quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Homenagem a Alexandre O'Neill: Amália canta o seu poema "Gaivota"




Se uma gaivota viesse
 trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
(...)
Que perfeito coração
 no meu peito bateria,
meu amor na tua mão...

Alexandre O' Neill nasceu em Lisboa  no dia 19-12-1924 e morre em 21 de Agosto de 1986. Há quase 30 anos. Injustamente esquecido - ou abafado -como tantas vezes acontece- é uma voz poética pura que nos mostra a fragilidade das coisas e dos sentimentos. 
De "uma asa que não voa", de um "coração que (se perfeito) caberia na mão". E da transparência, da beleza do azul do céu de Lisboa.


Amália soube, divinamente, cantar este poema.

"Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse..."



"nesse céu onde o olhar
 é uma asa que não voa, 
esmorece e cai no ar..."



"Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração."

3 comentários:

  1. Gosto muito de ouvir a Amália, e esta é uma canção de e para sempre!
    As fotos são suas, Maria João? Estão lindas!

    Um beijinho grande:)

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  2. ~~~
    ~ Um belíssimo poema e uma excelente interpretação.
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

    ~~~~ Beijinho. ~~~~~~~~~~~~~~~~~
    ~ ~ ~ ~ ~ ~

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  3. Gosto muito deste poema. Gosto deste poeta.
    As suas folhas outonais são lindas.
    Beijinho. :))

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