Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
(...)
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão...
Alexandre O' Neill nasceu em Lisboa no dia 19-12-1924 e morre em 21 de Agosto de 1986. Há quase 30 anos. Injustamente esquecido - ou abafado -como tantas vezes acontece- é uma voz poética pura que nos mostra a fragilidade das coisas e dos sentimentos.
De "uma asa que não voa", de um "coração que (se perfeito) caberia na mão". E da transparência, da beleza do azul do céu de Lisboa.
Amália soube, divinamente, cantar este poema.
"Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse..."
"nesse céu onde o
olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no ar..."
"Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração."
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração."
Gosto muito de ouvir a Amália, e esta é uma canção de e para sempre!
ResponderEliminarAs fotos são suas, Maria João? Estão lindas!
Um beijinho grande:)
~~~
ResponderEliminar~ Um belíssimo poema e uma excelente interpretação.
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~~~~ Beijinho. ~~~~~~~~~~~~~~~~~
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Gosto muito deste poema. Gosto deste poeta.
ResponderEliminarAs suas folhas outonais são lindas.
Beijinho. :))