segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O que fazem Mulheres... E gorilas!


Dian Fossey, americana, aqui representada por Sigourney Weaver

É sempre bom o momento de recordar o que fazem mulheres... E a coragem e dedicação a que sacrificam tantas vezes a vida.

Já Camilo Castelo Branco terá pensado nisso a fundo, porque um do seus romances se intitula exactamente "O que fazem Mulheres"...




Vou falar de duas mulheres especiais, duas mulheres que dedicaram as suas vidas a conhecer melhor e a "proteger" os gorilas e outros primatas: Dian Fossey, americana, e Jane Goodall, inglesa.

Chimpanzé pensativo

Rodin, o pensador

Chimpanzé pensativo

Dian Fossey, americana e Jane Goodall, inglesa


Dian Fossey

Dian Fossey foi uma zoóloga americana, que ficou conhecida pelo seu trabalho científico e de conservação (ou, melhor, protecção), dos gorilas das Montanhas Virunga no Congo e no Rwanda. 

Doutorou-se em Zoologia, em 1967, na Universiade de Cambridge.




Dian nasceu em São Francisco, em 16 de Janeiro de 1932, e morreu em 26 de Dezembro de 1985, assassinada. 


Trabalhou com Jane Goodall (nascida em Londres, a 3 de Abril de 1934), conceituada primatologista, etóloga e antropóloga Britânica que, ao longo de 40 anos,  se dedicou ao estudo dos chimpanzés.


Jane Goodall na Tanzânia


mãe e filho


Sobretudo, da sua vida familiar e social, especialmente na zona de Gombe, na Tanzânia. 
família de chimpanzés

Chimpanzés amigos, presos



Jane Goodall vive, ainda, em Londres. É bom saber que existem pessoas assim. 


Tanto ela como Dian Fossey se sacrificaram, abandonando a vida confortável da civilização, para ajudar seres que se aproximam do que foi a nossa herança biológica. 
Seres indefesos, capazes de pensar e de aprender e de se afeiçoar, destinados a ser chacinados pelo horror das sociedades que exploram as riquezas venham lá de onde vierem. 
Os gorilas são apreciados porque a pele é útil e porque das suas mãos enormes, depois de curtida, fazem cinzeiros, objectos de decoração vendidos a preço de oiro!

Dian Fossey escreveu, em 1983, um livro intitulado Gorillas in the Mist, que o inglês Michael Apted adaptou ao cinema em 1988, com uma fantástica Sigourney Weaver no papel de Dian Fossey! 
"Gorilas na Bruma" é um filme para rever! 
Penso que disse tudo, deixo-vos a expressão destas imagens (retiradas da internet, com o devido respeito). Do filme, algumas, da realidade outras.


Gorila pensativo





Mãe Gorila com filho às costas

Gorila, caçado e preso pelos traficantes

ficção...e Sigourney  Weaver


...e realidade... Dian Fossey

...ficção outra vez

...e realidade

O filme e o realizador:


Nota final: Deixo um apontamento, para perdermos as ideias de superioridade que alguns de nós "temos"...

Nós e os hominídeos...

"Os antropólogos dizem-nos que, se pudéssemos encontrar traços  dos nossos antepassados de há 100.000 ou mais anos atrás, veríamos que todos foram Africanos (Shipman, 2003). Em resposta às mudanças climáticas e abundância de comida, os mais antigos hominídeos migraram da África para a Ásia, a Europa, o subcontinente Australiano e, possivelmente, as Américas. À medida que se adaptavam aos novos ambientes, os antigos humanos desenvolveram diferenças que, medidas em escalas antropológicas, são recentes e superficiais. Por exemplo, os que viveram em África têm na pele pigmentos mais escuros –o que Steven Pinker (2002), psicólogo de  Harvard, chama “filtros solares para os trópicos”- e os que foram para norte longe do Equador criaram peles mais finas capazes  de sintetizar a vitamina D num sol menos  directo. No entanto, historicamente, somos todos Africanos."

6 comentários:

  1. Já tinha lido sobre o trabalho desenvolvido por Jane Goodall. Acho fantástico este espírito abnegado, que leva as pessoas a dedicarem-se a causas destas, que as leva a afastarem-se de tudo, do conforto...

    Chocou-me ler uma coisa que não sabia: não sabia que se utilizavam as peles de gorilas, para o que quer que fosse e sobretudo as mãos! Como cinzeiros! Acho horrível! Seria incapaz de ter algo assim, em casa. Sempre achei feios os troféus com cabeças de animais e animais embalsamados. Os animais devem ser livres e viver no seu habitat. Mesmo nos jardins zoológicos, fazem-me pena os animais presos num espaço tão pequeno.

    Gostei muito deste post. Aqui sempre aprendo algo!

    Um beijinho grande e boa semana!

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    1. Infelizmente, Isabel, o bicho homem tem muitos defeitos e um deles é a loucura do ganho e outra a falta de respeito pelos outros seres, humanos ou não...
      Mas felizmente já muito se faz com protestos, acções, e, sobretudo, trazer conhecimento!
      beijinhos

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  2. Impressionante mesmo!

    Beijinhos vou para Guildford na 4ª feira!!

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  3. "gorilas na bruma"
    dos filmes mais belos e impressionantes que vi
    daqueles que nunca se esquecem

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  4. São as vidas das pessoas fora de serie que nos justificam um pouco a todos como "raça superior"(!).
    Quando penso no assasinato de um gorila, é como se se estivesse a matar a nós próprios,impressiona-me muitíssimo.
    Então até logo, beijinhos!

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