Realizou-se
no fim de semana passado (1-3 de Abril), em Lyon, um acontecimento que já vai
na 12ª edição “Quais du Polar”: ou, melhor, em português, "cais dos livros policiais".
E o italiano Giancarlo de Cataldo, Carofiglio etc. Destes dois italianos nunca li nada, mas a minha amiga Nicoletta Trentin já mos aconselhara, em Veneza.
Muitas
páginas do semanário francês são dedicadas a este 'tipo' de leitura, por muitos (e mal) considerada uma literatura menor.
Leio algumas afirmações do editor Rivages/Noir uma das mais famosas editoras de policiais de classe.
François Guérif afirma: "é importante ‘elevar’ o género, com traduções boas". E bons autores, evidentemente.
Leio algumas afirmações do editor Rivages/Noir uma das mais famosas editoras de policiais de classe.
François Guérif afirma: "é importante ‘elevar’ o género, com traduções boas". E bons autores, evidentemente.
James Ellroy
Eles que foram os editores franceses do best-seller James Ellroy (mais conhecido pelo livro "A Dália Negra"), continuam a procurar bons escritores pelos mundo.
Foi o que ele tentou, procurando também capas
sugestivas: escolheu fotografias de certos filmes negros de Hollywood trabalhadas.
E continua: “Se este género ganhou, como se costuma dizer,
um título de nobreza, e mesmo que, em quatro romances vendidos, um seja
policial, a verdade é que o policial não
saiu ainda do gueto. Algumas elites olham-no de alto.”
Chandler e Hammett juntos uma vez (1936)
Eis um crime que ainda não foi resolvido!
"Já
muito ‘boas cabeças’ se abriram ao género ‘noir’", continua. Que é ?literatura', como a outra.
O género ‘negro’ que em italiano se chama amarelo- ‘giallo’- porque a primeira colecção da editora Mondadori tinha uma capa amarela: eram os Gialli Mondadori!
O género ‘negro’ que em italiano se chama amarelo- ‘giallo’- porque a primeira colecção da editora Mondadori tinha uma capa amarela: eram os Gialli Mondadori!
Sinto
a reticência em muitas outras cabeças, penso. Um género menor? Depende de quem o escreve e do que fala e com que intenção e sinceridade o faz. Como tudo o que é importante na vida.
No fundo, tornaram-se livros de intervenção, de análise de situações, de tentativas de explicação da 'realidade' violenta de hoje, da formas perversas de viver e de não saber viver- e de matar!
No fundo, tornaram-se livros de intervenção, de análise de situações, de tentativas de explicação da 'realidade' violenta de hoje, da formas perversas de viver e de não saber viver- e de matar!
Compreendo que nem todos gostem do
amarelo… Eu gosto!
No entanto, lembro André Gide que considerava Georges Simenon um dos melhores romancistas
do seu tempo.
Para os apreciadores do género, ficam aqui nomes a procurar!
Querida Maria João, sei que é uma falha minha, mas continuo a não ler policiais!
ResponderEliminarE tenho pena, pois acredito que iria gostar bastante.
Um dia...
Um beijinho amigo.:))
Cláudia querida, está no seu direito! Há tanta literatura boa para se ler e reler sem precisar de ir aos policiais! Eu vou, porque sempre gostei...Aos 10 anos, ia roubá-los na estante da minha mãe que também gostava.
ResponderEliminarEu gosto de policiais, embora, tal como a Cláudia, como o tempo é pouco, acabo por deixar este tipo de livros para "depois" e não leio. Tenho alguns na estante em lista de espera:)
ResponderEliminarUm beijinho grande:)
Gostava de gostar, ou melhor, de ter gostado...
ResponderEliminarBeijinhos
Não te preocupes Maria. Há tanta coisa boa a gostar na vida - e tu sabes bem! bjs
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