório Nacional das Artes Dramáticas.

Deixa, progressivamente, o teatro para se dedicar ao cinema. 

Em 1948, torna-se cidadão francês.
Apesar de nunca atingir o top na sua carreira de actor, triunfou no teatro, em 1959, com a sua interpretação que ficou famosa, na peça de Jean-Paul Sartre, Les Séquestrés d'Altona. Ou Les Trois Mousquetaires.

O seu temperamento dramático fá-lo ser amado pelos  autores existencialistas.  É um actor com uma presença e uma dicção incomparáveis. 

A sua carreira vai continuar, no cinema, onde é contratado por grandes realizadores como Marcel Carné (1942, Quand Paris s'endort), Louis Dacquin, Le Voyageur de la Toussaint (baseado num romance de Simenon), Jacques Becker (Casque d'Or com a belíssima Simone Signoret), Claude Autant-Lara, Evasione, 1943, na Paris ocupada, Comencini (Tutti a Casa, 1960, com Alberto Sordi), Claude Sautet, Melville (Le Doulos, 1964), etc.


A música absorve-o.  Distingue-se pela sensibilidade, delicadeza com que interpreta as suas canções, mesmo as mais “duras”: de “Sarah”, a “Les Loups”.

Encontra Moustaki, outro grande, le métèque, Judeu como ele, e trabalham juntos, trocando letras e canções: Le déserteur, Ma Liberté, Madame Nostalgie, Votre fille a 20 ans.
Reggiani canta Baudelaire ou Rimbaud, tal como canta Moustaki, Boris Vian ou Dabadie. Sempre com a mesma inteligência e intensidade.

(Desculpem se já falei dele. Às vezes apetece-me!)



Ah! Não esquecendo a  sua interpretação de Don Ciccio Tumeo, em Il Gatoppardo de Visconti, por insistência do realizador, em 1963, que ficou famosa. 


Um dos últimos filmes em que me lembro de o ver foi La Terrazza de Ettore Scola, 1980. Perfeito...




Canções de Reggiani para o fim de semana!


aqui, com a filha Carine Reggiani, em 2003-4, canta "Ma fille":

Reggiani com Patrick Bruel, "L'Italien"


1 comentário:

  1. Foi agradável ouvir. Não é uma voz que ouça com frequência.

    Um beijinho e um bom fim-de-semana! :)

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