Quero falar hoje de uma actriz que muito admiro: Romi Soares. Conhecemo-nos há uns anitos (ano 2000), no Porto, na estreia da
peça de Manuel Poppe, intitulada “Os Amantes Voluntários” (*).
Que o grupo teatral Seiva-Trupe apresentou no
Teatro do campo Alegre, com uma bela e interessante encenação de Roberto Merino. Lembro a música "una
Romi Soares desempenhava o papel principal,
contracenando com Manuel Geraz, que tão cedo se foi embora desta vida e nos deixou saudades.
Uma noite inesquecível de amizade também porque muitos amigos foram até ao Porto assistir à estreia e foi um momento bom e faz bem recordá-lo!
Fui seguindo o percurso de Romi Soares. Da última
vez, vi-a numa peça de Beckett, difícil papel, em que só a voz dela se
ouvia. Mas a voz estava à altura! Tem uma voz cheia e quente que nos
atrai e nos leva com ela.
Porque Romi Soares tem uma qualidade muito importante:
entrega-se a tudo o que faz, com profundidade e sensibilidade. E
profissionalismo.
Encontrámo-nos há pouco tempo em nossa casa e foi
bom vê-la. O tempo passa, mas as amizades ficam. Coisas do Tempo!
Romi tem-se interessado, nos últimos tempos, pela divulgação da poesia de
autores pouco conhecidos.
Falou-nos dum CD que tinha gravado com poesias de
Samuel Pimenta. Pedi-lhe que mo enviasse. Intitula-se “O Relógio” e aqui o tenho ao lado!
O relógio que marca o tempo, as horas, os
minutos, os segundos.
O tempo bom, o tempo que nos atraiçoa, nos segue e nos persegue com a monotonia das horas, o vazio e a expectativa do momento seguinte, a esperança…
Tic-tac, tic-tac por vezes insuportável. Relógios antigos. Tempos modernos. Tempos eternos. Relógios sem tempo, momentos eternos...
O tempo bom, o tempo que nos atraiçoa, nos segue e nos persegue com a monotonia das horas, o vazio e a expectativa do momento seguinte, a esperança…
relógio da Catedral de Praga
Tic-tac, tic-tac por vezes insuportável. Relógios antigos. Tempos modernos. Tempos eternos. Relógios sem tempo, momentos eternos...
O relógio do tempo e “os seus tique-taques
intermináveis e iguais”. O seu peso.
relógio Big Ben, Londres
“Que vontade tenho de deitar o relógio à parede!”, ouço-a dizer, no CD.
Só que hoje os relógios...são infrangíveis!
Só que hoje os relógios...são infrangíveis!
Lindas, como sempre, as tuas doces palavras... E muito grata pela forma como me retratas. Um beijo enorme, de quem muito gosta de ti, que o mesmo é dizer, de quem muito te ama.
ResponderEliminarPost muito interessante! Gostei muito de ler e conhecer um pouco mais sobre a actriz.
ResponderEliminarGosto dessas fotos dos relógios.
Um beijinho grande.
Fui ouvir Relógio e interessei-me, como não, por essa bonita actriz e por todos os que referes. Não viver em Portugal é o que faz, também não conheço essa obra do Manuel.
ResponderEliminarEstás muito bem relacionada, não podia ser de outra maneira, inveja me dás! "De la mala", como se diz aqui...
Bom finde!