sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Livros, sempre...




Anónimo disse...
"Não lhe interessaria falar um pouco de si mesma, isto é, da vida, mas através dos seus próprios olhos e das suas próprias experiências?Gosto dos seus gôstos,mas nâo tenho tempo já para falar de literatura,prefiro escutar o que as pessoas interessantes como você têm para aportar da sua própria colheita."


Agradeço que me achem interessante o suficiente para falar mais de mim e do que aprendi. Não é falsa modéstia, é pensar que se fala muitas vezes de mais de nós próprios. E, aliás, já muito falei nas minhas Histórias da Casa Amarela e outras...


Continuo a falar de Literatura... Mas obrigada, à mesma.

Comecei a "reler", nestes dias Rumo ao Farol, de Virginia Woolf. Já aqui falei dela e gostei de voltar a ler o livro com mais atenção agora. Às vezes difícil, sempre interessante. Com evocações extraordinárias, uma grande visibilidade das figuras (nas luzes e nas suas sombras, por dentro e por fora) e das paisagens: o mar, as ondas, o farol, as cores...
Mas não era de Virginia Woolf que vinha falar, mas sim do “livro” na tradução (muito boa) da Relógio d´Água.

Gosto de espreitar tudo dos livros e fui ver o que havia já publicado, naquela colecção. Fiquei agradavelmente surpreendida com a quantidade de livros (bons) publicados.
É sempre subjectiva a apreciação deste tipo, inútil dizê-lo.

O que é um “bom” livro para mim, pode não o ser para outros, claro. Mas, se eu não disser o que é bom, para mim, se evitar dizer aquilo de que gosto, para que serviria se quer falar, comunicar, estar para aqui a dizer o que digo?...
Por isso aqui estou a falar destes livros que "acho bons"!

Muitas das minhas antigas alunas, me vêm pedir de vez em quando, ainda hoje: "professora, diga-me alguns livros para ler em férias..."

Lá vou dizendo. Muitas vezes hesito, penso que se calhar não existe já a velha edição pela qual li esses livros, e não estou segura que os encontrem. E muitas deles (e delas) só lêem traduções. Fico agarrada a certos títulos que sei que existem.
Ou que existiram...
Hoje deixo já aqui uma lista de bons (óptimos!) livros.

Não faço publicidade à editora (que até merece!!!), mas não posso deixar de falar dos livros dela!!! E da possibilidade real de os encontrarem na "Relógio d’Água".

Aqui ficam, para quem quiser...

Thomas Mann: A Morte em Veneza, O Cisne Negro
Joseph Conrad: Linha de Sombra
Scott Fitzgerald: Sonhos de Inverno, Este Lado do Paraíso, O Último magnate, Terna é a Noite, O Grande Gatsby
Alain-Fournier: O Grande Meaulnes
Katherine Mansfield: Viagem Indiscreta, O Garden-Party
Karen Blixen: Contos de Inverno, Novos Contos de Inverno, África Minha
Boris Vian: A Espuma dos Dias
Jack Kerouac: Pela Estrada Fora, Big Sur
Evelyn Waugh: Reviver o Passado em Brideshead
Truman Capote: A Harpa de Ervas, Outras Vozes, Outros Lugares
Malcolm Lowry: Debaixo do Vulcão
Irish Murdoch: O Mar, o mar
J.D. Salinger: Franny e Zoeey
Carson Mac Cullers: A Balada do café triste
Italo Svevo: Senilidade
Clarice Lispector: Perto do Coração Selvagem
Virginia Woolf: A Casa Assombrada, Mrs. Dalloway

2 comentários:

  1. Achei curioso que cite no seu perfil a Jacques Brel ou O Monte dos Vendavais.Se ainda continua a ser uma romântica,fiel àqueles tempos da inocência,tem a minha mais sincera admiraçâo."Ne me quittes pas",por favor!
    Uma anónima muito gastada

    ResponderEliminar
  2. Querida anónima! Nunca se deve abandonar, nem desistir do que é a nossa verdade, nem as modas: a não ser que nos agradem e sejam verdade em nós! Como os Beatles, os Pink Floyd,o foram, ou hoje, ainda, tantos outros "novos". Mas o Jacques Brel é uma dessas coisas boas e verdadeiras. E é eterno!

    ResponderEliminar