A grande romancista Jane Austen (1775-1817)

Jane Austen nasce em 16 de Dezembro de 1775 no Hampshire, no presbitério de Steventon onde seu pai, George Austen, era pastor, e morre em Winchester, em 1817.

Vive grande parte da sua vida nessa região de Inglaterra, com os pais, seis irmãos e uma irmã, Cassandra, com quem tem uma relação de amizade e intimidade enorme. Na infância ela e os irmãos liam muito, representavam peças que o próprio reverendo Austen escrevia para eles e grande parte da sua educação foi feita em casa.

As suas obras literárias deram ao romance inglês o primeiro impulso para a modernidade. Os seus romances tratam de pessoas comuns, do seu quotidiano banal, das suas ambições, fraquezas, com aguda percepção psicológica e um estilo de uma ironia subtil.

Filha de um pastor anglicano, toda a sua vida se passou no seio de um pequeno grupo social, formado pela aristocracia rural inglesa.

Aos 17 anos, escreveu seu primeiro romance, Lady Susan, uma paródia do estilo sentimental de Samuel Richardson.

O segundo livro, Pride and Prejudice (1797), é, sem dúvida, o mais conhecido, embora, inicialmente, tenha sido pouco apreciado pelos editores.

Depois publicou o romance Sense and Sensibility (1811), com 36 anos, cujo sucesso levou à publicação, ainda que sob pseudónimo, de obras anteriormente recusadas.
Vieram ainda outros grandes sucessos como Mansfield Park (1814), ano em que começa a escrever Emma (1816) um romance mais sério, talvez com mais serenidade, mantendo porém a ironia que sempre a caracterizou.

As outras obras Persuasion e Northanger Abbey, são já publicadas depois da sua morte.

As suas qualidades de romancista revelam-se na grande capacidade de criar personagens "vivos", e reconstituição de ambientes, para o que recorre não só à observação como à análise psicológica arguta.

A crítica considerou-a a primeira romancista moderna da literatura inglesa.

Dizem que a sua vida foi caracterizada pela "ausência de acontecimentos importantes", mas se isso fosse verdade; se nada ocorreu que pudesse perturbar a sua existência, a verdade é que, apesar de tão pouca vivência, reduzida a um convívio social restrito e, apesar de ter vivido sempre em pequenas cidades do interior da Inglaterra, Jane Austen possui uma visão extraordinariamente cosmopolita e um grande conhecimento da natureza humana...

Torna-se numa cronista perfeita da sociedade da época.

Sociedade que não é a mera sociedade rural típica inglesa, estável, conservadora, e mas é, sim, uma sociedade burguesa: um mundo em que, arbitrariamente, algumas famílias nadam em dinheiro recentemente adquirido, enquanto outras lutam para manter o pouco que possuem.
Com percepção aguda dos factos e com o seu estilo pacífico, sereno e equilibrado, Jane consegue reconstruir nos romances essa sociedade, essas personagens, através de um trabalho minucioso e utilizando uma subtil mas cáustica ironia.

Não se afasta da sua região excepto para irem viver uns tempos em Bath.

No entanto, quando o pai morre, Jane, a mãe e Cassandra vão viver para uma casa cedida pelo rico irmão Edward, em Chawton, próximo de Winchester, no sul da Inglaterra.

No início de 1817 Jane começa a escrever outro romance, Sanditon, mas poucos meses depois adoece, vitimada por uma complicação pulmonar, e vê-se obrigada a ir viver em Winchester para se tratar.

Porém, a doença de que sofre é grave (possivelmente seria a doença de Adison, mas ainda hoje o problema é discutido) e avança rapidamente e causando-lhe grande sofrimento.

Morre nesse ano, em 18 de julho, aos 41 anos de idade.

Cassandra, a irmã bem amada, esteve sempre ao seu lado.

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Existe, em Inglaterra, "A casa-museu Jane Austen" que é, hoje, um museu independente administrado pelo "Jane Austen Memorial Trust".

Consiste numa casa em estilo arquitectónico Georgiano, situada na pequena localidade de Chawton, nos arredores de Alton no Hampshire, (a cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Londres).

Foi a ultima morada de Jane Austen, que viveu ali, entre 1809 e 1817, com sua mãe e a irmã Cassandra.

Nesta casa, Jane Austen trabalhou na revisão dos manuscritos de "Sense and Sensibility", "Pride and Prejudice" e "Northanger Abbey", e escreveu os romances "Mansfield Park", "Emma" e "Persuasion" nessa casa.
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Adaptações cinematográficas das obras de Jane Austen:

Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice")

A primeira adaptação ao cinema é feita pelo realizador Robert Z. Leonard, em 1940, com Greer Garson e Laurence Olivier nos papéis principais.
Venceu o Oscar de Melhor Realização de Arte em 1941.
(ver a imagem acima)

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Em 1995 é adaptado para a televisão, pela BBC de Londres, tendo a actriz Jennifer Ehle, como Elizabeth Bennet, e Colin Firth, como Mr. Darcy.

Esta mini série inglesa é considerada por muitos como a melhor adaptação do livro quer para televisão como cinema.

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A adaptação mais recente é de 2005, e tem no elenco Keira Knightley, no papel de Elizabeth Bennet, Matthew Macfadyen, Rosamund Pike, Jena Malone, o grande actor Donald Sutherland (o pai de Elisabeth), Brenda Blethyn, entre outros.

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Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility)

Há cinco adaptações do romance, sendo a mais conhecida a versão cinematográfica de 1995, dirigida por Ang Lee. Contou no seu elenco actores como Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant e Alan Rickman. Ganhou o Oscar de "Melhor Roteiro Adaptado", em 1996.

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Emma

Há várias adaptações deste romance, mas a mais conhecida é a de 1996, dirigido por Douglas McGrath e estrelado por Gwyneth Paltrow, James Cosmo, Alan Cumming e Toni Coll.