Saiu há pouco, em Portalegre, um livro que fala de um aspecto da minha cidade: os transportes, a camionagem desde a sua origem nos inícios do século XX.
E fala também da história de uma família a eles ligada: a família Murta.
E fala também da história de uma família a eles ligada: a família Murta.
Intitula-se: “A Empresa de Viação Murta”, e foi publicado pela Chiado Editora. O autor é Luís
Miguel Murta Gomes que é bisneto do fundador da Empresa - o que dá um côté afectivo ao texto, quando se refere à família, mas que se revela cuidadoso e bem informado sobre os factos.
Portalegre-Central da camionagem Murta, 1931
No Prefácio lê-se: “A história de uma cidade é feita pelas gerações que nela
vivem e labutaram. Este livro revela-nos uma Família empreendedora que, ao
longo de décadas, foi uma referência na vida citadina contribuindo para quebrar
o isolamento de Portalegre.”
É de facto o recurso aos transportes de viação, inicialmente "com a tracção animal, os coches (sentido vulgar de
carruagem puxada a cavalos) que foram os primeiros veículos a efectuar transportes
de passageiros de mercadorias."
Seguindo a evolução e o progresso, a empresa vai durar de 1910 a 1970.
meninas em frente da camioneta
Seguindo a evolução e o progresso, a empresa vai durar de 1910 a 1970.
Principiou tudo em Alter do Chão, porque Luiz Murta ali vivia. A "aventura" incluía já o serviço de
“mala-posta”.
Em 1915, a família muda-se para Portalegre, “trazendo armas e bagagens e os cavalos e os carros".
E instalaram-se na Boavista. Construíram uma casa grande para guardar os transportes e onde viviam, no primeiro andar.
Alter do Chão, distrito de Portalegre
Em 1915, a família muda-se para Portalegre, “trazendo armas e bagagens e os cavalos e os carros".
a casa da Boavista, hoje
E instalaram-se na Boavista. Construíram uma casa grande para guardar os transportes e onde viviam, no primeiro andar.
A Praça da República, perto da Boavista
Até 1920-1930, os cavalos, as mulas e os burrinhos - e os carros puxados por cavalos- continuaram a ser o meio de deslocação.
Muito cedo, porém, o proprietário, Luiz Trindade Murta, investiu na compra dos primeiros veículos automóveis. E o progresso chegou. Eram uma
série de pequenos autocarros que percorriam a cidade e os arredores.
os logotipos usados
Curioso ler o livro, agora, e pensar que andei por esses lugares, na minha infância, e que
andei nessas mesmas camionetas, quando ia estudar para Castelo Branco, onde fui acabar o meu 7º ano.
É sempre bom ler coisas que falam da nossa terra natal!
É sempre bom ler coisas que falam da nossa terra natal!
E como eram importantes os transportes públicos, num tempo sem carros.
ResponderEliminarQuando vem fazer uma visita à cidade do seu 7ºano?
Fico à espera...
Um beijinho :)
Adorei essa viajem de presente.
ResponderEliminarMuito bom,
adorei, bjs nossos
Falas de Alter do Chão, que é a terra dos meus pais, e lembro-me que a minha mãe falava bastante duma grande amiga da infância e depois da universidade de Lisboa, que era Murta de apelido, e creio que Piedade de nome. Devia ser da família. A minha mãe teve uma história muito engraçada com uma amiga, talvez a conte no blog um dia destes.
ResponderEliminarO que agente leva visto na história de transportes e de tudo, faz de nós uns personagens anti-diluvianos, que é como nos vêm os jovens. E pensar que temos a impressão que tudo passou ontem, que está à volta da esquina.....
Beijinho
Tão bonito este registo.
ResponderEliminarBeijinho e saudades. :))