quarta-feira, 16 de março de 2016

Romi Soares, uma grande actriz do nosso Tempo!

Quero falar hoje de uma actriz que muito admiro: Romi Soares. Conhecemo-nos há uns anitos (ano 2000), no Porto, na estreia da peça de Manuel Poppe, intitulada “Os Amantes Voluntários” (*). 

Que o grupo teatral Seiva-Trupe apresentou no Teatro do campo Alegre, com uma bela e interessante encenação de Roberto Merino. Lembro a música "una 



Romi Soares desempenhava o papel principal, contracenando com Manuel Geraz, que tão cedo se foi embora desta vida e nos deixou saudades.

Uma noite inesquecível de amizade também porque muitos amigos foram até ao Porto assistir à estreia e foi um momento bom e faz bem recordá-lo!

Fui seguindo o percurso de Romi Soares. Da última vez, vi-a numa peça de Beckett, difícil papel, em que só a voz dela se ouvia. Mas a voz estava à altura! Tem uma voz cheia e quente que nos  atrai e nos leva com ela. 

Porque Romi Soares tem uma qualidade muito importante: entrega-se a tudo o que faz, com profundidade e sensibilidade. E profissionalismo.

Encontrámo-nos há pouco tempo em nossa casa e foi bom vê-la. O tempo passa, mas as amizades ficam. Coisas do Tempo!

Romi tem-se interessado, nos últimos tempos, pela divulgação da poesia de autores pouco conhecidos.
Falou-nos dum CD que tinha gravado com poesias de Samuel Pimenta.  Pedi-lhe que mo enviasse. Intitula-se “O Relógio” e aqui o tenho ao lado!
O relógio que marca o tempo, as horas, os minutos, os segundos. 
O tempo bom, o tempo que nos atraiçoa, nos segue e nos persegue com a monotonia das horas, o vazio e a expectativa do momento seguinte, a esperança…
relógio da Catedral de Praga



Tic-tac, tic-tac por vezes insuportável. Relógios antigos. Tempos modernos. Tempos eternos. Relógios sem tempo, momentos eternos...


O relógio do tempo e “os seus tique-taques intermináveis e iguais”. O seu peso.
relógio Big Ben, Londres

O tempo que nos impacienta por não passar ou por se escoar tão depressa: esse relógio que marca os dias da vida. 

“Que vontade tenho de deitar o relógio à parede!”, ouço-a dizer,  no CD. 
Só que hoje os relógios...são infrangíveis!



3 comentários:

  1. Lindas, como sempre, as tuas doces palavras... E muito grata pela forma como me retratas. Um beijo enorme, de quem muito gosta de ti, que o mesmo é dizer, de quem muito te ama.

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  2. Post muito interessante! Gostei muito de ler e conhecer um pouco mais sobre a actriz.

    Gosto dessas fotos dos relógios.

    Um beijinho grande.

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  3. Fui ouvir Relógio e interessei-me, como não, por essa bonita actriz e por todos os que referes. Não viver em Portugal é o que faz, também não conheço essa obra do Manuel.
    Estás muito bem relacionada, não podia ser de outra maneira, inveja me dás! "De la mala", como se diz aqui...
    Bom finde!

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