Tal como o professor de "Adeus, Mr. Chips" do filme - tirado do romance homónimo de James Hilton-, e realizado por Sam Woods, com a bela ruiva, Greer Garson.
Para chegarmos ao magnífico, poético, terno e dramático filme "A Sociedade dos Poetas Mortos" (1989), do australiano Peter Weir, com Robin Williams, o professor que todos os professores/as gostariam de ser!
E que tanta nostalgia - e certa amargura- nos deixa.
Ou outros professores, na vida real,dura e crua de São Tomé, como o Professor João, que ensina na Escola do Riboque e ensaia os seus alunos no "Tchiloli", verdadeiro "entertainer" e cenarista...
E tantos dos meus amigos professores que se esforçam, lutam, e não desistem! A Isabel, a Luísa, a Helena, a Ana, a Amélia, a Alexandra (outra aluna)!
Diz, pois, Philippe Claudel:
“Deveríamos venerar os que transmitem o saber. E a coisa mais importante da história do mundo: não há humanidade sem essa transmissão. Quando uma sociedade não é capaz de reconhece o papel civilizador da educaçãp, e de compreender que tal função é essencial e que se deve exercer em condições satisfatórias, anda às avessas...”
De facto nos dias que correm em que a escola “deve” absorver todas as funções –de transmissora de saberes a educadora- são eles que ajudam a crescer os seus alunos, adolescentes que se interrogam, procuram respostas, querem saber mais, têm dúvidas e exigências.
Ou não têm nada destas curiosidades, e pouco lhes interessa estar ali, pintam as unhas, dizem "que seca", baixinho, e só esperam que a campainha toque...
Segundo a minha experiência e de tantos outros professores, esta é uma minoria!
E existe desde que o mundo é mundo...não piorou. Sou optimista!
Há os outros que julgam que sabem tudo, ou acham que eles é que têm razão. E os pais deles muitas vezes pensam o mesmo.
"Na sala de aula - continua- quem sabe é o professor e não o aluno. (...) Não é pelo facto de se navegar pela internet ou ver programas de divulgação na televisão que o aluno passa a saber tanto como o professor...”
Além de “sabedor”.
Tarefa evidentemente dura e difícil.
Tanto mais que o número de professores diminui, as turmas aumentam o número de alunos.
E os tais professores têm -quantas vezes- de andar de terra em terra, ou "cair" no desemprego... e emigrar. Qualquer dia vêmo-los trocar com os emigrantes ucranianos, na busca de um lugar ao sol!
Coragem, Professores!
Mais sobre Philippe Claudel: http://www.guardian.co.uk/books/2011/may/01/monsieur-linh-child-philippe-claudel-review
Obrigada por este magnífico post.
ResponderEliminarUm beijinho grande
MJ Falcão
ResponderEliminarObrigada pelo incentivo! :)
beijinho
Também sou professora, também me comovo sempre com as pequenas vitórias dos meus alunos, mas também me apetece, cada vez mais, fugir da minha profissão... Não é ser pessimista. É ter de enfrentar uma realidade absurda que dói, e dói, e dói.
ResponderEliminarBeijinhos
Luísa
Só quem passou por uma sala de aula pode falar assim...
ResponderEliminarParabéns pelo post!
Que bom ouvir a vossa voz! Nenhuma palavra se perde, já dizia André Gide...
ResponderEliminarEu também fui professora (pouco tempo, há muitos anos). Pelo que ouço e leio, as coisas mudaram muito, espero que algumas para melhor. Entre as que foram a pior, parece ser que está a falta de respeito dos alunos, como no filme do maravilhoso Sidney Poituer, e a atitude dos pais, que nâo sabem educar os filhos nem colaborar com os professores nessa difícil e no entanto apaixonante tarefa.
ResponderEliminarUm beijo grande
O Magistério é uma Profissão que exige o Dom mais do que qualquer outra! Até porquê vem deste Profissional a Formação Moral e Intelectual não apenas do Cidadão, mas, ainda, de outros Profissionais de significação tão importante quanto aos da Educação! Lembremos dos Médicos!
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