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Recordo um Natal (foram vários, aliás...), passado em clima tropical, no meio do calor.
A temperatura era superior a 38 graus e a percentagem de humidade enorme, talvez 90%!
Em S. Tomé, quase na linha do Equador...
Fiz a minha árvore de Natal, como sempre e, da primeira vez, confesso que fiquei surpreendida ao abrir a porta da rua e sentir o bafo de calor húmido e os cheiros de África que vinham lá de fora, em vez do fresco dos natais anteriores: era a estação das chuvas, a mais quente do ano, e que dura cerca de oito meses.
Apenas as chuvadas súbitas refrescam um pouco os corpos. Quase nos apetece andar à chuva...
Vêm, às vezes, acompanhadas de trovoada, ao longe o ribombar dos trovões, mas, tal como chegavam, desapareciam num instante e voltava o sol escaldante.
Ainda hoje vejo o espanto dos filhos da Milly, e dela própria, do Sr. Semedo, da Nina e da Tina, a alegria nos olhos iluminados pelas luzinhas acesas, o contentamento com as prendas...
A Dáy, o Nini, o Maiquel de olhos bem abertos, a ver os balões, estendo os dedos para tocar nos fios prateados, espantados e a rirem-se.
E lá vinham as canções de Natal e o Bing Crosby, ou o Dean Martin, o Frank Sinatra, e as "eternas" músicas: "White Christmas", ou "Silente Night"...
Se tenho saudades?
Oh!, sim, muitas saudades...
Bom Natal!
Bem lembrado! Este tema é belíssimo!
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