domingo, 2 de junho de 2013

DOIS PINTORES PORTUGUESES, DO PORTO, POUCO LEMBRADOS...

António Silva Porto (aliás, António Carvalho da Silva) nasceu no Porto em 11 de Novembro de 1850 e morreu em Lisboa em 1 de Junho de 1893. 

Muito novo, decidiu mudar o nome para Silva Porto, em homenagem à sua cidade.



Silva Porto, Auto-retrato

Estudou na Academia Portuense de Belas Artes. Com Marques de Oliveira parte para Paris, estagia em Paris (1876-1877), viaja pela Europa e em 1879 faz também um estágio na Itália.
Na cisterna

Quando regressa a Portugal em 1880 realiza uma exposição de quadros de belas paisagens cheias de luz. É convidado a ensinar na Academia de Lisboa como Mestre de Paisagem.
Recanto na praia

Faz parte do chamado "Grupo do Leão", em Lisboa, com José Malhoa, Cesário Verde, António Ramalho e João Vaz, Columbano e Bordalo Pinheiro. 


O "Grupo do Leão", pintado por Columbano


Ceifeiras
Em 1876 pinta uma paisagem intitulada Charneca de Belas  que D. Fernando, marido da Rainha D. Maria II, lhe compra.
Charneca de Belas (1879)

O quadro está no Museu Nacional da Ajuda, desde 1924.
Hoje, encontra-se bastante representado no Museu do Chiado (1).







João Marques da Silva Oliveira nasceu no Porto em 23 de Agosto de 1853 e morreu  em 9 de Outubro de 1927.
Marques Oliveira, Auto-retrato

Formou-se na Academia Portuense de Belas Artes, em 1873. Nesse mesmo ano parte para França,  com Silva Porto, estagia em Paris,  e viaja pela Bélgica, Itália, Inglaterra e Holanda. 

Vive alguns anos em Itália.
Participa nos Salons de Paris, em 1876 e 1878.
Volta ao Porto em 1879, e vai ser professor na Academia onde se formou, e, mais tarde, director da mesma.



À espera dos barcos

É considerado, com Silva Porto, colega e amigo, com quem viaja de 1873 a 1879, o introdutor do naturalismo. 


Praia de banhos

São eles também que trazem para Portugal a “pintura ao ar livre” dos Impressionistas (“ en plein air”).

As fotografias do Porto na noite são da autora...

NOTA:
Museu do Chiado fundado em 1911 (Museu nacional de Arte Contemporânea), foi, em 1994, resconstruído pelo arquitecto francês Jean-Michel Wilmotte.




3 comentários:

  1. O quadro A CISTERNA e as CEIFEIRAS são extremamente belos, me chamaram a atenção. Nunca tinha ouvido nada sobre os dois, então gostei muito de conhecer.

    Realidades próximas a nossa por aqui.

    bj grande

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  2. Eu gostei muito das Ceifeiras e À espera dos barcos, mas todos eles são muito bonitos.
    Bonito também o Museu do Chiado. Essa mistura que agora se faz do antigo, com materiais modernos muitíssimo bem conjugados, é bonito e permite conservar o que é autêntico.
    Um beijinho

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    1. Tens razão, acho que fica bem a mistura antigo/moderno.
      Boa semana!

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