o meu burrinho...
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)
A imagem é tão gira. Mas não era mesmo seu, pois não?
ResponderEliminarÀs vezes digo aqui em casa que quando morrer (espero que bem velhinha, mas se for antes...)não quero ninguém de luto, nem a chorar. Gostava que alguém cantasse um fado ao som das guitarras. A minha mãe só me diz : "Anda cala-te!"
O burrinho é meu, mas é um postal que tenho na cozinha...
ResponderEliminarEu cá prefiro os pífaros e os tambores aos fados!E os palhaços já agora.
A vida é uma farsa tal que a morte não pode ser levada a sério!
beijinhos
Maria João,
ResponderEliminarO poema de Mário de Sá-Carneiro é de nos fazer arrepiar. Interessante a sua postagem pois li que no Alentejo abandonaram uns burros e a população tentou tratar deles. :(
São animais simpáticos e uma boa escolha para o Mário de Sá-Carneiro.
Não lido bem com a morte. Mas a única coisa que gostaria que me fizessem era que espalhassem as minhas cinzas no mar, terra de ninguém, terra de todos.
Beijinhos. :)