É o nome da biografia –de Adam Zamoyski, “Chopin: Prince of Romantics”- que saíu há pouco em Inglaterra sobre o compositor Frédéric Freançois Chopin.
No dia 22 deste mês, segunda-feira, passa o bicentenário do nascimento de Chopin.
“Nunca escreveu uma peça musical má, tal como Sebastien Bach e Claude Debussy”.
Baseio-me nesse artigo em tudo o que se refere à tal biografia que ainda não li, mas vou comprar.
Zamoyski fala da “sua personalidade instável, tímida, doentiamente individualista cuja educação impecável, a modéstia e humor efervescente alternavam com petulância e mania de mandar...”
"Teve grandes e leais amigos (como Lizt), mas a sua vida amorosa foi uma saga deprimente de paixões irrequietas".
E Chopin dizia de si: “Quando se trata dos sentimentos eu fico sempre em síncope...”
Georges Sand, mais velha, sente-se cativada “por essa criaturinha angélica”.
"Chopin sai dela fragilizado, a sua falta de saúde torna mais forte o trauma emocional.
Sofre de frequentes infecções, ansiedade, dores de dentes, gripes, culminando com a tuberculose. Faltam-lhe as defesas, o organismo ressente-se. "
Mas “infortúnio dos artistas, e dos génios esse estado doentio, de mal-estar constante, deu-lhe mais tempo para se dedicar à sua arte."
Em 1848, abandona Paris, fugindo à dificuldade política do momento e refugia-se em Inglaterra e na Escócia. O cansaço das viagens e o stress fazem-no sofrer, enervam-no.
Perguntava, desesperado:
“Por que razão Deus não me mata?”
Regressa a Paris, a situação de saúde deteriora-se rapidamente, começa a cuspir sangue.
Morre, triste e só em Outubro de 1849, dizem que dando "suspiros de partir a alma".
É dele a frase: “O tempo é o grande crítico”.
Creio que o tempo que passou e julgou–duzentos anos são suficientes. Chopin continua a ser apreciado.
E Chopin ficou, para sempre, como um grande artista, um compositor que nos ajuda a sonhar, que nos acompanha no nosso pousar os pés na terra, quando é mais doloroso deixar a poesia, e será amado. Never forgotten, nunca esquecido!
(*) The Economist da semana de 6 a 12 de Fevereiro, com o título: “Never Forgotten” é citada a Biografia: Chopin: Prince of Romantics (Harper, 365 páginas, 12,99 £)
(**)A Fibrose Cística (ou mucoviscidose) é uma doença genética autossómica e engloba-se num grupo de patologias denomiadas D.P.O.C (doença pulmonar obstrutiva crónica) que se caracterizam por haver uma obstrução crónica das vias aéreas, diminuindo a capacidade de ventilação.
Estou-me a converter na sua incondicional anónima...Nâo sigo mais blogs,prefiro qualidade a dispersâo.Chopin foi muito infeliz,é desejável nâo ter de sofrer tanto para ser um génio.Wagner teve uma vida mais afortunada,que nâo o impediu de compôr Tristâo e Isolde,considerada a obra romântica mais romântica de todos os tempos.Vivam os românticos e vivamos nós!!Beijinhos,Maria
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