BANALIDADES
(...)
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"Não quero, não quero...
E a canga cai-me em cima.
Mas por que é que não hei de querer, que tenho
eu em não querer?
Rebelião, ambição?
Que veleidade!
Mais uns diazinhos, uns meses...
E tudo esqueço, adormeço, ou soterro.
A navette dos caminhos, a fatalidade dos passos,
Dos gestos, das distâncias...
Grandes poderes!"
Escreveu a grande Irene Lisboa (João Falco) em 1937. Tão actual, não é?...
Os (mesmos) poderes...
"Não quero, não quero...
E a canga cai-me em cima."
A revolta?
"Rebelião, ambição?
Que veleidade!"
Tudo passa, tudo esquece...
"E tudo esqueço, adormeço, ou soterro."
Oh, sim...os grandes poderes!
"A navette dos caminhos, a fatalidade dos passos,
Dos gestos, das distâncias...
Grandes poderes!"
Como tudo é sempre tão actual, nela!
Dá que pensar!
ResponderEliminarGostei muito da pintura que escolheu.
Um beijinho e boa semana :)