Giovanni Giacometti
"Signor capitano si fermi qui.
Sono tanto stanco, mi fermo si.
Attento sparano, si butti qui
Sto atento, ma riparati anche tu.
Dimmi un pò soldato di dove sei...
Sono di un paese vicino a lei,
Però sul fiume passa la frontiera
La riva bianca, la riva nera.
E sopra il ponte vedo una bandiera,
Ma non è quella che c’è dentro il mio cuor.
Tu soldato allora non sei dei miei.
Ho un’ altra divisa lo sa anche lei.
Non lo sò perchè non vedo più,
Mi han colpito e forse sei stato tu.
Signor capitano che ci vuol far...
Questa qui è la guerra, non può cambiar...
Sulla collina canta la mitraglia,
E l’erba verde diventa paglia
E lungo il fiume continua la bataglia,
Ma per noi due è già finite ormai.
Signor capitano, io devo andar
Vengo anch’io che te non mi puoi lasciar.
Non, non ti lascierò, io lo sò già,
starò vicino a te per l’eternità.
Tutto è finito, tace la frontiera,
la riva bianca, la riva nera.
Mentre una donna piange nella sera
E chiama un nome che non risponderà..."
William Bouguereau
Uma doce e triste canção que fala de guerras, de inimigos que se combatem sem razão,
que no fundo pertencem à mesma terra e que lutam porque uma qualquer fronteira
passa a meio do rio: de um lado a margem branca, do outro a margem negra e, por
isso, combatem e morrem.
um rio duas margens
Soldados na Guerra Civil de Espanha
O soldado não aguenta mais, quer parar.
"signor capitano, si
fermi qui” ...
"-Senhor capitão, páre aqui....
- Sim, estou tão cansado que vou parar...
- Cuidado que disparam, esconda-se aqui...
- Está atento tu também...
Conta-me, soldado, de onde vens...
-De uma aldeia ao pé da sua,
mas a meio do rio passa a fronteira
Margem branca, margem negra...
E no alto da ponte está a bandeira,
mas naõ é a que o meu coração ama...
A aldeia, de Lita falcão
- Então, soldado, não és dos meus...
- Sim, tenho outra farda, como já viu.
-Não vejo nada porque me atingiram
e foste tu se calhar...
- Senhor capitão, o que quer,
É a guerra, não a pode mudar.
Lá em cima cantam as balas
e a erva verde torna-se palha...
E ao longo do rio a batalha segue...
Mas para nós dois já acabou.
- Senhor capitão, tenho de ir...
- Vou também, não me podes deixar...
- Não te vou deixar, estarei ao pé de ti,
já sei, até à eternidade...
Tudo acabou, a fronteira calou-se
a margem branca, a margem negra...
Na noite uma mulher chora
e chama por um nome que não responderá."
Picasso 1951
É um diálogo do absurdo total, porque a guerra é absurda, dois sobreviventes sem
forças, inimigos, que lutaram sem perceber por quê: um de um lado e o outro do outro lado do rio, duas bandeira: um era da margem branca e o outro da margem negra...
Guerra e Fuzilamentos, Goya
Guerra e fuzilamentos, Edouard Manet
Adorei a musica, uns tentando impor seu poder enquanto outros querendo se reafirmar na terra.
ResponderEliminarUma batalha sem ganhadores por que na guerra todos perdem, infelizmente.
Tenha uma ótima semana.
Lindíssima e tritíssima canção. Beijinho
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