"Quando eu nasci,
Senhor! já tu lá estavas,
Crucificado, lívido,
esquecido.
Não respondeste,
pois, ao meu gemido,
Que há muito já que
não falavas.
Redemoinhavam, longe,
as turbas bravas,
Alevantando ao ar
fumo e alarido.
E a tua benta Cruz de
Deus vencido
Quis eu erguê-la em minhas
mãos escravas!
A turba veio então,
seguiu-me os rastros;
E riu-se, e eu nem
sequer fui açoitado,
E dos braços da Cruz
fizeram mastros…
Senhor! eis-me
vencido e tolerado:
Resta-me abrir os
braços a teu lado,
E apodrecer contigo à
luz dos astros."
'Cristo', Poema de José Régio
'Cristo', Poema de José Régio
Gosto deste poema. E gosto muito do seu Cristo e da foto.
ResponderEliminarUm beijinho e espero que tenha sio um bom feriado. Por aqui esteve um dia lindo:)
Um beijinho:)
... nesta desordem de cores nos jardins
ResponderEliminarBj
Tenho um Cristo parecido. Intrigou-me o facto de ter duas romãs próximo de Cristo. Acredita na sua simbologia?
ResponderEliminarO poema de Régio é lindo e compreende-se pois ele amava esta imagem. Tinha uma bela colecção.
Beijinho. :))