quarta-feira, 4 de junho de 2014

Como não me revoltar e falar? O anti semitismo mata ainda no Velho Continente!



Como não me repetir? Como não me indignar?

Repito: os actos  de racismo – de anti-semitismo, neste caso- são imperdoáveis!

A editorial do jornal Le Monde di-lo claramente (hoje) e ainda bem!

“No início do século XXI, matam-se homens, mulheres e crianças pela única razão de serem judeus. Não se trata de uma violência indiscriminada, cega. São agressões marcadas, precisas, perpetradas contra vítimas escolhidas pelo que são – e não pelo que fizeram ou pelo que poderiam ter feito.



A verdade do atentado cometido no sábado passado, em Bruxelas contra o Museu Judaico está aqui em toda a sua brutalidade e na trágica simplicidade. Na véspera das eleições para o Parlamento Europeu, na “capital” da União Europeia, a poucos dias do aniversário do Desembarque, em Junho de 1944, etapa crucial da derrota do nazismo, o anti semitismo mata ainda no Velho Continente.”
João Navarro Hogan (*)

Outras vozes se juntam a esta, no mesmo protesto. Contra este Anti-semitismo primário, claro.

Um “assassino” programado para matar, entrou, no Museu Judaico, um belo edifício, nos Sablons, em Bruxelas.





o assassino a entrar e a sair...


Entra para matar judeus… E mata quatro: dois turistas israelitas que tinham vindo festejar o aniversário de casamento; uma senhora de origem polaca que trabalhava como “benévola”; e um jovem empregado no museu que, hoje, vegeta, no hospital, em morte cerebral. Judeu, também.


flores para um massacre, Museu Judaico


Mata, calmamente, ordenadamente, e sai sem se apressar muito, quase tranquilo. Desaparece na bruma. Vai reaparecer - e ser apanhado quase por acaso- em Marselha onde chegara de autocarro, vindo de Amesterdão. 


Mehdi Nemmouche, presumível culpado

Foi preso como suspeito e presumível autor dos crimes. Chama-se Mehdi Nemmouche.

Estes terroristas do século XXI viajam muito, dissimulam-se, confundem as pistas. Têm apoios? Com certeza.

Indignarmo-nos? Como não? É indesculpável! Vergonhoso! Nojento! Bárbaro! Ninguém merece isto! 

Há cerca de 2 anos (no dia 19 de Março de 2012), em Toulouse, outro assassinato semelhante aconteceu, à entrada de uma escola judaica, às 8 da manhã, quando pais e filhos estavam à entrada. 





diante da escola uma criança chora


Desta vez, o alvo serão crianças da escola hebraica Ozar Hatorah: morre um professor e 3 alunos. Uma menina grita e procura fugir - e o assassino agarra-a pelos cabelos e dá-lhe um tiro na cabeça. Lembro-me...


incompreensão, desespero, dor...

"As quatro vítimas mortais são um professor de religião, de 30 anos, e seus dois filhos, de seis e três anos, bem como uma outra criança, de dez anos (...) Um adolescente de 17 anos ficou também gravemente ferido", refere o jornal Público (**), na altura.


imagem de desespero, no dia do enterro (20/03/2012)


“Antes de analisar”, continua o editorialista, “devemos “descontextualizar”, e não tomar em conta senão estes dois casos factuais – o de Bruxelas e o de Toulouse- para lhes dar todo o seu significado: o regresso de uma “judeofobia” mortífera, o ódio no estado puro que é o anti-semitismo.”


polícia científica em Bruxelas


O assassino de Toulouse foi um jovem francês, de origem magrebina, ligado à mouvance djihadista, chamado Mohamed Merah. Acaba morto pela polícia francesa, que o encontra e cerca. Matara dias antes desse atentado dois soldados, um dele  de origem magrebina como ele.

Merah passou pelos campos de treino militares. Treinando-se para ser terrorista:  na Síria, no Iraque? ou na Líbia? 


Todos ele terrenos "minados" pelo terrorismo do falso "islamismo". 

Os árabes e o islamismo foram - e são- gente de cultura, espíritos abertos que souberam durante a Idade Média salvar tudo o que os grandes filósofoe e matemáticos gregos deixaram, numa época de "obscurantismo" e atraso do Ocidente.


Mohamed Merah

O mesmo esquema, o mesmo “perfil” - diriam os detectives da série Criminal Minds. 

A realidade aproxima-se da ficção ... O mal banalizou-se. O racismo também.

Dizia -e bem- Virginia Woolf: "a capacidade do espírito humano é ilimitada, a vida é infinitamente bela e repugnante, os nossos semelhantes são adoráveis e nojentos, a ciência e a religião têm destruído a fé."

Sim, mentes criminosas e repugnantes, e com o mesmo perfil: jovens perdidos, sem rumo, que passam acidentalmente pela cadeia, acusados de pequenos delitos, e, ali, encontram alguém que lhes faz a lavagem ao cérebro. E são “recrutados” -na prisão- para a Guerra Santa – o djihad. Uma cadeia de morte e destruição, a começar pelas vidas dos próprios carrascos.

Todos viajaram pelo Oriente, Afeganistão, Síria, Iraque, e voltam ao seu país de origem, através de longos périplos por países asiáticos até chegarem à Europa. Para despistar. Tudo isso significa somas de dinheiro que, à partida, eles não têm.

Vão treinar-se em campos militares, na Síria, com elementos do Al-kaida e de outros grupos terroristas e fundamentalistas muçulmanos.

Regressam à Europa, como “lobos solitários”, sem contactos ou com poucos apoios logísticos. 

Em nome de um princípio que não existe no Corão - que, segundo afirmam os que conhecem, é, quando interpretado correctamente, um livro de amor- vem matar os “infiéis”.  




 judeu numa Sinagoga, de Alex Perez

Sobretudo os infiéis judeus! Há anos que isso acontece. Há séculos que aconteceu...

"O judeu", do pintor israelita Dorin

o pintor Naussbum que esteve em Auschwitz


Feras largadas na natureza, com liberdade para matar. De preferência, judeus! E ninguém pare ce espantar-se...


 humorista francês, Plantu: Título:"França, a tua bandeira pirou-se!

Felizmente, a comunidade muçulmana de França começou a reagir porque não quer ver-se em amálgama com esse extremismo assassino. 
Imagens do Islão, Alhambra em Granada 

Condena, pois, estes atentados e estas mortes que vão ao invés do que ensina o Islão verdadeiro. 


(*) as imagens são pormenores de uma gravura de Hogan que se intitula "Tentações de Santo Antão"

(**) “Testemunhas oculares afirmam que um homem abriu fogo sobre as pessoas que se concentravam à porta da escola Ozar Hatorah, numa altura em que os pais deixavam os seus filhos no estabelecimento de ensino.

As quatro vítimas mortais são um professor de religião, de 30 anos, e seus dois filhos, de seis e três anos, bem como uma outra criança, de dez anos, indicou o procurador da República Michel Valet. Um adolescente de 17 anos ficou também gravemente ferido.

O ataque ocorreu pouco depois das 8h, numa altura em que os alunos daquele colégio-liceu – frequentado por cerca de 200 crianças e adolescentes – e respectivas famílias se concentravam à porta do estabelecimento de ensino, que fica numa zona residencial.

O atirador de Toulouse “disparou contra tudo o que tinha à frente, crianças e adultos, e algumas crianças foram perseguidas no interior da escola”, disse à imprensa o procurador Michel Valet.” 
(in Público, Mundo)

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1 comentário:

  1. Gente fanática e espíritos tacanhos, que julgam que são os donos da razão!

    Um beijinho :)

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