Alice, ilustrações de John Tenniel
Charles Lutwidge Dodgson - mais conhecido pelo pseudónimo de Lewis Carroll. nasceu em Daresbury, no dia 27 de Janeiro de 1832, e morreu em Guildford em 14 de Janeiro de 1898.
a Ponte dos Suspiros, em Oxford
Ficou
conhecido pelos dois livros: Alice no país das maravilhas e Alice através do espelho.
desenho de John Tenniel
as meninas Liddell, fotografadas por Lewis Carroll, 1859
Alice Liddell, em 1872 (fotografia de Cameron Pomona)
De
facto, preferia a companhia das crianças e gostava de lhes contar histórias e
de as fotografar. Lewis foi um bom fotógrafo cuja "arte" estudou com o amigo Reginald Southey.
Lewis Carroll, auto-retrato fotográfico
Reginald Souyhey, fotografia de Lewis Carroll
Criança,
Lewis Carrol fazia ilusionismo, brincava e inventava histórias com marionetes.
Uma imaginação sem limites e a atracção pela infância que não quer deixar para
trás são as suas características maiores.
Alice no País das maravilhas, filme de Tim Burton
O mundo "encantado" que se não se quer perder!
Como Georges Bernanos que não
queria “perder a criança que existia dentro dele”;
Ou J.D. Salinger e a sua recusa de crescer para não ficar como os outros, "apenas velho";
Ou Tomaz de Figueiredo e o seu mundo perdido, no belo conto “O Muro Amarelo”;
Ou Branquinho da Fonseca, "capitão" e os seus “piratas”, no livro "Bandeira Preta"...
Ou J.D. Salinger e a sua recusa de crescer para não ficar como os outros, "apenas velho";
Ou Tomaz de Figueiredo e o seu mundo perdido, no belo conto “O Muro Amarelo”;
Ou Branquinho da Fonseca, "capitão" e os seus “piratas”, no livro "Bandeira Preta"...
E
quantos mais?
De
modo diferente, claro, pessoal: outra poesia, outra história, a escolha de uma
forma de deformação. Ou de alegorias...
“Alice
no país das maravilhas” tem um grande sucesso, ao ser publicada, em 1865.
Lewis Carroll começa a interessar-se mais pelos ambientes
intelectuais e pela vida dos artistas
que o rodeiam.
Durante anos é amigo da actriz shakespereana Ellen Terry: Dame Ellen Terry, pois foi galardoada com a GED: Grand Cross of British Empire.
É considerada a melhor intérprete de Shakespeare, de todos os tempos.
Dame Ellen Terry, por G.F.Watts, seu marido
George Frederick Watts, auto-retrato quando jovem
Foi amigo de George Frederick Watts, marido de Ellen Terry, pintor simbolista inglês.
George Frederick Watts
Aproxima-se do Círculo dos pintores Pré-Rafaelitas.
Conhece Dante Gabriel Rossetti, o pintor, e torna-se íntimo da família dele.
Cria relações de amizade igualmente com John Everett Millais e William Holway Hunt.
Gabriel Rossetti, quadro de Watts
Ellen Terry, pintada por George Frederick Watts (1864)
"Mrs. G.F. W" (Ellen Terry), pintura de Watts (1888)
Terry e a irmã, pintadas por G.F.Watts
Ellen Terry, em "Macbeth", pintada por Singer Sargent
Encontra-se com John Ruskin em 1857 e tornam-se amigos.
Aproxima-se do Grupo de Brandbury de que faz parte a escritora Virginia Woolf.
E
continua a escrever. Em 1871, publica “Alice através do espelho”, continuação da primeira história.
Trata-se de uma espécie de reverso no espelho das histórias de Alice.
Alice trought the looking glass (1871)
Trata-se de uma espécie de reverso no espelho das histórias de Alice.
The Bargeman
Lewis
vai morrer em Guildford.Ali, não muito longe da bela escultura do Bargeman -cujo autor desconheço- , à beira do rio Wey, está a estátua de Alice mais a irmã, no chão, a lerem.
Alice acabara de descobrir o Coelho, e
perde-se na contemplação. A irmã fixa o livro, entretida na leitura.
Alice,
o Coelho Branco, as cartas de jogar no baralho louco, o Cavaleiro Branco e o Cavaleiro Vermelho do tabuleiro de xadrez.
A invenção desenfreada e a infância. O outro mundo. A outra face da realidade. A imaginação.
O deslumbramento da alma infantil.
O deslumbramento da alma infantil.
O fascínio da infância que Lewis Carroll queria preservar. “Nunca serei uma pessoa crescida!”, protestava ele.
Penso que, pensando nele, nas suas histórias, devemos ter a esperança de não perder a nossa ingenuidade "infantil", a nossa juventude de espírito!
Gostei de ler. Tem aqui imagens muito bonitas. Dá gosto ver.
ResponderEliminarVi o filme do Tim Burton (em 3D) e gostei muito.
Também quero conservar um pouco do ser da infância. Não quero ser "apenas velha". Recuso-me!
Um beijinho e obrigada por mais um interessante post.
Ó Isabel! Tu nunca serás velha! Não foste, não és, não serás! Tens a curiosidade e a abertura que impede a velhice de entrar!
ResponderEliminarbeijinhos
Subscrevo inteiramente as palavras da Maria João em relação à Isabel!
ResponderEliminarQuanto a Lewis Carroll, sou uma apaixonada. Tenho muitas edições e em várias línguas. Talvez um dia faça uma exposição... Adorei o post.
Um beijinho e saudades (muitas)!
Claro! Ela é uma eterna jovem!
ResponderEliminarFaça a exposição! É tão interessante tudo isto! Fiquei a saber muito mais...
Um beijinho e (muitas) saudades também!
"Realmente Alícia é uma revolucionária, não há nenhum aspecto do mundo victoriano que escape incólume ao seu olhar escrutador..." ( Jaime de Ojeda, no prefácio da edição espanhola que eu tenho, de 1970, e que me apeteceu reler agora, a raiz do teu bonito post).
ResponderEliminarTodos levamos dentro a criança que fomos e procuramos que não se destrua nunca o seu mundo glorioso e puro.
Beijinhos
MJ,
ResponderEliminarQue bom que regressou. Já não tem as três graças de Botticelli mas esta pintura dele também é bonita!
Gosto muito de Lewis Carrol e da sua Alice no País das Maravilhas. Tenho duas ou três edições diferentes da história.
Uma bela postagem onde os pré-rafaelitas têm lugar. Gostei de tudo e claro do Depp, também.
Fico feliz por ter resolvido o problema.
Beijinhos! :))